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A cura pela natureza


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A CURA PELA NATUREZA
Jean Aikhenbaum e Piotr Daszkiewicz

ENCIClOPéDIA FAMILIAR DOS REMéDIOS NATURAIS
Aviso:
Esta obra não tem a pretensão de substituir o seu médico. Não pode substituir uma consulta médica.

A nossa abordagem não consiste numa crítica sistemática da medicina. A nossa intenção é apresentar-lhe um guia que permita ajudá-lo a fazer face a certos problemas através do recurso às terapias ditas “naturais”. Também lhe apresentamos, nas próximas páginas, uma análise crítica, científica, etnológica e histórica de certos tratamentos.

É importante saber que “natural” não significa “inofensivo”. Existem toxinas terríveis que são, muitas vezes, de origem natural, e certas plantas que podemos encontrar correntemente nos nossos parques e jardins são, por vezes, mortais. Devemos também ter presente que a acção de qualquer substância é sempre múltipla, e que não existe acção sem reacção. Mesmo as plantas e as técnicas delas derivadas devem ser utilizadas com moderação. Para terminar, lembramos que é sempre preferível prevenir a ter de remediar.
Título original: Le Pouvoir de Guérir par la Nature

1996


A casa dos meus pais cheirava bem a sopa de couve

Quando o Inverno fustigava que bem que se estava em casa

Mas empurrei a cancela quando chegou a Primavera para deambular rio abaixo como todos os moços de vinte anos...
G. Jackno
À minha filha Christina, que não gosta de ir ao médico.
Ao meu avô Kalman, que conhecia o poder do Verbo e sabia curar com um pouco de azeite e de limão.

INTRODUÇÃO E PREFÁCIO


pelo Dr. Jean-Pierre WILLEM
Vivemos num tempo apaixonante em razão das suas contradições!
E a relação que a nossa sociedade mantém com a saúde é uma delas. Aliás o sentido da palavra “saúde” não cessa de se alargar. Ela tanto designa os cuidados intensivos numa unidade de reanimação, como o jogging das manhãs de domingo, passando pelos medicamentos de conforto. A frase “É bom para a saúde” constitui uma etiqueta indiscutível. Além disso, a saúde especializa-se por meio de técnicas cada vez mais científicas e espalha-se sob a forma de crendices cada vez mais extravagantes. Por outro lado, se hoje em dia se tratam doenças que no passado eram mortais, surgem doenças primárias perante as quais somos ainda impotentes. E voltam a aparecer velhas infecções, tais como as “doenças da miséria”, de que é um dos exemplos a sarna.
Esta obra é uma enciclopédia de medicinas naturais Seria uma presunção pretender conhecer perfeitamente o conjunto de terapias às quais esta enciclopédia de tratamentos naturais faz referência, sendo certo que Jean Aikhenbaum, jornalista científico e fundador da revista Réussir votre Santé, e Piotr Daszkiewicz, biólogo e historiador das ciências, elaboraram um guia muito completo.
A sua competência em matéria de medicinas naturais, numa perspectiva científica e sobretudo experiencial, conjugou-se para proveito das pessoas que, a propósito, por exemplo, de uma angina, de uma gonalgia, de um edema na garganta ou de uma hemorragia nasal, poderão consultar este manual, que terá um lugar privilegiado para elas.

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Um exame da medicina, dos cuidados de saúde e do doente.


As suas considerações são, na verdade, múltiplas e variadas, mas mencionarei apenas as três principais:
- O facto de que existe apenas uma medicina, com múltiplas facetas.
Já não se fala de “medicinas diferentes”, a não ser para explicar que muitas formas possíveis de terapêutica sã o ignoradas, voluntariamente ou não, pelas Faculdades de Medicina. -A primordialidade da alimentação saudável, equilibrada e natural.
Este fenómeno é conhecido há muito: “Existem doentes que só se curam através da alimentação”, já dizia Hipócrates, e Jean Rostand, entre outros, fez dele um fervoroso eco.

- A vontade de cura.


