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A cura pela natureza


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Não obstante a medicina asiática possuir o maior número de adaptogéneos (Schisandra chinensis, Panax ginseng, Centella asiatica, Angelica sinensis), conhecem-se e estudam-se cada vez mais plantas provenientes de outros continentes, por exemplo, a raiz de Cimicifuga racemosa (black cohosh root) da América do Norte, o Harpagophytum procumbens (raiz-do-diabo) de África, as folhas de Turnera aphrodisiaca do deserto do México ou a casca da árvore Tabebuia impetiginosa.
Vários adaptogéneos parecem ter também uma acção anticancerígena, como por exemplo, os cogumelos Lentinus edodes (shi-take), Ganoderma lucidum (cogumelo de Reischi) e Pachyma hoelen (hoelen).
Devemos mencionar também a Rhodiola rosea, planta adaptogénea que pertence à farmacopeia europeia. Foi cultivada em França, em Inglaterra, em Itália e nos Países Baixos até ao final do século xvii (actualmente encontra-se em estado selvagem em França). A sua raiz (vendida sob o

nome de Radix rhodiae) foi utilizada na Europa contra as dores de cabeça e como substituto do ginseng, demasiado caro nessa época. No Extremo Oriente era conhecida sob o nome de “raiz dourada” e era prescrita contra o cansaço.

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As investigações contemporâneas confirmaram que a Rhodiola rosea age sobre o sistema imunitário e hormonal. Tem propriedades adaptogéneas de luta contra o stress físico e psicológico. Redescobriu-se o interesse da sua prescrição em casos de neurose, bem como em estados patológicos do sangue: por exemplo, para a leucocitose e para a hipo e hiperglicernias. Além disso, também se observaram efeitos benéficos desta planta em pacientes em tratamento citostático.



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DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS


Neste capítulo descreveremos os tratamentos preconizados na segunda parte deste livro:
-Como utilizar as plantas e de que forma devem ser consumidas ou aplicadas sobre o corpo.

- Como alimentar-se para melhorar o estado de saúde. Através de

conselhos e de uma revisão das teorias existentes - por exemplo, o

“crudivorismo” ou o vegetarianismo - de estudos sobre a germinação dos grãos, sobre o açúcar, o pão, as bebidas, bem como as suas indicações e contra-indicações. Falaremos também do jejum, recomendado em quase todas as afecções.

- Como viver melhor graças a exercícios físicos (combinados com um

bom repouso), ao relaxamento, aos exercícios respiratórios e aos

inúmeros efeitos benéficos do riso.

- Finalmente, para fechar o capítulo, examinaremos os remédios preconizados pelo padre Kneipp e pelo Dr. Bilz, praticados durante muito tempo e actualmente esquecidos pela medicina moderna ocidental: por exemplo, os duches terapêuticos e os banhos de todos os tipos (vapor, ar, sol, luz ... ).


COMO UTILIZAR AS PLANTAS
A INFUSÃO
A preparação de uma infusão pode ser feita tanto para um consumo diário como à medida das tomadas.

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*Aqueça água até ferver e depois junte-lhe as plantas: o equivalente



para uma chávena serão 2 a 3 pitadas (cerca de 1 colher, de café). Para 1 litro, que representa geralmente o consumo diário, uma dezena de pitadas é suficiente.

*Deixe a água tremer sem ferver, durante 2 a 3 minutos. Depois deixe

em infusão durante 10 a 15 minutos, filtre e beba morna. Se o sabor da sua tisana for demasiado amargo, pode acrescentar um pouco de mel. Quando tiver de utilizar várias plantas para fazer a sua infusão, pode fazer a sua preparação por meio de saquinhos individuais. Neste caso a

quantidade necessária deve, bem entendido, ser dividida pelo número de plantas.


Se, por exemplo, utilizar 4 plantas diferentes para a sua preparação, a mistura para 1 litro de água comportará 2 a 3 pitadas de cada planta. Se o desejar, o seu farmacêutico-ervanário pode preparar-lhe estas misturas.
A DECOCÇÃO
É preferível preparar a sua decocção para 1 dia ou 2 de utilização.

