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A cura pela natureza


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- O Dr. Jefi`rey Bland, que estudou a influência do aloés no sistema



digestivo, verificou que esta planta melhora o pH gástrico e permite uma melhor assimilação das proteínas.

- A tradição africana e as investigações americanas atribuem ao aloés

uma acção benéfica nas doenças dos olhos; o aloés foi utilizado em oftalmologia pelo Dr. Vladimir Filátov, autor da teoria sobre os bioestimuladores.

- Finalmente, certos investigadores fazem prova da sua capacidade de

diminuir os riscos das doenças coronárias.

- É também prescrito na cirurgia bucal.


É natural que uma planta como esta tenha suscitado inúmeras investigações, especialmente no que diz respeito ao estudo dos seus componentes fitoquímicos. Parece que a maioria das virtudes do aloés está ligada aos heteróssidos antracénicos (pelo menos uma quinzena, entre os quais a aloína) e a certas substâncias aromáticas. Os outros elementos (vitami

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nas, enzimas, am inoácidos) não lhe são específicos, já que estão presentes em abundância no mundo vegetal.


As diferentes espécies de aloés
A grande riqueza das espécies do género aloés, bem como a existência de inúmeras diferenças bioquímicas, obrigam a identificá-los com rigor. Certas fontes demonstraram que os aloés de Curaçau não contêm aloína. Thomas Githeres, em Drug Plants of Africa, afirma que os aloés medicinais se resumem apenas a algumas espécies: o Aloe succotrina, o Aloe perryi e os aloés do Cabo (A. ferox, A. africana, A. plicatilis).
Aqueles que podemos encontrar são provavelmente misturas de origem incerta. As plantas cultivadas são mais homogéneas e mais facilmente identificáveis, mas poderemos nós ter a certeza de que preservamos toda a riqueza bioquímica que se encontra nas espécies selvagens? A experiência demonstra que as monoculturas empobrecem os componentes genéticos das plantas, o que tem forçosamente repercussões na sua riqueza bioquímica. Sabemos assim que certos aloés selvagens contêm até 18% de aloína.
Qual é a situação das plantas de cultura?
Inúmeras espécies estão actualmente ameaçadas pelo homem, e a única forma de as preservarmos é cultivar aquelas que podemos aclimatar.

O Aloe aIbida está em vias de extinção (o baixo nível de germinação das suas sementes é provavelmente um dos factores responsáveis desta situação). Restam apenas algumas centenas ou menos (certas fontes afirmam que existem apenas 200), de Aloe polyphy11a. Ora é praticamente impossível cultivá-lo fora dos seus locais naturais.


O Jardim Botânico de Kew, a mais prestigiosa instituição nesta matéria, vai recorrer a manifestações para a sua protecção.
Desconfiem do Aloe vera
Existem actualmente muitos autores e (sobretudo) produtores que transpõem as virtudes tradicionais do Aloe succotrina para o Aloe vera (planta de cultura). Mas esta prática não é minimamente aceitável.

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As diferenças bioquímicas entre as espécies vizinhas devem incitar o



consumidor a uma certa reserva. Os produtos à base de aloés deveriam ser objecto de estudos sérios antes de serem vendidos como “produtos naturais”. A falta de dados e de comunicações sobre estes produtos leva-nos a aconselhar os leitores a cultivarem em vaso, nas suas casas, os seus

próprios aloés e a confeccionarem eles próprios os seus produtos.


Se o aloés foi objecto de estudo dos fármaco-botânicos, não devemos esquecer que inúmeros charlatães se serviram dele unicamente para ganhar dinheiro. O interesse de todos não será o de evitar que uma planta tão preciosa seja desacreditada através de simplificações rápidas, duvidosas e pouco credíveis?
As receitas produzidas à base de aloés
O sumo de aloés espremido
Para obter 80 ml de solução aquosa de sumo de folhas frescas de aloés, Aloeferox, são necessários 20 ml de álcool a 95%.
As folhas são conservadas em local fresco e à sombra, entre 12 e 14 dias. Em seguida deverão ser cuidadosamente lavadas com água quente.

- Depois devem ser esmagadas, envolvidas em gaze e comprimidas.

- A suspensão obtida deve então ser filtrada (com gaze ou papel de

filtro). -Este produto filtrado deve ser aquecido durante 8 a ]0 minutos até

atingir o ponto de ebulição e depois vertido num recipiente de decantação. Acrescente a quantidade de álcool necessária. Deixe esta mistura em local fresco e sem luz durante 14 dias, mexendo-a uma vez por dia. Para terminar, filtre.
Creme de aloés para a protecção da pele
Composição:
* 6 g de cera de abelhas (branca) * 6 g de óleo de jujuba * 40 g de óleo de amêndoas-doces

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20 g de tintura DI, feita de folhas bioestimuladas de aloés (todos os tipos de aloés, excepto os que não contêm aloína)