Uma reflexão sobre a saúde
Esta enciclopédia aborda também os diferentes aspectos da saúde. -A saúde comporta uma grande parte de confiança: por se pensar tanto que o progresso técnico resolve rapidamente os problemas, as suas lentidões ou impotências suscitam decepções violentas ou a procura de terapias ditas naturais. A confiança é, sem dúvida, fundamental no que toca a saúde: o sobreconsumo de tranquilizantes prova-o. Existe por conseguinte uma forte relação entre confiança e saúde. E um bom estado de saúde prova que o corpo se situa numa relação de autoconfiança, de confiança no médico e de confiança na sociedade.

- Evocando, diversas vezes, o assunto do investimento nos cuidados de

saúde, os nossos autores apresentam a questão da confiança na vida, no valor da própria vida. Será que estar de boa saúde significa não ter qualquer problema? Assistimos actualmente a um conjunto crescente de doenças físicas bem como a uma grande dificuldade em suportar a vida. No fundo, é o problema do sentido da vida que se põe. -Que utilidade tem o que faço?”, que implica a pergunta: “0 que vale a minha vida?”

- Por outro lado, constatamos que as ciências e as tecnologias de ponta se especializam cada vez mais. Mas o custo destes avanços é duplo:

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a saúde está dividida em especialidades, e o homem, na sua totalidade viva, é talvez menos considerado. Além do mais, o abismo aumenta entre as tecnologias e a população: esta tem dificuldade em entender todas as investigações, mas exige-as “de direito”, imediatamente. E o acesso de toda a população aos cuidados de saúde exige provavelmente uma orientação tornada inteligível e mais humana.


Sim, a saúde precisa de humanizar-se. E não apenas no que se refere às condições de acolhimento de um grande hospital, mas, sobretudo, de modo a permitir ao homem manter uma relação justa com a saúde. Certas pessoas preocupam-se de tal modo com a sua saúde que dela se tornam escravas. A saúde não é apenas o campo do objecto (o corpo, a psique), mas também o é do sujeito. E o domínio da saúde passa pela condução da própria existência e, por conseguinte, pela paz consigo mesmo...
E depois pode-se, recorrer, então, às terapias.
Uma mina de informações sobre as medicinas naturais
Trata-se de um livro de “boa fé”: a informação do público, e até dos terapeutas, necessitaria aliás de muitos outros livros como este. Basta sabermos que o leque terapêutico é enorme e que é necessário actualizá-lo constantemente.
Esta obra é também uma mina de informações sobre os métodos tradicionais, os remédios antigos e a medicina natural.
A medicina dos nossos dias tem o seu tempo, enquanto os métodos tradicionais, experimentados ao longo de séculos, senão milénios, prosseguem incansavelmente a sua acção favorável.
A medicina moderna enganou-se no caminho
A medicina moderna, dita “científica-, enganou-se incontestavelmente no caminho nestes últimos cinquenta anos. E contudo... Nunca antes na história do mundo existiram tantas drogas, mas, em contrapartida, nunca antes existiram tantas pessoas débeis, tantas pessoas verdadeiramente doentes: UM terço dos indivíduos hospitalizados - um número aterrador - ocupam as camas dos hospitais por motivo de doenças “causadas por medicamentos”. Muitas delas morrem quando poderiam ter sido salvas.

É assim que as purgas e as sangrias dos séculos passados são actualmente substituídas pelos antibióticos e pelos corticóides sistemáticos, dispensados às cegas. As consequências nocivas deste procedimento são, desde há muito, piores do que as purgare e saignare de Molière. Assim, durante séculos, os espíritos “duros” que atravancam as nossas civilizações ocidentais zombaram de uma prática muito antiga, curiosa mas eficaz: o facto de uma chave grande, aplicada na nuca, estancar rapidamente a maioria das hemorragias nasais. Foi necessário que surgissem os trabalhos do padre Leriche para que este método fosse despojado da sua lenda: qualquer objecto frio (uma chave, um pedaço de metal, um cubo de gelo), colocado ao nível das vértebras cervicais, tem por efeito excitar o sistema nervoso simpático situado diante das vértebras, que possui entre as suas múltiplas propriedades a de provocar a contracção dos vasos sanguíneos. Daí o estancamento das hemorragias nasais (epistaxes).


