Ana səhifə

A psicologia2 arte Manuela Monteiro q, Milice Ribeiro dos Santos


Yüklə 1.11 Mb.
səhifə1/27
tarix26.06.2016
ölçüsü1.11 Mb.
  1   2   3   4   5   6   7   8   9   ...   27
a PSICOLOGIA2 arte
Manuela Monteiro q, Milice Ribeiro dos Santos
r`WTO EUTORR

Manuela Monteiro


Professora do 10.’ grupo B do Quadro de Nomeação Definitiva da Escola Secundária Filipa de Vilhena. Co-autora dos programas de Psicossociologia dos 1 Lo e 12.o anos.
Formadora no âmbito de formação contínua dos professores e da Reforma Educativa.
Consultora do Departamento do Ensino Secundário e do Gabinete de Avaliação Educacional do Ministério da Educação. Participou em congressos e conferências com comunicações. Autora de artigos em várias publicações. É co-autora dos livros:

5<7piens-Demens4>sicologia (1982, 1986, Porto Editam). Ãm~k - Perspectivas de trabalho ( 1993,

1 “S, Parto Editora). Ãtea~ no 1.* cicio (1994, Porto Editora). Psicologia - 1.’ e 2.’ vols. (1995, Porto Editora). Psicologia (1998, Porto Editora). Psicossociologia 1 (1994, 1997, 2000, Porto Editora). Psicossociologia 2 (1995, 1998, Porto Editora). Organizou: Dossier do Director de Turma (1994,1995,1996,1997,1998,1999,2000,

200 1, Porto Editora). Dossier do Professor (1997, Porto Editora). Agenda do Estudante (1996, 1997, 1998, 1999,

2000,200 1, Porto Editora). Legislação Essencial para o Professor (1998,

1999, 200 1, Porto Editora). Registos do Professor (1998, 1999,2000, 2001, Porto Editora). Registos do Delegado de Grupo (1999). Registos de Coordenação dos Estruturas de Orientação Educativa (2000, 200 1, Porto Editora). Registos do Educador de Infância (200 1, Porto Editora). Coordenadora do NetProf - clube dos professores portugueses na Internet.


Milice Ribeiro dos Santos
Psicóloga. Terapeuta familiar e interventora sistémica.
Mestrado em Activação do Desenvolvimento Psicológico. Professora Coordenadora na Escola Superior de Educação do Porto. Coodenadora do Centro de Intervenção Psicopedagógica da Escola Superior da Educação. Investigadora, com publicação de trabalhos nas áreas de Psicologia, Família e Educação. Vice-Presidente da APF, Associação para o
Planeamento da Família.
Vice-Presidente do IEDPE, Institut Européen pour Ia Défense des Potentialités de tous les Enfants, sediado em Paris.
Membro da Coordenação Regional da Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar. Entre os livros em co-autoria, salientam-se:
Trabalho de Projecto 1 - Aprender por Projectos Centrados em Problemas ( 1989, Afrontamento) Trabalho de Projecto 11 - Leituras Comentadas (1990, Afrontamento). Falemos de Sexualidade (I 993,APF). Aprender a Ensinar, Ensinar a Aprender ( 1994, Afrontamento). Pedagogia dos Intercâmbios Escolares (1995, Porto Editora). Psicologia - 1.’ e 2.’ vais. (1995, Porto Editora). Psicologia ( 1998, Porto Editora). Entre os livros em co-organização salientam-se: Adaptar, Marginalizar ou Deixar Crescer ( 1980, A Regra do jogo).

1nteracçao Cultural e Aprendizagem: Correspondência Escolar e Classes de Descoberta (1997. E C. Gulbenk1an). Pensar a Escola sob os Olhares da Psicologia (1999, Afrontamento).


eitura crítica de diferentes temas por: Ana Bertão, Antonieta Monteiro, Fátima Sarsfield Cabral, Gabriela Moita, Manuela Sanches Ferreira e Miguei Santos.
ISBN 972-0-42107-X

a uc e ril,


Continuamos o percurso iniciado na primeira parte proporcionando-te a oportunidade de estudar vários temas: o desenvolvimento, a aprendizagem, a memória,

a motivação, a inteligência e a personalidade.