-Misturar para obter um creme.
AS CACTÁCEAS
Esta família conta com cerca de 2000 espécies. A grande maioria cresce em terrenos tropicais e subtropicais das Américas, mas também se encontram algumas espécies em África, na Ásia e na Austrália. O Peru e o México possuem uma flora de cactáceas particularmente rica. Um grande número destas plantas possui um tecido especializado no armazenamento de água, já que crescem e vivem em terrenos desérticos.
Têm frequentemente flores muito belas, adaptadas à polinização pelos insectos, pelos pássaros e pelos morcegos. As maiores, como o Carnegia gigantea, podem atingir uma altura de 20 metros.
As cactáceas caracterizam-se pela sua grande riqueza bioquímica em

princípios activos, bem como pelo papel importante que têm na religião

e na mitologia das culturas pré-colombianas.
O Trichocereus pachanoi: planta mágica latino-americana


O Trichocereus pachanoi é uma das plantas mágicas mais antigas da história da Humanidade. No Peru encontra-se nas imagens, nas pedras gravadas e nos têxteis da civilização chavín que existiu há mais de 3300 anos. Encontra-se também nos objectos das culturas nasca e inca.
Durante milhares de anos, o Trichocereus panachoi esteve associado a diversos animais: ao veado, ao colibri e especialmente ao jaguar, que está intimamente associado ao xamanismo da América Latina. A igreja católica, desde a conquista espanhola, combateu as plantas mágicas, incluindo o Trichocereus, porque “é a planta usada pelo diabo para enganar os índios”. Mas, nos Andes, existe uma mistura estranha de catolicismo e de culturas indígenas, que lhe atribuiu o nome de “San Pedro”, nome muito significativo já que São Pedro possui as chaves do paraíso...
No Peru e na Bolívia, o Trichocereus é actualmente utilizado para tratar certas doenças, principalmente as perturbações mentais e o alcoo

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lismo. Serve também como meio de defesa contra todo o tipo de bruxarias, bem como para garantir o êxito e para adivinhar o futuro. Pensa-se também que esta planta é a guardiã da casa e que ela produz um assobio lúgubre que afasta os intrusos.


Os xamãs distinguem 4 tipos de cactos Trichocereus, dependendo do número de lados que possuem. Os mais potentes possuem 4 (representam os 4 ventos, as 4 estradas), mas infelizmente são muito raros.
Os talos dos cactos, que se podem comprar nos mercados, são cortados aos pedaços e fervidos em água durante 7 horas. Esta decocção é tomada com outras plantas, o PedilantInís tilhymaloides (Euphorbiaceae), o Isotoma longiflora (Campanulaceae) e o Neoromandia macrostibas (Amaranthaceae). Também se mistura, por vezes, com duas outras plantas alucinogéneas: a Brugmansia aurea e a Brugmansia sanguínea.
Estudos químicos e psiquiátricos demonstraram o papel importante destes aditivos. No xamanismo - tal como os outros alucinogéneos - a

“San Pedro” permite a separação entre a alma e o corpo, e as pessoas tratadas voam através das regiões cósmicas. Um dos primeiros oficiais espanhóis que assistiram a estes fenómenos descreveu-os da seguinte maneira:


“Os magos índios tomam a forma que desejam e deslocam-se nos

ares através de grandes distâncias num espaço de tempo muito curto. Vêem o que se passa, falam com o Demónio, que lhes responde por meio de pedras ou de outros objectos que eles veneram.5@


O Lophophora williamsi, “peyotl”: planta sagrada e alucinogénea
O Lophophora williamsi, o “peyotI”, é provavelmente a planta sagrada americana mais bem conhecida. Tal como o “San Pedro”, e a despeito de vários séculos de luta por parte da igreja e da administração, esta planta é ainda muito utilizada pelos Mexicanos, e o comércio dos botões de mescal é ainda florescente nos mercados da América Central e do México. Todos os anos, após a estação das chuvas e da colheita do milho, organizam a festa do “peyoti” para comemorar esta planta, que permitiu ao

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grande chefe Majakugay, há vários séculos, combater os seus inúmeros inimigos e fundar um império. Todos os objectos das tropas dispersas de Majakugay foram destruídos, e o deus transformou-os numa planta maravilhosa, que conhecemos sob o nome de Lophophora williamsi.




O efeito psicológico do “peyotV’ é muito variável e depende das doses absorvidas, das condições físicas e do carácter receptivo do consumidor. Os seus efeitos alucinogéneos são muito fortes: provoca visões caleidoscópicas coloridas. Os outros sentidos, como o tacto e o gosto, também se alteram.
A acção do Lophophora willianisi efectua-se em dois níveis sucessivos:
- Primeiro, aguça a sensibilidade. -Numa segunda fase produz uma grande calma e um relaxamento muscular; a atenção desliga-se dos estímulos exteriores, para se tornar introspectiva e meditativa.
O Lophophora williamsi contém cerca de 30 alcalóides (entre os quais a mescalina), e é fácil entender a importância que esta planta poderá ter no tratamento das doenças mentais.
Outras cactáceas com efeitos alucinogéneos
O Lophophora williamsi e o “San Pedro” não são as únicas cactáceas mágicas e alucinogéneas da cultura pré-colombiana. Grande parte das plantas alucinogéneas foi designada pelo nome de “falso peyotl”.
- A Epithelantha micromeris, cujos frutos, os “xilitos”, são comestíveis, foi utilizada pelos índios Tarahomara. Os feiticeiros ingerem-na para obter visões mais claras e para comunicar com os outros feiticeiros. Os corredores utilizam-na como estimulante e para combater o cansaço. Os índios pensam que prolonga a vida e que faz enlouquecer as pessoas maldosas.