*Utilize uma dezena de pitadas de plantas (cerca de 3 colheres, de

sopa) para 1 litro de água.

*Deixe ferver em lume brando durante cerca de 20 minutos e em

seguida deixe repousar a mistura durante meia hora e, se necessário, junte-lhe um pouco de mel.

- A decocção pode beber-se fria ou aquecida antes de cada tomada.


AS DECOCÇõES DO PADRE KNEIPP
As decocções do padre Kneipp são utilizadas em banhos, cataplasmas ou compressas.

FLORES DE FENO 91)
Por “flores de feno” entendem-se os talos, as folhas, as flores e os grãos do feno.

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Utilizam-se 1 a 2 punhados para 1 litro de água. Esta mistura deve ferver em lume brando durante 15 a 20 minutos.


- Kneipp realça que os fenos secos ou frescos têm o mesmo valor.

- Esta preparação é útil em cataplasmas, compressas ou banhos.


Como alternativa, pode utilizar flores dos campos, dos prados e

dos bosques.


Palha de aveia
Prepara-se fervendo a palha de aveia cortada, à razão de 2 punhados para 1 litro, durante 15 a 20 minutos.

- Esta mistura utiliza-se em compressas e em banhos.


Decocção de cavalinha
1 punhado para 1 litro de água. Deixe ferver durante 15 minutos.
- O padre Kneipp recomenda vivamente a cavalinha, quer em tisana

quer em banhos, compressas ou cataplasmas.

- Esta planta tem uma acção remineralizante.
AS CATAPLASMAS DE ARGILA
Preparam-se com argila desfeita, verde ou branca, que se pode encontrar à venda no comércio.
Coloque-a num recipiente e cubra-a de água. Quando apresentar uma

consistência pastosa, estará pronta a utilizar. A argila é conhecida desde os tempos mais remotos. Tem os seus fervorosos defensores. As suas aplicações terapêuticas são muitas e variam em função da sua origem. Revela-se de uma eficácia notável em unguentos, cataplasmas, máscaras de beleza e compressas,

- Para o padre Kneipp ela tem um papel importante no tratamento

do lúpus e do cancro. É anti-inflamatória e limpa as úlceras pútridas e malignas.

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- Aconselha-a também para dores de cabeça, de costas, para as



luxações, os tumores e as inflamações. A sua acção antipútrita permite a aplicação em feridas abertas.
A MACERAÇÃO
Obtém-se deixando as plantas dentro de um líquido durante um período de tempo mais ou menos longo.
Maceração em água
* Encha um frasco de vidro com ‘/4 de plantas e o restante com água.

* Deixe macerar durante 2 a 3 dias, se possível ao sol.

* Agite o frasco de vez em quando.

* Filtre, de modo a obter o suco.

* Uma alternativa consiste em encher o frasco tal como descrevemos,


aquecê-lo em banho-maria durante cerca de 1 hora e deixá-lo a repousar durante 24 horas.
- Estes preparados são utilizados em banhos, cataplasmas ou misturadas com bebidas, à razão de 2 colheres, de café, por dia (em média).

- Devemos acrescentar que este tipo de preparado tem um prazo de

conservação muito curto e por conseguinte deve ser utilizado nos dias que se seguem à sua confecção.
Maceração em álcool (alcoolatura)
* Pode deixar macerar a planta directamente em álcool, que absorve

deste modo os princípios activos da planta. As quantidades geralmente utilizadas são da ordem de 50 a 100 g para meio litro de álcool.

* Pode também utilizar outros tipos de álcool, como o rum, o calvados

ou o vodka. O tempo de “digestão” dos produtos activos é de alguns dias para as folhas, flores e rebentos, e de 2 a 3 semanas para as

raízes e cascas. Filtre no final da operação.

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Tintura-mãe
- O preparado tem um protocolo semelhante ao anterior. É feito por

laboratórios e destina-se à homeopatia.


