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Literatura portugues


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BIBLIOGRAFIA


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1 Natural da Galiza, segundo Nunes, floresceu no primeiro quartel do século XIII. Restam dele 25 cantigas de amor e 4 de amigo.

2 Nobre da família dos Valadares, deve ter florescido entre os anos de 1210 e 1230. Figura nos cancioneiros apenas com cantares de amor.

3 Pertence este trovador à nobre família dos Velhos, a qual mais tarde devia ilustrar ainda outro seu descendente, fr. Gonçalo Velho, o descobridor dos Açores; a sua atividade poética, que se manifestou em cantares de amor e de amigo, devia ser colocada nos primeiros decênios do século XIII, parecendo até ainda poetou no século II. (J. J. Nunes)

4 NUNES, José Joaquim. Crestomatia Arcaica. 7. ed. Lisboa, Clássica, 1970. p. 405: “GIL PEREZ CONDE. Floresceu este trovador na primeira metade do século XIII e foi um dos que tomaram parte na conquista da Andaluzia, no reinado de Afonso X, em cuja corte esteve; cultivou apenas a sátira, deixando-nos algu­mas cantigas de escárnio e de mal-dizer.

D. GIL SANCHEZ. Filho de Sancho I e de sua amante predilecta, a formosa D. Maria Paez Ribeira, nasceu este trovador muito provavelmente nos últimos anos do século XII, sendo assim um dos primeiros que cantaram na língua portuguesa. Embora fosse clérigo e o chus honrado.., que ouve na Espanha, na frase do autor do II Livro de Linhagens, teve por amante uma fidalga das mais ilustres do reino, D. Maria Garcês de Sonsa; é de crer que a esta dama, que vivia em Montemor, seja dirigida a única poesia, por sinal bastante original na forma, que dele nos resta. O Livro de Óbitos de Santa Cruz de Coimbra dá-o como falecido a 14 de Setembro de 1236.”



5 Pertencente, segundo parece à família dos Marinhos, e filho de Joam Frojaz, fazia este trovador parte de colegiada de Santiago, na qualidade de cônego. Do seu testamento, feito em 1236, sabe-se que havia estudado em Paris. Dele só há versos de amor.

6 Trata-se de um jogral, segundo Michaëlis. Parece ter poetado antes de D. Afonso III. Cantigas de amor e de amigo.

7 Foi este fidalgo (c. primeira metade do século XIII) um dos defensores do destronado D. Sancho II. Cultivou os três gêneros.

8 NUNES, José Joaquim. Crestomatia Arcaica. 7. ed. Lisboa: Clássica, 1970. p. 161: “PERO DA PONTE. É este um trovador que, pelas suas composições, ocupa lugar distinto entre os poetas do seu tempo. Provàvelmente oriundo da Galiza, frequentou as cortes de Fernando III e Afonso X na qualidade de segrel, onde figurou ao lado de outros nossos conhecidos, principalmente Afonso Eanes do Coton seu mestre e amigo. Dos seus sirventeses conclui-se que floresceu na primeira metade do século XIII. Nos Cancioneiros figura como autor de cantigas de escárnio, de amor e de amigo.”

9 Poeta pré-afonsino da primeira metade do século XIII, segundo J. J. Nunes.

10 Segundo Michaëlis, este trovador poetou a partir de 1245, na corte de D. Fernando e do rei Sábio.

11 Pertencia à família dos Sousões, tendo florescido no tempo do rei Afonso III. Dezesseis cantigas de amor e duas de escárnio.

12 Oriundo da Galiza, foi este trovador talvez contemporâneo do rei-sábio (Nunes).

13 O poema foi, segundo D. Carolina, inspirado pela ribeirinha.

14 Esta cantiga tem refrão de oito versos — Inserta no C. A., Apêndice, n.º 332.— Este D. Gil Sanches era filho de D. Sancho I e da Ribeirinha. É a única poesia que dele se conhece, e julga D. Carolina Michaëlis que deve ter sido escrita em 1213, ano do cerco de Monte­mor.

15 p. 48, nota: É dos últimos capítulos da Demanda e, sem dúvida, um dos mais belos e menos conhecidos. A rainha Genevra, mulher do rei Artur, estava ligada a Lançarote do Lago, o melhor cavaleiro do mundo, por um amor da carne e dos sentidos, pecaminoso, embora sublimado pelo ideal do amor cortês. No pequeno episódio da sua morte, numa abadia em cuja austeridade amortecera os «viços» de mulher cortesã, nem sequer falta o pormenor do ciúme, personificado naquela monja que amara também Lançarote e resolve vingar-se da feliz rival, fazendo-lhe crer que o seu amigo morrera num naufrágio. Essa mentira cruel foi uma punhalada no coração doente de Genevra, coração esse que ela manda, após sua morte, arrancar do peito e oferecer num elmo ao homem que ela amara acima de tudo.