Tal como na primeira parte, apresentamos as biografias dos psicólogos mais

significativos e sugerimos-te “mEm= 1~. @1 UXW=1LIW “- . Regisitamos a etimologia das palavras que te ajudará a compreender melhor os conceitos. As pMavris. poderão contribuir para te ajudar a sintetizar e

organizar os conhecimentos. Tal como na primeira parte, convidámos alguns especialistas a dialogar connosco em ENTREVISTAs que realizámos.
Sugerimos-te também uma série de TEXTOS §==1111 , assinalados

nas margens, que possibilitam a exploração e aprofundamento de diversos assuntos.

Os ajudar-te-ão a relacionar os vários temas e problemas da psicologia. Integrámos em anexo fichas diferenciadas, para poderes controlar o teu processo de aprendizagem.
No final deste livro, para além da Bibliografia Geral e Afectiva, encontrarás um Glossário com curtas definições de alguns conceitos assinalados por*.
Sugerimos-te alguns Sites de Psicologia que te permitirão navegar na

Internet de forma orientada.


Sendo a psicologia uma ciência em constante evolução, pretendemos que

este livro seja o estímulo para futuras reflexões e investimentos.


AS AUTORAS

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO .......................... 8


1 0 conceito de desenvolvimento ..... ........................ 12
2 Concepções sobre o desenvolvimento .................... 14
Piaget e o desenvolvimento .................................... 15 Factores de desenvolvimento .................................. 17
Estádios de desenvolvimento .................................. 19
Freud e o desenvolvimento... ........................ .......... 28
Estádios de desenvolvimento ..................... ............. 28
Erikson e o desenvolvimento .................................. 35 Desenvolvimento e socialização .............................. 40
3 A adolescência ... ............................ ...................... 46
Adolescências ................................. ...................... 47
Adolescência e desenvolvimento ....................... ...... 50 Construção da identidade ...... .................... ............. 55 Entrevista com o Professor Daniel Sampaio ............. 60
APRENDIZAGEM E Memória ......................................... 62
1 Conceito de aprendizagem .............. ....................... 66
2 Tipos de aprendizagem... ....................................... 68
Condicionamento clássico ...................................... 68
Condicionamento operante .................... ................. 72 Aprendizagem social .............................................. 76 Aprendizagens motora, de discriminação e verbal .... 79 Aprendizagem de conceitos .................................... 80 Aprendizagem de resolução de problemas ............... 80
3 Factores de aprendizagem ............................. ........ 82
Idade .................................................................... 82 Inteligência ............................................................ 82 Motivação ........... .................................................. 83 Aprendizagem anterior e experiência ........... ............ 84 Factores sociais .................................................... 85
4 Métodos de aprendizagem ..................................... 87
Distribuição da prática no tempo ............................. 87 Conhecimento dos resultados ................................. 88
Aprendizagem total e parcial ...................... ............. 88 Aprendizagem programada ..................................... 88
5 Conceito de memória ........... ........ ......................... 90
6 Tipos de memória ............................. .. ................... 93
Memória sensorial ................................................. 93
Memória a curto prazo ........................................... 94 Memória a longo prazo ........................................... 95
7 Memória e esquecimento ...................................... 98
Factores que explicam o esquecimento ... ................ 99 Memória, memórias ..................... .......................... 103

MOTIVAÇÃO ............................................................................... 106


1 Conceito de motivação .......................................... 110
2 Tipos de motivação ................. .............................. 113 Motivações fisiológicas ............ .................. ..... 113 Motivações combinadas ......................................... 115 Motivações sociais ................................. ............... 118 Motivações cognitivas ..................... ....................... 120
3 Frustração e conflito ....................................... ...... 121
Frustração ... ... . ..................................... ................. 121 Conflito ............................................... .................. 122
4 Teorias da motivação ..................................... ..... . .124
Maslow e a hierarquia das necessidades ....... .........124 Teoria psicanalítica ...................................... ........ .. 127 Teoria cognitiva e relacional ........................... ......... 132
INTELIGÊNCIA .......................................................................... 134
1 Inteligência ........................................................... 137
Inteligência prática, social e conceptual ................ .. 138 Inteligência e instrumentos de medida .................... 140
2 Composição da inteligência ................. .................. 145
Abordagem factorial ...................................... ......... 145 Teoria das inteligências múltiplas ............................ 147 Factores de inteligência ..................................... ..... 148 Inteligência e criatividade ................................ ....... 150
PERSONALIDADE .................................................................... .154
11 Conceito de personalidade ..................................... .158
2 Natureza da personalidade ..................................... .162
Factores que influenciam a personalidade ............... 162
3 Teorias da personalidade ....................................... 167
Teoria psicanalítica ................................................ 168 Teoria psicossocial ................................. ................ 171 Teoria da aprendizagem social ......................... ....... 173 Rogers e a abordagem centrada na pessoa ............. 175 Maslow e a teoria da auto-realização ....................... 178 Murray e a teoria das necessidades psicológicas..... 180 Entrevista com o Professor Júlio Machado Vaz ......... 184

