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A cura pela natureza


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- Outros supõem que existe uma regra universal de integração que

governa todos os processos do universo e que o aparecimento da vida é a simples consequência dessa lei (Bahadur designa-a por “regra ekhalma-manav”).

- Para C. Porteli, é a mega informação que dirige a matéria e torna

possível a biogénese.

- P. Fong supõe que a informação é primordial para o aparecimento da

vida, que é ela (e não a matéria) que deve ser primeiro estudada. As teorias e os trabalhos de Fong permitiram uma nova interpretação das tradições místicas, porque a ciência contemporânea interpreta

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cada vez mais à letra o preceito segundo o qual “o universo é a regra da organização do Tao”, ou os primeiros versículos do Génesis: “No princípio, criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. Deus disse: Taça-se luz.’ E a luz foi feita.”


Quais são as consequências destas investigações e em que medida influenciaram as nossas teorias em matéria de saúde?
Toda a gente concorda em reconhecer que a vida é um fenómeno de uma extraordinária complexidade, apesar de existir há vários milhares de anos. Em razão da sua complexidade e da incapacidade ou impotência da ciência para o explicar, compreender ou simplesmente descrever, devemos rejeitar todas as explicações simplistas.
Uma doença não pode ser reduzida (salvo em certos casos raros e

extremos) a um único factor. Ou seja, não basta, por exemplo, alterar o pH, nem adicionar alguns elementos que aparentemente faltam (vitaminas, minerais, etc.), para obter resultados para os quais a Natureza necessitou de condições específicas que exigiram milhares de anos para se realizarem.




Em contrapartida, somos da opinião de Hipócrates e pensamos que a Natureza, através dos seus mecanismos de regulação, é capaz de tratar a maioria das nossas doenças. É também importante realçar que se os

estudos sobre a biogénese demonstram que a vida tem capacidades excepcionais para se manter (as bactérias, por exemplo, vivem em condições extremas de calor, num ambiente de substâncias tóxicas), existe contudo uma fronteira de alterações ambientais para além da qual a vida não consegue manter-se. Ao ultrapassar um “certo patamar” de tolerância, a

vida pode tornar-se impossível nas suas formas actuais.
Desta banal constatação podemos reter como conclusão que preservar a vida e a saúde em geral passa pela protecção do nosso meio ambiente.
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A NATUREZA QUE TRATA
“Saúdo-te, ô Natureza, mãe de todas as coisas. “
Plínio
---Nos povos primitivos todos os indivíduos são exímios naturalistas, o que não é de espantar já que disso depende a sua sobrevivência.”
Errist Mayr (Histoire de la biologie)
Em busca das origens da Natureza
Há vinte e seis séculos os filósofos gregos propuseram o equivalente à palavra Natureza e, também na mesma época, o termo Arche (início, origem). A etimologia da palavra Natureza globalizava o facto de as substâncias serem susceptíveis de se desenvolverem, durarem e se reproduzirem. Tales de Mileto dedicou-se, mais especificamente, à busca das origens da Natureza. Os seus sucessores, entre os quais Anaximandro, quiseram saber o que existia na Natureza no momento da sua criação. A busca filosófica dos factores unificadores e das causas naturais dos fenómenos originais estão na base da cultura europeia.
A Natureza pode tratar?
Os grandes pensadores gregos ‘debruçaram-se sobre o papel terapêutico da Natureza. Para Hipócrates, considerado fundador da medicina científica, a Natureza está na base de todas as curas. Os diversos órgãos do corpo constituem uma entidade harmoniosa, e a Natureza tem a possibilidade de tratar as doenças. O papel do médico consiste em observar o doente, seguir os progressos que a Natureza efectua em direcção à cura e, eventualmente, ajudá-la. Não deve de modo nenhum contrariá-la na sua

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acção curativa. “Primum non nocere” significa que o dever do médico ou do curador é o de não perturbar o desenrolar de uma acção benéfica. Os preceitos que orientaram os terapeutas durante séculos estabeleciam que o médico deve ser minisler naturae (estudante da Natureza) e não magisler nalurae (mestre da Natureza).