A medicina moderna deve dar explicações
Por que razão, sempre desconhecida, na nossa época de viagens à Lua, uma simples ligadura de linho ou de lã suprime certas dores: as cãibras nocturnas nas pernas, as dores reumatismais nos pulsos, nos cotovelos e nos joelhos? E por que razão um banal pedaço de sabão de Marselha colocado na cama evita o regresso das cãibras?
Será doravante necessário esforçarmo-nos para encontrar uma explicação para a eficácia de inúmeros tratamentos.
---As investigações modernas”, escrevia Léon Binet, antigo decano da Faculdade de Medicina de Paris, “apenas confirmam de uma forma geral o bom fundamento dos cuidados de saúde utilizados no passado de forma empírica.” Mas continuamos a ignorar a razão pela qual os nossos predecessores utilizavam há séculos a cavalinha para as afecções degenerativas e também como agente remineralizante. Sabemos actualmente que as propriedades desta planta se devem aos seus múltiplos componentes, especialmente a silícia - cuja importância é fundamental na consolidação do nosso esqueleto; e a cavalinha é uma das plantas mais ricas neste componente. “A acção da silícia na terapêutica”, escrevia aliás Louis Pasteur em 1878, “deverá ter um papel grandioso.”
As propriedades vermífugas do musgo-da-córsega foram mencionadas por Teofrasto, há 2000 anos. Utilizadas até à Idade Média, caíram no esquecimento e foi um médico corso, como é natural, que as reabilitou em 1775. Conhecemos actualmente a realidade científica da sua acção.
Para os cancros, no primeiro século da nossa era, Dioscórides utilizava o cólquico (mata-cão). Foi preciso esperarmos até 1934 para isolarmos um dos seus alcalóides: a colquicina, que, no estado actual dos nossos conhecimentos, combate o desenvolvimento das células anárquicas dos tumores.
Durante séculos, e tal como para a cavalinha, para o musgo-da-córsega e para a maioria das outras plantas, os espíritos duros negaram-se à evidência da sua eficácia sob o pretexto infantil de que se ignorava a razão “científica” da sua acção.
Para Henri Poincaré, “negar porque não se sabe explicar não é nada científico”, o que também afirmava Ambroise Paré, à sua maneira, há já quatro séculos e meio: “As coisas, em medicina, não se medem ou consideram senão pelos seus resultados.”
Felizmente que, para muitos doentes com cancro, nem Dioscórides nem os médicos que lhe sucederam esperaram 1900 anos para tirarem provas científicas da acção evidente das propriedades antitumorais do cólquico.
É com a intenção de vulgarizar todo este património natural que os nossos autores escreveram esta enciclopédia.
‘ Não se trata, obviamente, de um musgo mas sim de uma alga, Alsidium helminthocorton, um remédio esquecido, conhecido dos médicos da Antiguidade e da Idade Média. Redescoberto em 1775 por Stephanopol, este medicamento foi, muitas vezes, utilizado por Napoleão.
As medicinas naturais contribuem para o progresso médico
Aqueles que consideram a medicina moderna como fonte de descobertas infinitas, tanto no plano das preparações farmacêuticas como no plano das intervenções cirúrgicas, avaliam frequentemente a medicina natural como um travão indesejável ao “progresso”. Outros parecem estar de tal modo investidos na especificidade das suas profissões que a mera menção da palavra “oligoelementos” ou “nutriterapia” lhes é insuportável. Os cuidados médicos “sérios” não concedem qualquer lugar às vitaminas e aos exercícios físicos autoprescritos (argumento ao qual não nos oporemos). Mas o que é bom para o “progresso médico” ou para os “cuidados médicos” e o que é bom para os seres humanos são duas coisas completamente diferentes!
Até os médicos podem tratar os seus doentes com esta enciclopédia
Os médicos receitam rapidamente medicamentos para acalmar dores, quando em certos casos o recurso a esta preciosa enciclopédia lhes facultaria uma solução simplicíssima.