o
TEXTOS COMPLEMENTARES ....................................................... 187


índice ....................... .......... ............ .......................... 188
Capítulo 4 ..................... .............................................. 189
Capítulo 5 ................................................................... 194
Capítulo 6 ................................................................... 200 OMPL E Capítulo 7 ........................................................ .......... 202
Capítulo 8 ............................................... .... 205
Entrevistas Complementares
Entrevista com o Dr. António Pêgo .................. ................. 212
Entrevista com a Dra. Lisete Barbosa .............................. 214
Entrevista com a Dra. Fátima Sarsfield Cabral .................. 216
Entrevista com a Dra. Adriana Baptista ............................ 220 co
Bibliografia Geral .. ............. .......................................... . 223
Bibliografia Afectiva ..................................... ................. 229
Glossário ........................................................ .. ........... 231
índice Remissivo ................................................. .......... 236
Sites na Internet ............ ............................................... 238
AVALIAÇÃO ............................................................................... 241
Unidade 4 ................................................................. 243
Verificação da aprendizagem ................................... 243
Questões de resposta de escolha múltipla .............. 245
Questões saídas em exames nacionais ................... 248
Questões de completação ...... ............. ................. 254
Questões de associação .................... ........ ....... 256 V Soluções ............................................................... 258
Unidade 5 ................................................... ......... 259
Verificação da aprendizagem. ................. ................. 259
Questões de resposta de escolha múltipla ............. 260
Questões saídas em exames nacionais .. .... ............ 264
Questões de completação ..................................... 267
Questões de associação ................................... .... 269
Soluções .............................................................. 271

Unidade 6 ................................................................. 272


Verificação da aprendizagem .................................. . 272
Questões de resposta de escolha múltipla ............. 273
Questões saídas em exames nacionais .................. 277
Questões de completação ..................................... 280
Questões de associação ....................................... 281
Soluções .............................................................. 282
Unidade 7 ............................................................... .. 283
Verificação da aprendizagem ............................ ....... 283
Questões de resposta de escolha múltipla ............. 284
Questões saídas em exames nacionais ... ............... 287
Questões de completação ..................................... 291
Questões de associação ....................................... 292
Soluções .............................................................. 293
Unidade 8 ................... .............................................. 294
Verificação da aprendizagem ................................... 294
Questões de resposta de escolha múltipla ......... .... 295
Questões saídas em exames nacionais .................. 297
Questões de completação ..................................... 301
Questões de associação .. ................................ ..... 302
Soluções .............................................................. 303

- -, ,1 -- , L


o

4 @ L% 1 kvi

CELESTE MALPIQUE
“EM CADA ANO QUE AVANÇA NO CRESCIMENTO (...) HÁ PERDAS,
LUTOS A FAZER, MAS HÁ NOVOS INVESTIMENTOS QUE SÃO
IGUALMENTE FONTE DE PRAZER E REFORÇO DA IDENTIDADE,
NAO SEJAMOS DEMASIADO NOSTÁLGICOS... PARA NÃO FAVORE-
CERMOS Regressões, MAS NÃO SEJAMOS DEMASIADO APRESSADOS
PARA QUE NÃO FIQUEM LACUNAS POR PREENCHER.”
A psicologia do desenvolvimento autonomiza-se como ramo da psicologia nos
finais do século XIX, sendo marcada por grandes avanços até aos nossos dias. Acompanhou a evolução da ciência e das transformações socioeconómicas, bem como das representações sociais do que é ser criança.
Até Rousseau, no século XVIII, a infância não era perspectivada como um
período de desenvolvimento diferenciado, com especificidade própria. As crianças eram encaradas como adultos em miniatura, o que se reflecte na literatura e na pintura de várias culturas e épocas.
0 historiador Philippe Ariès, nos anos 60, afirma que na sociedade medieval não existia um “sentimento de infância nem de adolescência”. Considera que não se distinguiam tipos de actividades, divertimentos e até de trabalho entre os mais novos e os adultos. A adolescência como estádio específico define-se com a industrialização, no século XIX.
No século XIX, Charles Darwin, ao estudar as semelhanças e as diferenças entre o animal e o ser humano, evidenciou o papel da evolução e chamou a atenção para estudos sobre a infância.