As relações entre Natureza e medicina
Na tradição filosófica (e medicinal) existem duas correntes:
-Para a primeira, o homem faz parte da Natureza. É a relação

conflituosa entre o nosso corpo e a Natureza que está na origem das doenças, e é, por conseguinte, na Natureza que podemos encontrar os meios de preservar ou de recuperar uma boa saúde.

- Para a segunda, o homem é o mestre da Natureza. A sua ciência e

a sua técnica têm os meios de resolver todos os problemas que lhe possam surgir, incluindo o problema da saúde.


Nós estamos, pela nossa parte, próximos da primeira tradição: pensamos que a Natureza põe à nossa disposição todos os meios para um

melhor bem-estar. Felizmente, esta tradição, mesmo tendo sido, por vezes, ocultada ao longo dos séculos, não desapareceu com a Grécia antiga. Ela acompanhou os homens e a medicina ao longo da história. Encontramo-la na tradição da Escola de Medicina de Montpellier, onde outrora se

escrevia com orgulho “Hippocrate oolim Cous, nunc Monspelliensis”, e


nos Conselhos Gerais de Saúde da célebre Escola de Salerno:
“Quando sentirdes que a Natureza vos quer aliviar

de alguma matéria impura, Esculai os seus conselhos, ajudai-a nos seus esforços: Em vez de reterdes essa imundície em vós, dela libertai, rapidamente e sem tardar, o vosso corpo. Fugi dos tratamentos nocivos, pois por eles se altera o sangue; Evitai a cólera como um veneno funesto.

O serva do estes pontos, contai que os vossos dias por meio de um regime prudente se prolongarão.”

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A Natureza que trata: a naturopatia
Esta tradição hipocrática encontra-se igualmente na naturopatia e nas

teorias ecológicas de Gaia: “Terra - organismo vivo de que o homem faz parte.”


Esta concepção da Natureza que trata tem tido inúmeros detractores, especialmente entre os médicos e os cientistas. É compreensível, porque, se é suposto a Natureza tratar, para que servirão então os médicos?
É evidente que a propagação desta teoria põe em jogo os interesses económicos dos comerciantes de saúde, dos médicos e dos farmacêuticos, mas sobretudo dos laboratórios que fabricam os medicamentos. O problema não é novo.
No século xviii um grande naturalista e médico francês, Jean Emmanuel Gilibert, publicou as obras Autocracia da Natureza ou Primeira Dissertação sobre a Energia do Princípio Vital para a Cura das Doenças Cirúrgicas e Segunda Dissertação sobre a Autocracia da Natureza na Qual se Prova que a Natureza Cura as Doenças Internas, tais como Febres, Inflamações, Convulsões e Dores. A reacção do meio médico não se fez esperar e foi muito violenta. Gilibert foi obrigado a publicar uma rectificação: Joannis-Emmanuel Gilibert adversaria medico-praticum Lugduni,

1791, na qual explica que foi mal entendido e que, em certos casos, a intervenção do médico pode ser necessária.


Nós partilhamos o ponto de vista de Gilibert: a intervenção do médico é necessária apenas em certos casos. Assim, segundo o princípio hipocrático, devemos limitá-la aos casos mais sérios.
A medicina pela Natureza
Aliás, na grande tradição da “medicina pela Natureza”, muitos foram os pensadores que rejeitaram todas e quaisquer intervenções médicas, salvo as mais urgentes (como a cirurgia das fracturas). Assim, Ambroise Paré não foi o único a descobrir que frequentemente a ausência de medicamentos (no seu caso tratava-se de óleo a ferver que servia para tratar as feridas) pode ser mais benéfica do que o tratamento científico”.

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Devemos suprimir os medicamentos?