- A posologia destes preparados varia, segundo os casos, entre 20 a

50 gotas diluídas em água ou sumo de fruta, 1 a 2 vezes por dia.


Maceração em vinho
O vinho é um suporte interessante. É preferível escolher um de muito boa qualidade e, de preferência, biológico.
* A maceração em vinho fica pronta ao fim de um período de 5 a 6

dias, ao fim do qual deve ser filtrada. A sua conservação é excelente.

* A prescrição é da ordem de meio a 1 copo, de licor, por dia.
Maceração em óleo
* Deve utilizar um óleo virgem de primeira pressão a frio. Os óleos

de azeitona, de cártamo e de germe de trigo são bons para este tipo de operação. Após terminar a maceração deve proceder à sua filtragem.


- Este óleo pode ser tomado com vegetais crus e saladas, na porção

de meia colher de sopa. Atenção: não utilize este óleo em cozeduras.


- Para uso externo em massagens (especialmente dores musculares, reumatismos, lumbagos, tratamento da pele, etc.), os óleos de amêndoas-doces e de avelã são mais agradáveis.
* Deixe macerar durante um período de 15 dias a 3 semanas, se possível ao sol.

* Para acelerar o processo, pode aquecer esta mistura em banho-maria

durante cerca de meia hora e deixá-la macerar durante 48 horas. Filtre no final da operação.

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OS óLEOS ESSENCIAIS


Definição e complexidade da sua estrutura química
É impossível dar uma definição exacta dos óleos essenciais. Contudo, a mais adequada parece ser a seguinte:
“Substâncias oleosas aromáticas, provenientes de fontes naturais,

frequentemente vegetais, distiladas no vapor.”


Não são corpos químicos simples e homogéneos. Contêm misturas de vários componentes, podendo alguns deles ser dominantes. Além disso, pode existir sinergia ou antagonismo entre eles.
É inútil tentar reduzir a acção do óleo essencial a um dos seus componentes, mesmo que alguns deles sejam predominantes e que as propriedades do óleo possam ser bem definidas. A título de exemplo, o óleo essencial de cravo-de-cabecinha tem fortes propriedades antibióticas. As experiências realizadas no século xix por um dos fundadores da microbiologia, Robert Koch (Prémio Nobel), demonstraram que este óleo age sobre certas bactérias após um período de apenas 12 minutos de exposição e numa solução diluída a 1%!
Tenta-se frequentemente reduzir o poder antibiótico dos óleos essenciais à quantidade dos seus componentes fenólicos. Mas o caso do óleo de cravo-de-cabecinha mostra bem que tal associação carece de uma justificação científica, já que este óleo tem efeitos superiores aos do fenol. Por este motivo é difícil determinar os inconvenientes associados à sua utilização, mesmo que, como é o caso do Melaleuca alternifolia (que sabemos ser responsável de inúmeros eczemas alérgicos), se tenha conseguido isolar o factor causal (d-limenona).
Cinco razões pelas quais os óleos essenciais não são estáveis
A riqueza bioquímica dos óleos essenciais é, sem dúvida, uma das razões da sua eficácia, mas infelizmente é difícil e, muitas vezes, até impossível realizar investigações comparativas, bem como repetir os resultados.

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O problema da garantia e da estabilidade dos óleos essenciais comercializados também se põe. A quantidade extraída depende do período de vegetação. Os estudos sobre o manjericão mostraram que ela aumenta significativamente nas folhas, no início, e isto até à floração, e que em seguida a quantidade baixa nas folhas e sobe nas flores. Depois da fecundação, ela volta às folhas (mas diminui em quantidade). É por este motivo que, ao longo do dia, a quantidade de óleo na planta varia, tal como a libertação do seu perfume. Foi possível constatar que esta variação diária é regular, a tal ponto que no século xviii R. Meusee criou um relógio vegetal aromático, composto de várias espécies de flores. As horas eram indicadas pelos aromas libertados ao longo do dia, cada espécie libertando o seu “perfume” em momentos bem específicos.