Outro aspecto relevante na história da psicologia do desenvolvimento ocorre no


século XX, por muitos considerado o século dos direitos humanos, em que são consignados os direitos da criança’. No processo de autonomização da psicologia do desenvolvimento, também não será alheia a evolução da medicina e da pedagogia.
As transformações na nossa forma de pensar interagem com as transformações na organização social e familiar. Estas mudanças acarretam práticas educativas diferentes, um novo papel e estatuto da criança e do adolescente no interior da família, assim como aumentam as responsabilidades sociais relativas a esta população.
As instituições sociais, como as creches, os jardins-de-infância, as escolas de diferentes graus de ensino, bem como a ocupação organizada dos tempos livres, têm tido Lima grande influência na divisão e separação etária, bem como nas actividades consideradas adaptadas às diferentes etapas.
Hoje muito se investe e se joga na criança e no jovem. É, contudo, de relevar as
grandes diferenças existentes entre as crianças, relacionadas com factores pessoais, socioculturais, económicos e geográficos. Muito há de comum e de divergente nas crianças e adolescentes de uma sociedade rica e avançada e, por exemplo, ‘Í de um país em guerra.
0 objecto da psicologia do desenvolvimento é o próprio ser humano em permanente evolução, analisando as várias etapas da vida - infância, adolescência, fase adulta e velhice -, do desenvolvimento dos processos biológicos e psicológicos nas relações interactivas da pessoa e do meio.
Em 1924, é aprovada a Declaração sobre os Direitos da Criança, que é revista, em 1954, pela ONU. Em 1989, é adoptada a Convenção sobre os Direitos da Criança pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, Em 1990, esta convenção é ratificada por Portugal.

=- IM TI,”


CONCEITO DE DESENVOLVI MENTO1
Tal como acontece com todos os seres humanos, começaste a andar por volta de 1 ano de idade, a falar com cerca de 2 anos. Brincaste com os teus colegas de escola e na puberdade sofreste um conjunto de modificações orgânicas. Na adolescência vais-te tornando cada vez mais autónomo, mas outros períodos te esperam: serás adulto, serás velho.
Neste teu processo desenvolveste-te como todos os outros indivíduos, percorrendo um caminho comum, Mas também é verdade que te desenvolveste como
nenhum outro ser humano. Vives num determinado contexto social, estabeleces relações com determinadas pessoas, fazes parte de uma determinada família, o
que torna a tua evolução única,

Esta situação contraditória - tens muito de comum com os outros, tens muito de diferente relativamente aos outros -


é reveladora da complexidade do desenvolvimento.
0 (lcscilN@ol@-iiiiciito é um conceito que se refere ao conjunto de transformações do ser humano ao longo da sua vida. É um processo que se inicia no momento da concepção e termina com a morte, e em que estão envolvidos múltiplos factores: biológicos, cognitivos, motores, morais, emocionais, linguísticos, afectivos, sociais...
As modificações que se produzem são estruturais e
comportamentais, isto é, ao longo do tempo o organismo muda, como muda a nossa maneira de actuar, agir, pensar, sentir. Estas mudanças não se produzem de igual modo em todos os indivíduos: o ritmo do desenvolvimento varia de pessoa para pessoa, podendo ocorrer acelerações e retardamentos.
0 desenvolvimento acontece porque o ser humano é um sistema* aberto, isto é, está em constante interacção dinâmica com o meio ambiente. É todo o corpo, toda a estrutura biológica que se modifica ao longo da vida numa permanente troca/interacção com as varias dimensões do meio natural, social e cultural. 0 ser humano interage com o meio envolvente: o meio natural e a família, os amigos, o
grupo de vizinhança, a escola, a comunidade.
Existem contextos, situações, acontecimentos, acasos que influenciam activamente os percursos da nossa vida: a mudança de terra e de casa, a doença, a
morte de uma pessoa, o nascimento de um filho, o divórcio, etc. Estas transições