Encontramos esta ideia na tradição “hasídica” (movimento ortodoxo judeu da Europa Central, no século xviii), para a qual “a cura e a saúde não pertencem aos médicos”, bem como nos trabalhos de Karol Rokitansky, da Escola de Viena do século xix. Este grande médico declarou que cada escola de medicina ensina tratamentos terapêuticos diferentes para patologias idênticas, sem mesmo assim obter uma cura para as doenças tratadas. Rokitansky chegou ao ponto de declarar que toda a “matéria médica” não serve para nada e que os doentes recuperam ou não a saúde graças à acção da Natureza; e que, nesta hipótese, é por conseguinte impossível tratá-los.
Não somos tão extremistas na nossa maneira de pensar. Partilhamos mais o ponto de vista de Galiano, que pensava, como Hipócrates, que a

Natureza trata as doenças e que nós podemos observá-la e imitá-la, sem reservas, através dos dons que ela nos proporciona. A Natureza tem a

capacidade tanto de nos tratar directamente como de nos fornecer as suas capacidades terapêuticas.


A NATUROPATIA
Não é possível comparar a naturopatia com a medicina oficial, que apenas se limita a intervir quando a doença se declara e que se esforça por fazer desaparecer os seus sintomas o mais rapidamente possível. Ela constitui a fotografia fiel do nosso modo de vida e da nossa técnica e sente-se assim na obrigação de trabalhar muito depressa, de responder o mais imediatamente possível às necessidades do público. Comporta obviamente vantagens indiscutíveis, mas gera, muitas vezes, inconvenientes maiores, inclusive riscos com consequências difíceis de avaliar.
E se os medicamentos nos fizessem mais mal do que bem?
Utilizamos um grande número de substâncias químicas de que ignoramos totalmente os efeitos, tanto para nos tratarmos como para nos alimentarmos: quem poderá explicar o que acontece quando estas ditas

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substâncias penetram no nosso organismo, se combinam entre si e se acumulam nos nossos tecidos? Podemos considerar que os seres vivos estão perante várias centenas de milhar de compostos químicos dos quais nos é impossível avaliar as interacções.


É útil lembrar que 25% das patologias diagnosticadas são consideradas ---iatrogénicas”, ou seja, resultam directamente de um acto ou de uma prescrição médica.
Os erros da medicina: muitos medicamentos são retirados do mercado
Devemos, igualmente, lembrar que um grande número de produtos considerados anódinos, que faziam parte da panóplia terapêutica de todos os médicos há alguns anos atrás, foram desde então retirados do mercado. Numa década, 600 medicamentos foram assim postos na lista negra. Alguns deles, ainda autorizados em certos países, são contudo considerados perigosos e proibidos noutros!... Como se, em função da latitude em que se encontra, o ser humano fosse diferente!
Foi, aliás, o caso da demasiado célebre thalidomida',que foi autorizada na maioria dos países ocidentais mas não na Turquia. O ministro da Saúde deste país era médico e tinha muitas reservas relativamente às novas terapias ocidentais. Podemos dizer que as reservas deste homem foram no mínimo felizes e que, se prejudicaram de alguma forma as finanças do laboratório que comercializava este produto, evitaram nascimentos monstruosos na Turquia, tais como aqueles que ocorreram nos nossos países... mais civilizados.
A naturopatia socorre os males quotidianos
Não se trata de pôr em causa os conhecimentos adquiridos e os progressos da medicina e da cirurgia oficiais. É necessário recorrer a essas

técnicas em certos casos limitados, especialmente nas fases agudas de certas patologias. Mas, em contrapartida, no que diz respeito à maioria

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dos males correntes, essas medicações apresentam inconvenientes inúteis. Torna-se, por conseguinte, preferível recorrer a técnicas que respeitem o



meio ambiente e que estejam em harmonia com os princípios vitais do organismo.
A naturopatia baseia-se em princípios filosóficos que assentam no

facto de o homem ser um microcosmos no macrocosmos, um universo no



universo, um corpo feito de mares, montanhas, vales, correntes de água, rios, desertos... Ele é a imagem emblemática e representativa das forças em movimento que o compõem.
Ele sofre a influência do seu meio, do ambiente que o envolve. Se este é perturbado, a perturbação reflecte-se no homem microcosmos, espelho da entidade global.
A naturopatia respeita o corpo
A naturopatia age rearmonizando as energias que constituem a vida.