Um exemplo: quantas dores de cabeça, perturbações da visão ou zumbidos nos ouvidos não teriam cura se não se interviesse ao nível das vértebras cervicais, em muitos casos deslocadas?
Mais um exemplo? Quantas disfunções vagossimpáticas, que resistiram a cuidados diversos durante vinte anos, não poderiam ser rapidamente aniquiladas através da negativização eléctrica?
- E em que consiste esta terapia? - Simplesmente em devolver às células do nosso organismo as cargas eléctricas negativas benéficas que estas perderam: todas as afecções degenerativas - artrose, neuroses e afecções similares, diabetes, psoríase, cancro... - são concomitantes de um excesso de carga positiva.
É uma questão de bom senso
Quando terapêuticas deste tipo, ignoradas pela nomenclatura científica, são capazes de “recuperar” situações muito comprometidas pelo abuso da quimioterapia, por que não deveriam elas ser utilizadas antes de quaisquer outras, e para as substituir, em caso de insucesso, por medicações mais violentas? Não se tratará apenas, com o conhecimento existente dos tratamentos eficazes e não tóxicos, de uma pura questão de bom senso? “Para alcançar a verdade é preciso que uma vez na vida nos dispamos de todas as opiniões recebidas e reconstruamos, de novo e a partir do seu fundamento, os sistemas desses conhecimentos.” Estas palavras de Descartes, esse antigo oficial do exército, matemático e filósofo, dizem respeito a todas as disciplinas. E mais ainda à medicina. É por esta razão que a presente obra terá certamente o grande êxito que merece, tanto em França como no resto da Europa.
Não é uma questão de negar os resultados, por vezes, incomparáveis, obtidos graças aos medicamentos modernos. Temos o exemplo da meningite tuberculosa, que, sem a estreptomicina, continuaria a ser uma doença mortal. É por isso que os inúmeros e pacientes trabalhos dos fundamentalistas, indispensáveis aos progressos do conhecimento, devem imperativamente ser prosseguidos sem que os investigadores se tenham de interrogar se das suas descobertas serão algum dia retiradas conclusões práticas.
A abordagem das medicinas naturais
A medicina natural assenta num método lento e orgânico. Ela começa por reconhecer que o corpo humano está maravilhosamente equipado de modo a resistir às doenças e a curar as feridas. Assim, quando a doença se instala, ou se produz um acidente, a primeira abordagem das medicinas naturais consiste em ver o que pode ser feito para reforçar a resistência natural e multiplicar os agentes de cura, a fim de que estes possam agir mais eficazmente contra o processo patológico.
A eficácia da medicina natural repete-se desde os tempos mais remotos
Vem-me à memória um pensamento chinês: “Não devemos acreditar ou deixar de acreditar numa terapêutica, mas sim constatar ou não os seus resultados benéficos.” Mas o espírito, mais ou menos cartesiano, de um

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médico ocidental não pode, obviamente, subscrever este tipo de pensamento, que apenas aceitará como tratando-se de uma afirmação humorística.