O perfume dos óleos essenciais fornece particularidades multifacetadas. Existe em particular um mundo fascinante no qual os aromas têm um papel preponderante: é o que se utiliza quando nos

servimos dos seus princípios voláteis para perfumar um quarto de

uma casa.




A composição química (quantitativa e qualitativa) está associada às condições ambientais, tais como a qualidade do solo, a atmosfera, a utilização de herbicidas e a presença de poluentes. Pode variar muito dentro da mesma espécie em função da sua origem (por exemplo, a diferença de quantidade de cetonas de Salvia officinalis pode variar de 1000%). Esta variação não se verifica apenas no que diz respeito à sua composição química, mas também à reacção do organismo receptor. A experiência confirma que a acção bacteriostática das várias raízes de um mesmo germe pode ter reacções diferentes num óleo essencial aparentemente sempre idêntico. A sua grande diversidade química torna impossível comparar o processo de acção dos produtos naturais com o dos extractos brutos ou de óleos purificados, e não é possível de modo algum ter uma garantia de estabilidade na sua produção. Outra dificuldade da homogeneização está ligada ao facto de os óleos não serem solúveis em água e ser necessária a sua utilização por meio de um solvente especial - um agente emulsionante que interfere no produto inicial.

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Um pouco de história a propósito da origem dos óleos essenciais


Apareceu primeiro a aromaterapia
A utilização dos aromas de flores e de plantas é muito antiga. Todos os povos e todas as tradições utilizaram os “aromas”, com finalidades rituais ou terapêuticas. A Bíblia cita o hissopo, planta sagrada dos Hebreus

- que a preparavam de uma maneira específica.


A aromaterapia é a arte de recuperar ou de conservar a saúde utilizando a parte volátil ou olfactiva das plantas.
Depois veio o embalsamamento
O embalsamamento foi praticado por diversas culturas. Há 6000 anos os Egípcios sabiam extrair a essência das coníferas: a madeira de cedro era aquecida num recipiente de argila, cuja abertura era coberta por uma

grade de fibras de lã. Bastava espremer a lã para libertar a essência de que esta ficava impregnada.


A seguir vieram as destilações
O desenvolvimento e o entusiasmo que os óleos essenciais tiveram ao

longo dos séculos só foram possíveis graças à destilação. Este procedimento foi provavelmente descoberto por sábios árabes no início da Idade Média. A essência de alecrim foi uma das primeiras a ser isolada e extraída por Ramóri Luil (nascido em Maiorca em 1235).


Em 1370, certos documentos relatam a existência de uma destilação obtida a partir do cedro, do alecrim e da terebintina, chamada “água da rainha da Hungria”. Mas só a partir do século xv se começou a praticar a destilação de plantas e de flores. Independentemente da água-húngara, ninguém (à excepção de alguns alquimistas cujos trabalhos são ainda mal conhecidos) se interessava pelas partes oleosas das plantas que, ao separarem-se, boiavam à superfície das águas destiladas. Eram consideradas como impurezas, inutilizáveis na produção de “perfumes”.

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E são finalmente mencionados
O catálogo das especiarias de Francoforte, editado em 1450, não menciona nenhum óleo essencial. Um pouco mais de um século depois, em

1587, existe um reportório de 59. A partir do início do século xvii a

destilação é realizada em laboratórios, e a sua produção torna-se mais substancial. No século xviii começam a melhorar os rendimentos e passam a existir meios que irão permitir detectar e suprimir as fraudes, que se

tornam frequentes.


O século xix e o início do século xx trazem um melhor conhecimento dos óleos essenciais, graças às aplicações da química analítica e da fisiologia vegetal. Mas, apesar de ter conhecido uma fama incontestável, constata-se actualmente o pouco interesse que a ciência oficial tem por este tipo de investigação. A mais importante base de dados das investigações médicas, a Medline, relata apenas 57 trabalhos efectuados sobre os óleos essenciais durante os últimos três anos.
As causas dos poderes dos óleos essenciais