Tende a estimular as defesas do nosso organismo e coloca-o num estado capaz de responder e fazer face às agressões exteriores.


O corpo tem obrigação de ser forte para poder recuperar e conservar

a saúde, preservando simultaneamente o seu capital vital.


* A doença ou as perturbações orgânicas que dela decorrem não são

um simples efeito do acaso, do inexplicável ou da má sorte. Do mesmo modo que não passamos naturalmente de um estado de boa saúde para um estado de doença.

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ALGUMAS TEORIAS (naturopáticas)


Louis Kuhne combate os excessos alimentares
A sua teoria
As doenças manifestam-se através de sintomas variados, mas a sua

causa é sempre idêntica: é a sobrealimentação que forma substâncias estranhas no corpo. Estas perturbam-no, prejudicam o seu bom funcionamento e a circulação sanguínea. A origem da doença reside na acumulação dessas matérias estranhas não eliminadas. Estas são o resultado de o indivíduo ingerir mais alimentos do que aqueles de que necessita efectivamente para compensar o desgaste do seu corpo.


Louis Kul---me combate a ingestão de alimentos nocivos (carnes, vinho, especiarias, álcool, chá, café, narcóticos, medicamentos, etc., que não têm, na sua opinião, qualquer valor nutritivo) que irritam o corpo e acabam por torná-lo doente. Os órgãos ficam prematuramente enfraquecidos e tornam-se incapazes de assegurar as suas funções... nada escapa às suas

críticas, e já em 1850 ele se insurgia contra o tabagismo e as vacinas, o ar impuro, os vapores das cloacas, os desinfectantes e a poeira “que são nocivos para o corpo e se transformam em princípios mórbidos”.


Estes materiais armazenados e transformados não podem, em razão da sobrealimentação, ser eliminados pelos órgãos excretores. Por conseguinte, fermentam e apodrecem. Se surge alguma agressão interna ou externa, por exemplo um resfriado, um sobreaquecimento ou uma emoção, os princípios mórbidos procuram uma saída. Se encontram um obstáculo no seu caminho dilatam o espaço onde se movem e provocam então tumores, hipertiroidismo, pólipos, enfisema, endurecimentos, úlceras, cancro...
O seu método
Com esta filosofia (unidade das doenças, unidade do tratamento para curar todas as doenças), Kulme exclui todos os medicamentos, plantas medicinais e intervenções cirúrgicas. Ele preconiza um tratamento uniforme para todas as doenças, traumatismos e feridas, através de:
* banhos do tronco;

* banhos de assento com fricções;

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* banhos de prancha;



* banhos de vapor;

* uma alimentação estritamente vegetariana.


O método natural e personalizado do professor Bilz
A sua teoria
Bilz elaborou uma técnica a que deu o nome de O Novo Método do Professor Bilz para Curar as Doenças. Esta teoria obteve um grande êxito e conseguiu proezas e maravilhas onde a medicina da época esbarrava contra um impasse.


Bilz utilizava apenas tratamentos naturais que ele personalizava e adaptava a cada caso particular. Inspirava-se em Savonarola, médico do século xv, e, mais próximos dele, em Hahn, em Pressnitz e em Frank. Era um fervoroso adepto da hidroterapia, que conseguiu adaptar maravilhosamente a cada caso.
O seu método
Apesar de fornecer receitas saborosas, considera que o vegetarianismo é o regime mais adaptado ao homem e superior a todos os outros. Não o considera, contudo, como uma regra absoluta, salvo no tratamento de certas doenças. Com efeito, aconselha a prática de uma alimentação variada, composta por legumes, fruta, leguminosas (ervilhas, feijões), lacticínios, ovos, pão integral, saladas, compotas e, eventualmente de vez em quando, um pouco de carne assada, cereais integrais, arroz, milho, trigo sarraceno, cevada, bem como manteiga e queijo.
Como bebida, recomenda a água, mas considera que se pode tomar, de

vez em quando, um pouco de vinho, de chá ou de café.