Os “resultados benéficos” não trabalham, portanto, a favor da convicção. Aquilo que, em contrapartida, não deveria deixar dúvidas no espírito dos mais cépticos é a repetição da mesma eficácia em milhares de casos, por processos semelhantes na aplicação de uma mesma técnica.
Se os cépticos persistem, que se acautelem, porque o cepticismo arrisca-se a transformar-se em má-fé. E isto parece lamentável no que diz respeito ao progresso médico.
Esta enciclopédia vai ajudá-lo a defender a sua saúde
Sendo cada um responsável pelo seu próprio bem-estar, é-lhe desejável depender o menos possível de outrem para defender a sua saúde. Cada um é o promotor, o censor e o guardião da sua saúde. E esta obra vai ajudá-lo.
Uma síntese entre medicina tradicional e medicina de ponta
Muitas são as pessoas que consideram a medicina natural uma alternativa radical aos cuidados médicos clássicos. No entanto, quando se encontram perante um problema grave, em que a saúde está em jogo, essas mesmas pessoas rejeitam na totalidade todo o arsenal de plantas curativas, de cereais integrais, de vitaminas e de exercícios físicos, que são a própria essência dessa medicina. E isto é tanto mais absurdo que a medicina natural e os cuidados médicos modernos não se excluem mutuamente, antes pelo contrário.
Esta é a razão pela qual este livro contém não só tratamentos naturais postos à prova através dos tempos, mas também as novas terapias derivadas das mais recentes investigações. Houve poucos, até agora, a fazerem este tipo de síntese entre a medicina tradicional e a medicina de ponta.
Para cada doença são propostos vários tratamentos
Esta obra, realizada graças à colaboração entre um jornalista que animou e publicou a revista médica de abordagem holística Réussir votre

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Santé e um homem de ciência recheado de diplomas, constitui um verdadeiro balanço dos tratamentos mais bem adaptados a cada caso particular.


É aliás a sua segunda faceta de originalidade o propor várias terapias para cada doença: o leitor encontrará assim, entre os tratamentos e produtos citados, aqueles que mais lhe convêm.
Consulte esta obra em todos os casos
Desta forma, tudo foi feito para que lhe seja possível consultar esta obra fácil e rapidamente, em caso de emergência.
O objectivo deste livro é, na verdade, permitir a todas as mães de família, a cada um de nós, na presença de sintomas ou de doenças variadas (267 doenças abordadas nesta obra):
-tomar as primeiras previdências;

- fazer abortar a doença, se possível;

- alertar a nossa consciência para a eventualidade de uma afecção séria ou grave e pôr-nos em guarda contra uma despreocupação perigosa.
Mas esta obra tem também outras ambições


- Diminuir o absentismo daqueles que têm todos os motivos morais ou

materiais para quererem trabalhar.

- Evitar hospitalizações inúteis.

- Lutar contra o abuso de uma prescrição sistemática de drogas supérfluas, quando existem vários remédios ditos “suaves” igualmente eficazes (e, muitas vezes, mais fiáveis preventivamente).


Tratar uma afecção benigna é coisa fácil. A grande dificuldade reside justamente na apreciação da gravidade das manifestações anormais.
É obviamente perigoso manifestar um optimismo exagerado, mascarando a realidade e contribuindo, deste modo, para a evolução de uma

doença que um tratamento precoce teria conseguido deter. Em contrapartida, parece-nos pernicioso usar e abusar de drogas medicamentosas, nenhuma delas desprovida de riscos (fala-se do risco iatrogénico), quando a aplicação de medicinas naturais pode, sem perigo e facilmente, levar à cura.

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Esta enciclopédia é um passaporte de boa saúde


Saúdo a publicação desta obra de Jean Aikhenbaum e Piotr DasAiewicz que a redigiram agregando um conjunto de práticas naturais. No nosso

mundo de poluição química e mental, este trabalho vai trazer-nos uma

lufada de ar fresco.
Esta enciclopédia constitui um passaporte de boa saúde. Destina-se a

nos fazer descobrir um conjunto de chaves para melhorarmos a nossa

saúde, aumentarmos o nosso bem-estar e preservarmos a nossa qualidade de vida.
Contudo, ponho em guarda os leitores contra uma automedicação sistemática. Certas patologias devem recorrer aos médicos (de abordagem holística, de preferência).
Todos aqueles que se interessam pelos métodos naturais de cura experimentarão uma grande alegria na leitura deste tratado, que é muito mais do que um conjunto de receitas!
Desejo um franco êxito para esta obra, elaborada por dois autores sérios.
Dr. Jean-Pierre Willem Presidente da FLMN (Faculdade Livre de Medicinas Naturais)
e dos MAPN (Médicos de Pés Descalços)
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1 A VIDA, ESSE FENÓMENO TÃO MISTERIOSO