16 Prazeres.

17 Agruras.

18 Tomara.

19 Não deixava.

20 Se olhásseis para.

21 E também.

22 Disso.

23 Sucedeu.

24 Jazeu.

25 Sem dúvida.

26 Ansiedade.

27 Fui alegre.

28 Tão logo que.

29 Para uma visão mais abrangente das várias correntes do pensamento romântico, consultar WELLEK, René. História da crítica moderna. Trad. Lívio Xavier. São Paulo: Herder/Edusp, 1967. v. I e II, e GOMES, Álvaro Cardoso e VECHI, Carlos Alberto. A estética romântica. São Paulo: Atlas, 1992.

30 Arnold Hauser, a respeito desta questão, considera que “a feição característica do movimento romântico foi, não o de representar uma ideologia revolucionária ou anti-revolucionária, progressiva ou reacionária, mas sim, o de assumir uma rota caprichosa, irracional e não dialética” (História social da literatura e da arte. Trad. Walter H. Green. 2. ed. São Paulo: Mestre Jou, 2v., v. 11, p. 818).

31 Clássicos e românticos: uma antinomia sem suporte. In: FERREIRA, Alberto. Perspectiva do romantismo português. Lisboa: Edições 70, 1971. p. 29.

32 HAZARD, Paul. O pensamento europeu no século XVIII. Trad. Carlos Grifo Babo. Lisboa: Presença, 1983. p. 48-49.

33 Consultar PALLARDÓ, F. Garrido. Los orígenes del romanticismo. Barcelona: Labor, 1968.

34 Idem. p. 53-69.

35 PALLARDÓ, F. Garrido. Op. cit. p. 19-34.

36 PALLARDÓ, F. Garrido. Op. cit. p. 60.

37 The beauty of the medusa. In: PRAZ, Mario. The romantic agony. Translated by Angus Davidson. 2. ed. Oxford: Oxford University Press, 1990. p. 43.

38 O substantivo gentry refere-se tanto à classe burguesa quanto à classe média.

39 WELLEK, René. Op. cit. p. 94-96, v. 1.

40 Idem. p. 21-26.

41 TIEGHEM, Paul van. Le romantisme dans la littérature européenne. Paris: Albin Michel, 1948. p. 34.

42 No que concerne ao “puro intelectualismo vigente na Alemanha nessa época, consultar De Gotinga a Laocoonte. In: PALLARDÓ, F. Garrido. Op. cit. p. 89-97.

43 HAUSER, Arnold. Op. cit. t. II, p. 750.

44 PALLARDÓ, F. Garrido. Op. cit., p. 89-97.

45 Idem, p. 96.

46 GARRETT, Almeida. Viagens na minha terra. Mira-Sintra/ Mem Martins: Europa-América, 1976. p. 40. Alfred de Musset assume atitude idêntica a do escritor português. Sua posição frente ao problema encontra-se em suas Lettres de Depuis a Colonet. O fragmento em que o poeta francês, em tom de blague, refere-se à confusão que cerca o significado do termo Romantismo, bem como da específica tendência estética que ele deveria traduzir, encontra-se à disposição do público leitor de língua portuguesa em GOMES, Álvaro Cardoso e VECHI, Carlos Alberto. Op. cit. p. 140-143.

47 Apud PALLARDÓ, F. Garrido. Op. cit. p. 77-78.

48 WELLEK, René. Conceitos de crítica. Trad. Oscar Mendes. São Paulo: Cultrix, s.d.. p. 12.

49 PEYRE, Henri. Introdução ao romantismo. Trad. José de Sampaio Marinho. Mira-Sin­tra/Mem Martins: Europa-América, 1975. p. 97-98.

50 GARRETT, Almeida. Viagens na minha terra. 3 ed. Lisboa: Sá da Costa, 1974. p. 3-24.

51 PEYRE, Henri. Op. cit. p. 119 et passim.

52 CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 2. ed. revista. São Paulo: Martins, 1964. 2v., v. II, p. 33.

53 ARNOLD, Hauser. Op. cit. v. II, p. 822.

54 KIERKEGAARD, Soren Aabye. O conceito de ironia constantemente referido a Sócrates. Trad. Álvaro Luiz Montenegro Valls. Petrópolis: Vozes, 1991. p. 227.