- acontecimentos, ocorrências e mudanças - implicam a pessoa globalmente nas


respostas que irá dar, nas mudanças internas vivenciadas, quer seja criança, adolescente, adulto ou velho.
Hoje, considera-se infrutífera a defesa da oposição estanque entre o biológico e o
social, entre o inato* e o adquirido. A dinâmica entre o organismo e o meio é uma realidade - o indivíduo é uma possibilidade psíquico-social. As capacidades internas necessitam de um meio externo estruturante que lhes permita a sua realização. Além disso, é difícil ou mesmo impossível adquirir aprendizagens de uma forma precoce sem que haja uma capacidade interna para essa aquisição. Assim, por exemplo, serão inúteis os esforços para se ensinar um bebé de seis meses a andar ou a falar.
Uma questão que se pode levantar é a do problema da existência ou não de períodos críticos, isto é, de etapas limitadas de tempo durante as quais o organismo é sensível à estimulação do meio. Se, como já foi dito, algumas aprendizagens não são possíveis antes de certos estados de maturação, certas aprendizagens também não são possíveis (ou são-no deficientemente) se se ultrapassarem esses períodos. É comum dar-se o exemplo das crianças selvagens que, não tendo sido familiarizadas com a linguagem, não conseguem adquirir essa capacidade por terem ultrapassado determinada idade.
A investigação em psicologia do desenvolvimento recorre não só a outros ramos da psicologia como a outras áreas científicas: à biologia genética, à etologia, à história, à antropologia.
0 conceito de desenvolvimento remete para as teorias do desenvolvimento que vais estudar já a seguir.

Concepções SOBRE 0 DESENVOLVIMENTO’


São várias as correntes que propõem interpretações sobre o desenvolvimento, Algumas correntes privilegiam a componente biológica/maturativa (maturacionismo e psicanálise), outras a componente ambiental/social (behaviorismo). Outras correntes procuram superar esta dicotomia defendendo que o desenvolvimento resulta da interacção entre a componente biológica e social (construtivismo e teoria psicossocial).
No quadro seguinte estão registadas as principais correntes sobre o desenvolvimento.
Quadro 1 - Teorias sobre o desenvolvimento
Corrente
Autor
Ênfase
Maturacionismo
Gesell
Componente biológica/maturatva
Psicanálise
Freud
behaviorismo
Waison
Componente amb ental/socia
Construtivismo
Piaget
Component b@o ógica e soc ai
Teoria ps@cossocia1
Erikson 1
A abordagem maturacionista é desenvolvida por Arnold Gesell (1880-1961) e pela sua equipa da Universidade de Yale, nos EUA, a partir da década de 1920. Para estes investigadores, os comportamentos sucedem-se numa ordem sequencial, inalterável, reflectindo uma programação interna idêntica ao crescimento. 0 organismo estaria dotado de uma predisposição natural para se desenvolver. 0 desenvolvimento e a maturação são predeterminados geneticamente; sendo assim, as
diferenças entre os indivíduos relacionam-se com as diferenças inatas; o meio e as experiências vivenciadas têm pouca importância no processo de desenvolvimento.
A esta concepção podemos opor a corrente behaviorista-comportamentalista, defendida entre outros por Watson e Skinner, segundo a qual os factores do meio e da aprendizagem são os que determinam o comportamento. 0 desenvolvimento depende portanto da existência ou não de condições ambientais favoráveis.
A corrente construtivista e interaccionista de Piaget e a corrente psicossocial de Erikson valorizam os factores maturativos e socioculturais. Estas correntes defendem, como verás, perspectivas em que os indivíduos são encarados como sujeitos activos no seu processo de desenvolvimento.
Quanto à psicanálise, embora privilegie o potencial inato e maturativo, considera relevante a forma como o sujeito vivencia os aspectos relacionais, sobretudo os desenvolvidos na infância e que permanecem como modos inconscientes de funcionamento mental.
“0 desenvolvimento surge, assim, segundo diferentes autores, associado à predominância de aspectos inatos (ex. Trevarthen), maturativos (ex. Gese11), construtivistas (ex. Piaget) e ambientais (ex. Skinner), parecendo ser resultante da complexa interacção de vários,factores (biológicos, equilibração, transmissão

educacional e sociocultural, etc.). As diferenças nos pressupostos dos vários teóricos derivam, em parte, do facto de cada um deles se interessar por um aspecto da criança, propondo-se em consequêncía explicar separadamente os diferentes ângulos do seu desenvolvimento. Este é ainda predominantemente apresentado como sendo estruturado em fases, ou estádios, que constituem modelos de funcionamento dominantes nos diferentes períodos etáríos. “

  1   2   3   4   5   6   7   8   9   ...   27


Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©atelim.com 2016
rəhbərliyinə müraciət