Para cada caso específico impõe-se um tratamento específico. É necessário individualizar o tratamento e personalizá-lo, de modo a torná-lo o mais eficaz possível.

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Para o doente, ele afirma justamente que uma sobrecarga alimentar é totalmente inútil. Observa também que a privação de alimentos provoca no organismo as mais belas curas.


Bilz insurgiu-se contra as águas químicas de SeItz, que denunciou violentamente. O que diria ele hoje perante a profusão de águas gaseificadas, com sabores de fruta e outras, adicionadas de corantes e de conservantes, que todos nós consumimos?
Ele admitia que o ar era indispensável para prosperarmos e nos desenvolvermos. Basta observar as plantas e delas retirar a nossa inspiração: as plantas necessitam de ar e de luz.
Os tratamentos do padre Kneipp
Kneipp utilizava nos seus tratamentos tisanas e envolvimentos por meio de banhos de vegetais. Utilizava a água sob a forma de compressas e aplicava cataplasmas de argila. Também considerava a água fria como

um remédio particularmente eficaz e aconselhava a prática de imersões frequentes e de curta duração.


Shelton nega a doença
Para Shelton, as doenças não existem. Aquilo que observamos e a que chamamos doenças são apenas sintomas variados. Pretender curar a

doença é um contra-senso porque esta não existe. O papel da doença é o

de preparar o corpo para um bom estado de saúde. É por isso que a doença deve ser gerida e não combatida.
A prática do jejum e as restrições alimentares
A prática do jejum é velha como o mundo e constitui provavelmente um dos meios conhecidos mais antigos para recuperar um bom estado de saúde. A sua história confunde-se com a história do homem e das religiões: a Bíblia cita Moisés, e o Novo Testamento cita Cristo.

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A opinião de alguns teóricos e médicos sobre o jejum




- Para o Pr. Biliz:
“Em vez de alimentarmos o doente alimentamos a doença. A dieta

é o meio mais seguro de recuperar uma boa saúde e de conservar a juventude e a vitalidade. “


O jejum é um período de descanso por excelência. Logo de início o

sangue e a linfa purificam-se e produz-se um novo equilíbrio que permite aos órgãos vitais regenerarem-se. O jejum pode comparar-se a uma noite de repouso total para um corpo extenuado.


“Os jejuns são umas férias fisiológicas de todo o nosso organismo.

Não são uma penitência mas sim uma medida de desintoxicação interna que merece ser mais conhecida e desenvolvida.”


Para Upton Sinclair:
“A coisa mais importante em relação ao jejum é o facto de ele proporcionar um novo nível de saúde.”
Toda a gente pode jejuar, as contra-indicações são extremamente raras

e os efeitos benéficos fazem-se rapidamente sentir; as funções orgânicas são restauradas, e o corpo elimina os excessos de peso.


- Para a Sr.’ Geffroy:
“É o fenómeno da autofagia que torna o jejum num meio maravilhoso de regeneração e num extraordinário factor de longevidade.

O organismo devora as suas células, começando por aquelas que estão fracas ou doentes, que perderam vitalidade e que representa um perigo para o corpo na sua totalidade.”

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O jejum faz emagrecer e rejuvenescer


É por esta razão que durante as curas de jejum se eliminam primeiro as gorduras e a celulite.
* O Dr. Bertholet, médico suíço, afirma que a autofagia se processa

da seguinte maneira: 97% da gordura desaparece, depois o baço perde 63% do seu peso, o que prova que se encontra sobrecarregado e anormalmente dilatado, e não sofre, de modo algum, com esta perda de peso. Em seguida, o fígado perde também 56% do seu peso, sem qualquer inconveniente. Os músculos, por sua vez, podem perder até 30% do seu volume, o sangue 17%, enquanto os nervos e o cérebro 0%. Para este médico o que o jejum não consegue curar nenhuma outra terapêutica será capaz de o fazer.