55 GARRETT, Almeida. Obras completas de Almeida Garrett. Lisboa: Portugália, 1969. v. III.

56 Octavio Paz mostra que o Romantismo, ao desprezar o metro e a rima, vai em busca da linguagem original, anterior à tirania da gramática. Também, segundo o crítico mexicano, “o entusiasmo com que os poetas franceses acolheram o Romantismo alemão deve ser visto como uma rebelião instintiva contra a versificação silábica”. In: O arco e a lira. Trad. Olga Savary. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. p. 89.

57 MOISÉS, Massaud . A Criação literária: prosa. 10. ed. São Paulo: Cultrix, 1982. p. 18-19.

58 Para uma idéia mais detalhada a respeito do teatro romântico recomenda-se a leitura de Arnold Hauser, Op. cit. v. II, e de Décio de Almeida Prado, O Teatro romântico: A explosão de 1830, In: J. Guinsburg (org.). O romantismo. São Paulo: Perspectiva, 1978.

59 Luiz Francisco Rebello, em O teatro romântico em Portugal. Lisboa: Biblioteca Breve, 1980, traça um perfil do que foi e do que representou o teatro romântico em Portugal.

60 HAUSER, Arnold. Op. cit. v. II, p. 827.

61 Para uma visão histórica da imprensa em Portugal, é importante a leitura de TENGARRINHA, José Manuel. História da imprensa periódica portuguesa. Lisboa: Portugália, s.d.

62 In J. MINOR, Fr. Schlegel, seine prossaischen Jugendschriften [Fr. Schlegel, seus escritos juvenis em prosa], p. 42.

63 Cf. REIS, Carlos. Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea. Lisboa: Universidade Aberta, 1990. p. 47-68.

64 Sobre o assunto, vejam-se os nossos trabalhos Viajando com Garrett pelo Vale de Santarém (Alguns elementos para a história inédita da novela de Carlos e Joaninha), Coimbra, 1966 (sep. do vol. IV das Actas do V Colóquio Internacional de Estudos Luso-Brasileiros), e A Formação de Almeida Garrett. Experiência e Criação, Coimbra, Centro de Estudos Românicos, 1971, vol. II, pp. 302-339.

65 O artigo, que se estende de pp. 28 a 32, intitula-se «Literatura alemã e fran­cesa — Romances, Alemães e franceses. — Paralelo entre Augusto Lafontaine e Pigault­-le-Brun».

66 Os adjectivos colocados entre comas surgem, por exemplo, em odes do jovem Garrett, insertas na Lírica de João Mínimo. Vejam-se «A Primavera», «A Liberdade», etc. .Afirmações contidas no poema inacabado Magriço (in Obras Póstumas de Almeida Garrett, Lisboa, 1914, vol. II, p. 115).

67 Afirmações contidas no poema inacabado Magriço (in Obras Póstumas de Almeida Garrett, Lisboa, 1914, vol. II, p. 115).

68 Remetemos de novo o leitor para os trabalhos que mencionámos na n. 1.

69 Figures III, Paris, Ed. du Seuil, 1972, p. 250.

70 Viagens, cap. X, p. 75 (a paginação é indicada — e fá-lo-emos sempre em relação às Viagens — de acordo com a edição organizada por Augusto da Costa Dias, publicada em 1963 pela Portugália Editora).

71 Cap. XLIX, p. 341.

72 Cap. XIII, pp. 94-95.

73 Cap. X, pp. 70-71.

74 Eis um passo da carta de Carlos a Joaninha, quando o moço oficial relata à prima o desespero que o possuíra ao acompanhar pela última vez Laura, em Inglaterra:

«Não me sentia força para blasfemar, para maldizer de Deus; senão tinha-o feito.