Os óleos essenciais estão entre os remédios mais potentes conhecidos. A sua eficácia reside na diversidade dos seus componentes químicos. A sua concentração em princípios activos confere-lhes um poder excepcional.
Deste modo, para extrair quantidades ínfimas, são necessárias grandes quantidades de matéria-prima. Para obter 500 g de essência de bergamota, por exemplo, são necessários 100 kg de frutos; 300 kg de limões para 1 kg de essência; 1000 kg de flores de laranjeira para 1 kg, e 200 kg de lavanda para 1 kg de essência.
Certas plantas fornecem quantidades ainda mais ínfimas: para se obter

5 g de essência de violeta, são necessários 100 kg de flores de violeta! A título de comparação, para uma decocção de violeta (20 g para 1 litro de água) utilizam-se 1000 vezes menos de matéria vegetal do que para produzir uma só gota (1 g) de óleo essencial. Mas este exemplo tem apenas um carácter demonstrativo, já que a diferença é também qualitativa (os princípios da decocção são diferentes dos princípios dos óleos essenciais).

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Verifica-se que os óleos essenciais penetram facilmente no organismo através da pele. Esta propriedade é um meio precioso para veicular outros tipos de preparações medicinais. Os óleos são depois eliminados pelos rins e pelos pulmões, onde produzem a sua acção anti-séptica. Esta facilidade de penetração no corpo é frequentemente subestimada.


O poder dos óleos essenciais sobre o organismo
O seu poder, bem como a heterogeneidade da sua acção sobre o organismo, são as razões pelas quais é imperativo utilizá-los com prudência!!! A sua utilização deve ter em conta o óleo e o modo de administração:
- Em uso externo, por inalação, lenço, compressas, máscara de argila,

massagens, fricções, banhos curativos, gargarejos, champôs ou difusão no ar (por evaporação ou pulverização).

- Por via interna, é necessário o aconselhamento de um terapeuta

competente e não os utilizar puros, mas, de preferência, diluídos ou em cápsulas.


A acção antibiótica dos óleos essenciais
O poder anti-séptico dos óleos essenciais é conhecido desde há muito e foi confirmado pelos resultados das investigações contemporâneas. A sua acção antibiótica é inegável: em 133 óleos estudados, 105 demonstraram uma forte acção bactericida, bacteriostática e antifúngica. Além disso, a lista dos “óleos antibióticos” não terminou e enriquece-se constantemente. Entre as plantas africanas, o Schinus inollelin, espécie originária do Zimbabwe, tem um poder antibiótico quase excepcional sobre todos os micróbios examinados (20 espécies de bactérias e 5 fungos).
Esta acção antibiótica já foi realçada no início da microbiologia moderna. Em 1881, Robert Koch estudou a acção bactericida da essência de terebintina. Além disso, estudos efectuados no século xix confirmaram a acção particularmente forte das essências de canela, de orégão e de cravinho-da-índia (em emulsão ou vaporização).
Contudo, pensa-se descobrir ainda as suas propriedades terapêuticas. Em 1893, M. G. Bertrand e Forne estudaram o poder bactericida do

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Melaleuca viridi ra (”niauli”). Um século depois, em 1992, certos produtores reivindicam ter “descoberto” as suas propriedades medicinais.
E, para terminar, notamos que são sempre os mesmos óleos os mais utilizados: de orégão, de tomilho, de gerânio, de canela, de cravinho, de canela-da-china, de lavanda, de limão, de zimbro, de laranjeira e de bergamota.
As vantagens dos óleos essenciais
Os investigadores surpreenderam -se (e continuam a surpreender-se)

com a rapidez da sua penetração no organismo:

-Já dissemos que bastam 12 minutos para o óleo de cravinho agir

sobre certas espécies bacterianas. -Os vapores da essência de limão, em suspensão no ar, agem em 2 horas sobre os estafilococos.