* Carlon e Kunde mostraram que quando o jejum é praticado por um

homem de 40 anos, durante um período de 2 semanas:


“O jejum permite ao corpo regressar a uma condição fisiológica comparável à de um jovem.”
Estes dois médicos realçam que, se o homem praticasse regularmente jejuns rejuvenescedores, poderia manter-se jovem ano após ano.
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AS PLANTAS MEDICINAIS
AS PLANTAS ACALMAM A FOME E ALIVIAM AS DORES
Não existe vida animal sem vida vegetal, nem mundo vegetal sem mundo mineral. O que demonstra, caso seja necessário, que tudo o

que constitui o nosso planeta se encontra estritamente interdependente.

O essencial da nossa alimentação provém directa ou indirectamente do mundo vegetal.
Os homens sempre procuraram nas plantas, nas flores, nas raízes e nos tubérculos um meio de saciarem a fome. Depois procuraram as que eram mais aptas a ajudá-los a suportar a sua miséria, a sua inquietação, a sua

angústia e, também, a aliviar as suas feridas e vencer a doença e a dor.


O interesse das plantas que tratam...
Qual é o interesse da utilização das plantas medicinais na época em

que as manipulações genéticas e a síntese química são moeda corrente?


A resposta põe em evidência as grandes tradições religiosas e todas as civilizações que utilizaram a fitoterapia - do Egipto antigo à Grécia antiga, passando pela China. Contudo, estas mostram-se incapazes de fornecer uma resposta que satisfaça as nossas expectativas.
Podemos, evidentemente, falar da superioridade das substâncias obtidas nos laboratórios, em condições ideais de esterilização e de controlo de qualidade. Não basta citar o exemplo dos animais que procuram re

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médios no seu biótopo natural, apesar de sabermos, graças aos estudos pormenorizados dos zoólogos, que os grandes primatas, por exemplo, escolhem espécies vegetais antiparasitárias. Até sabem compor o seu regime alimentar de modo a preservarem a sua saúde, tal como o fazem os babuínos, que escolhem as folhas e os frutos do Balanites aegyptiaca para evitar a bilharziose.


Para convencer os Ocidentais cartesianos da utilidade das plantas medicinais, é difícil recorrer a concepções místicas, à Lei das assinaturas” (plantas cuja forma e cor se assemelham aos sintomas de uma determinada doença e que é suposto tratá-las), à herança dos livros sagrados ou, para finalizar, à convicção de que o homem deve encontrar remédios para todos os males na Natureza, pois é no desequilíbrio da Natureza que se encontra a causa da doença.
e o interesse da fitoterapia
A fitoterapia não precisa de recorrer a todas estas explicações para se

justificar. Os resultados obtidos com as substâncias de origem vegetal são suficientemente convincentes. Devemos lembrar que o potencial e a enorme riqueza bioquímica dos vegetais são factos indiscutíveis. Eles contêm várias centenas de milhares (ou de milhões) de componentes químicos que a síntese artificial é incapaz (na maioria das vezes) de reproduzir e

até, por vezes, de determinar.
No que diz respeito às substâncias que o homem aprendeu a reproduzir em laboratório e que são portanto quimicamente idênticas às isoladas nas

plantas, existem também diferenças essenciais relativamente aos produtos naturais. Quando se utilizam plantas, os seus princípios activos nunca



agem sozinhos mas, sim, em sinergia com os outros componentes. São estas substâncias “complementares” que têm frequentemente um papel activador, completando e reforçando a acção dos princípios activos. Melhor ainda, quando verificamos que certos componentes isolados são tóxicos, outras substâncias que contêm essa toxicidade diminuem ou neutralizam completamente a sua acção nefasta.
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