Seria efeito de sua inexaurível piedade que talvez quis acudir à minha alma antes que se perdesse, seria por certo — pois nesse mesmo instante distintamente me apareceu diante dos olhos de alma a única imagem que podia chamá-la do abismo: era a tua, Joana! Era a minha Joaninha pequena, inocente, aquele anjinho de criança, tão viva, tão alegre, tão graciosa que eu tinha deixado a brincar no nosso vale: o nosso vale rústico, tão gros­seiro e tão inculto! oh como as saudades dele me foram alcançar no meio daquelas alinha­das e perfeitas belezas da cultura britânica! Os raios verdes de teus olhos, faiscantes como esmeraldas, atravessaram o espaço, e foram luzir no meio daqueloutros lumes que me cegavam. A esteva brava, o tojo áspero da nossa charneca mandavam-me ao longe as exalações de seu perfume agreste, e matavam o suave cheiro do feno macio dessas relvas sempre verdes que me rodeavam. As folhas crespas, secas, alvacentas das nossas oliveiras como que me luziam por entre a espessura cerrada da luxuriante vegetação do norte, prometendo-me paz ao coração, anunciando-me o fim de uma peleja em que mo dilaceravam as paixões.

E tu, Joana, tu, pobre inocente, e desvalida criancinha, tu aparecias-me no meio de tudo isso, estendendo para mim os teus bracinhos amantes como no dia que me des­pedira de ti nesse fatal, nesse querido, nesse doce e amargo vale das minhas lágrimas e dos meus risca, onde só me tinham de correr os poucos minutos de felicidade verdadeira da minha vida, onde as verdadeiras dores da minha alma tinham de ma cortar e destruir para sempre...» (Cap. XLVI, pp. 325-326).



75 Cap. XXIII, pp. 172-173.

76 Cap. XX, pp. 146.

77 Vejam-se os prefácios e a advertência do romance, assim como o cap. XIX, que constitui uma espécie de introdução ao t. II, na edição original.

78 Prefácio da 2.ª ed., 1851, p. 13 (a paginação é indicada de acordo com a edição de O Arco de Sant’Ana feita, em 1947, pela Liv. Figueirinhas do Porto, texto que utilizaremos em todas as citações do romance).

79 Ibid., p. 14.

80 Cap. XXV, p. 150.

81 Cap. XXXII p. 204.

82 Cap. II, p. 21.

83 Cap. X, pp. 73-74.

84 Veja-se, por exemplo, o papel expressivo desempenhado pela pontuação num parágrafo como este: «Um vulto feminino que viesse sentar-se àquele balcão — vestido de branco — oh! branco por força... a frente descaída sobre a mão esquerda, o braço direito pendente, os olhos alçados ao céu.. De que cor os olhos? Não sei, que importa!» (cap. X, p. 73). É evidente que imagens e vocabulário num parágrafo como o que adiante trans­crevemos servem também para expressivamente significar a desautorização de certa lite­ratura romântica: «É pôr-lhe lá um Chourineur a amolar um facão de palmo e meio para espatifar rês e homem, quanto encontrar, — uma Fleur de Marie para dizer e fazer pieguices com uma roseirinha pequenina, bonitinha, que morreu, coitadinha! — e um príncipe alemão encoberto, forte no soco britânico, imenso em libras esterlinas, profundo em gíria de cegos e ladrões... e aí fica a Azambuja com uma estalagem que não tem que invejar à mais pintada e da moda neste século elegante, delicado, verdadeiro, natural!» (cap. III, p. 25).

85 Cap. XXVIII, p. 204.

86 Ibid., p. 206.

87 Cap. XXVI, p. 197.

88 Cap. XXVII, p. 202.

89 Cap. XXVIII, p. 205.

90 Cap. I, p. 9.

91 Cap. IV, p. 32. No cap. XXIX, p. 211, lê-se também: «Isto pensava, isto escrevo; isto tinha na alma, isto vai no papel; que doutro modo não sei escrever.».

92 Por metalepse designa Gérard Genette «de passage d’un niveau narratif à l’autre», como acontece quando há uma «intrusion du narrateur ou du narrataire extradiégétique dans l’univers diégétique (ou de personnages diégétiques dans l’univers métadiégétique) ». In Figures III, Paris, Seuil, 1972, pp. 243-244.

93 Cap. XXVI, p. 159.

94 Lê-se, por exemplo, no cap. XXVI, p. 198: «[...] mas houve mutação de cena. Vamos a Santarém, que lá se passa o segundo acto.»

95 Cap. XLIII, pp. 306-307 .

96 Lê-se, por exemplo, no cap. XXVI, p. 198: «[...] mas houve mutação de cena. Vamos a Santarém, que lá se passa o segundo acto.»

97 Cap. V, p. 58.

98 Átala, «Prefação», in Obras Póstumas, vol. I, Lisboa, 1914, pp. 75-76.

99 Cap. XXII, p. 165.

100 Cap. XVI, p. 121-122.

101 Veja-se o nosso estudo
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