- As afecções das vias respiratórias são atacadas pelos óleos de

eucalipto, de pinho, de mirta, de mirra ou de tomilho em menos de

1 hora.
Em 1936, Risler verificou que era possível prolongar a sua acção acrescentando- lhes elementos não voláteis, tais como resinas, o que lhes confere um tempo de acção extremamente longo. Este autor demonstrou assim que as misturas de óleos essenciais são muito mais activas do que quando estes são aplicados separadamente.
Mas utilizem-nos com prudência!
Independentemente do poder que as essências fornecem durante a sua utilização, deve evitar-se misturá-las (salvo sob prescrição médica autorizada) com outros medicamentos.
Verificou-se, por exemplo, que certos antibióticos diminuem o poder antibacteriano do óleo de erva-cidreira. Em contrapartida, este aumenta a

toxicidade dos antibióticos.


Finalmente, observou-se por diversas vezes a resistência dos microrganismos. É a utilização abusiva dos óleos essenciais que é responsável deste fenómeno. É também por esta razão que é necessário utilizá-los com cautela.

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Outras acções dos óleos essenciais sobre o organismo humano
Os óleos essenciais não se limitam a ter uma acção antibiótica. A riqueza deste grupo de remédios fitoterapêuticos é tal que não existe praticamente nenhuma patologia que não responda à sua administração. Apresentamos a sua utilização pormenorizada na 2.’ parte desta obra, consagrada ao tratamento de 267 afecções.
Mas, de uma maneira geral, podemos afirmar que eles são notoriamente antiespasmódicos. Os óleos essenciais geram, em doses fortes, um mal-estar que pode ir até à paralisia dos movimentos espontâneos da musculatura lisa. Em altas diluições são estimulantes.
As múltiplas virtudes terapêuticas dos óleos essenciais
*Os óleos de menta, de mentol e de cânfora são antiespasmódicos e

agem sobre o intestino e a vesícula biliar.

*O tomilho age mais especificamente sobre os pulmões.

*A mistura de mentol, timol, cânfora e cineol, utilizada em aerosol,

é antitússica. Este fenómeno foi demonstrado nas cobaias submetidas a vapores de amoníaco e no homem submetido a vapores de ácido cítrico.

*As propriedades cicatrizantes, anti-inflamatórias (as últimas investigações relatam a grande eficácia do Bupleurum frutescens), citofilácticas, tónicas, desintoxicantes e anti-reumatismais, a acção estimulante sobre as secreções gástricas, biliares e intestinais, os seus efeitos sobre o sistema circulatório são também frequentemente citados.

*Também se demonstrou o seu poder anticolesterol (menta) e antiparasitário contra vermes e protozoários (até contra certos parasitas tropicais difíceis de combater).

*As investigações realizadas em 1993 em São Paulo, no Brasil, demonstraram a acção preventiva do sabão à base de óleo essencial de Pterodonpubescens leguminoseae contra o Schistosomias mansoni, veiculado pelos ácaros.

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Eles estimulam as defesas imunitárias e combatem as bactérias


A outra vantagem dos óleos essenciais que não devemos negligenciar é que eles estimulam as defesas naturais do organismo. Quando, por exemplo, actuam sobre uma infecção, aniquilam os germes e têm um poder antibacteriano garantido. Não sendo meramente imunoestlmulantes, reforçam também o terreno e favorecem a reacção orgânica.
Inúmeros trabalhos apontam o largo espectro da sua aplicação: podem ser utilizados em praticamente todas as afecções bronquíticas, gripes, sinusites, afecções urinárias e micoses. Mas o mais importante é que, graças ao seu poder de estimulação natural das defesas imunitárias, eles favorecem o regresso a um bom estado de saúde.
Mas, prudência!...
A aromaterapia é uma medicina activa que deve, contudo, ser utilizada com alguma precaução. Certos óleos essenciais podem apresentar inconvenientes, em particular a salva, o hissopo e a artemísia, que podem provocar crises de epilepsia. Devem ser manejados com prudência e ser

prescritos apenas por terapeutas experimentados.


O seu modo de preparação


A destilação mais correntemente utilizada pratica-se em vapor de água. As plantas, depois de seleccionadas e limpas, são colocadas num alambique. A mistura é então aquecida, e o óleo essencial sobe à superfície, podendo ser recolhido no final desta operação.
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