“O nosso mundo materialista é maravilhoso e cruel, mas simultaneamente ultrapassa a nossa compreensão, é maior do que a própria matéria. E impossível reduzi-lo a essa matéria.”
Karl Jaspers
SERÁ POSSíVEL DEFINIR A “VIDA,),)?
Todos os sistemas terapêuticos têm em comum o desejo de preservar a vida. A saúde pode ser considerada como um estado da vida. Ora um dos paradoxos - e eles são inúmeros na ciência moderna - é a sua incapacidade de explicar em que reside a vida. A biologia (que pela sua

etimologia não é outra coisa senão a ciência da vida) nem sequer consegue definir o seu próprio objecto! Houve tentativas de a definir pela sua

estrutura química, pela interpretação de certos fenómenos, mas até à data estas explicações foram todas elas insuficientes.
A história da biologia tem sido marcada pelo discurso dos vitalistas em

busca da célebre vis vitalis, propriedade ou substância própria à vida, e

pelos reducionistas (mecanicistas do século xix) que apenas viam na vida simples fenómenos físico-químicos. Mas nenhuma destas escolas apresentou respostas satisfatórias.
Desde a experiência de WõhIer, no início do século xix, que sabemos que podemos sintetizar substâncias orgânicas, contudo nunca consegui

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mos descobrir um estado particular da matéria viva, nem sequer uma substância da vida. Todavia, os reducionistas nunca conseguiram criar vida in vitro (mesmo se as últimas investigações americanas permitiram criar sistemas polimoleculares capazes de se reproduzirem e de utilizarem recursos nutritivos). E também não foram capazes de explicar a sua origem.


Algumas definições da vida
Podemos propor várias definições para a vida, por exemplo, a do célebre biólogo húngaro Szent-Georgyi (Prémio Nobel em 1935, pela sua

descoberta da vitamina C):


“A vida é uma poluição proteínica da água.”
Esta definição, proposta para ridicularizar os esforços de certos mandarins e ideólogos da ciência oficial, tem a qualidade de fazer a

demonstração da nossa ignorância e realçar a importância da água e das proteínas nos fenómenos da vida.


A maioria dos dicionários contenta-se com definições tautológicas (que definem a vida... através do organismo vivo) do tipo:
“A vida é um conjunto de fenómenos que comporta principalmente a assimilação, o crescimento, a reprodução e a morte, que caracterizam os seres vivos.”
Actualmente a biogénese (estudo da origem da vida) dedica-se, em

especial, às definições e às características da vida. Esse campo da ciência contemporânea desenvolve-se de forma dinâmica. Podemos contar uma

boa centena de teorias sobre a origem da vida. Elas são, obviamente, apenas hipóteses de escola... inverificáveis.


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QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA VIDA?


Qual é a fronteira que separa o vivo do não vivo?

- Para Henry Quastler, a unidade da vida deve caracterizar-se pela

capacidade de transformar a matéria, pela estabilidade de organização e pela capacidade de adaptação e de auto-reprodução.

- Para H. Kuhne, a qualidade mais importante da molécula viva reside

na sua capacidade de procura e de armazenamento de informação sobre o seu meio, bem como a sua capacidade de reprodução.

- Quanto aos especialistas da biogénese, estes rejeitam as teses

reducionistas e afirmam que é muito difícil (se não impossível) explicar o fenómeno da origem da vida através da simples evolução química.
Cada vez mais, as investigações tendem, tal como o sugeriram os

vitalistas no passado, para uma explicação de uma “entidade” que seria a característica da vida, como por exemplo:


* a bioestrutura de Macovschie; ,

* a proteína viva (uma proteína morta que, graças a uma ligação com

a “porfirina”, se transforma numa proteína viva) de Florowska;

* ou ainda o “bioplasma”, proposto por certos bioelectrónicos.

- Certos biólogos, como S. W. Fox, pensam que a vida é eterna e que

uma espécie de informação biológica existe desde a criação do universo. A génese da vida estaria inscrita no “ Big Bang”.

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