- A Ariocarpus retusus, ou “falsa pedra”, foi utilizada pelos habitantes

do Norte do México.

- O maior cacto de todos, o Carnegia gigantea ou “saguaro”, apesar

de não se conhecer a sua utilização pelos indígenas, contém alcalóides com efeitos psicotrópicos.

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- O Pelcyphora asseliformis é também considerado como “falso peyotF’.



- O Coryphanta compacta é um pequeno cacto respeitado no Norte do

México por ser uma planta eleita pelos deuses. É também consumida pelos xamãs. -0 Mamillaria senifis é alucinogéneo e cresce na América Central.


Todas estas espécies contêm em abundância alcaloides anteriormente desconhecidos da ciência.
A utilização terapêutica das cactáceas
A utilização terapêutica das cactáceas não se limita aos seus efeitos psicotrópicos e à estimulação do sistema nervoso.
- O Lophophora williamsi foi utilizado pelos índios norte-americanos como remédio para estancar as hemorragias.

- O médico homeopata italiano Rubini foi o primeiro terapeuta a preconizar a utilização do Cereus grandiflorus. Prescreveu-o para as afecções orgânicas do coração e dos vasos sanguíneos e, como não tem uma acção depressiva sobre o sistema nervoso, prefere-o ao acónito, especialmente para os linfáticos e para os nervosos. Utiliza-o também como potente antipsoríaco (uso externo).


* O suco do Cereus pode também ser utilizado como depilatório e

para eliminar as verrugas. Em 1890, Jones descobriu a acção antinómica deste cacto e da digitália. A digitália foi prescrita para corações cansados, e o

Cereus grandiflorus para a astenia do coração.

* Sultano isolou o alcalóide que denominou “cactina”. Este alcalóide



aumenta a energia do músculo cardíaco, faz subir a pressão sanguínea e activa os centros motores da espinal medula.

* Segundo o Dr. Watson Williams, a parte mais rica em princípios

activos é a flor.

* Ele recomenda uma tintura obtida por maceração (durante 1 mês)

dos talos e das flores em 500 ci de álcool e aconselha a sua utilização em doses de algumas gotas de 4 em 4 horas.

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O Cereus fimbriatus e o Cereus moníliformis têm propriedades anti-reumatismais. O Cereus geonietrizans está indicado para as úlceras.
No género Pereskia existem várias espécies terapêuticas:

* O Pereskiaguamacho, produzido como goma utilizada nas afecções

pulmonares catarrais. As folhas têm um sabor acre e utilizam-se em inalações e tisanas. As flores fornecem tisanas espessas, e os frutos são diuréticos.

* O Pereskia bleo tem virtudes anti-sifilíticas e é também utilizado

contra a febre amarela.

* Os frutos do Pereskia aculeata têm uma acção anti-sifilítica e expectorante.


O talo carnudo do Opuntia contém uma quantidade importante de mucilagem. É por esta razão que é utilizado como emoliente e para fazer amadurecer os tumores indolentes.

* Segundo Faiveley aplica-se o talo do Opuntia vulgaris em todas

as afecções inflamatórias e flegmónicas: herpes, erisipela, fleumatismos, furúnculos. O talo é cortado aos pedaços e esmagado e aplica-se cru ou aquecido em excelentes cataplasmas.

* Contra a desinteria, aconselham-se as flores da Opuntia vulgaris.


Os frutos da Opuntia brasiliensis são antiescorbúticos, os ramos

são utilizados em cataplasmas e acalmam as dores ciáticas. O suco é utilizado nos edemas das pálpebras.


As cactáceas também são comestíveis
Muitas cactáceas dão frutos comestíveis, por exemplo, o Opuntia vulgaris (figo-da-barbárie) ou o Cereus thurberi dão frutos do tamanho de uma laranja. Também se comem os frutos do Cereus pruinosus, do Cereus triangularis e do Cereus giganteus. Com o Opuntia produz-se álcool. Certas espécies servem para a criação de cochonilhas.
Para terminar, as cactáceas são reservatórios naturais de água nas

regiões desérticas.

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É difícil identificar e obter as espécies de forma fiável


A utilização das cactáceas, tal como a de outras espécies vegetais, apresenta alguns inconvenientes. A primeira e maior dificuldade consiste em obter plantas cuja actividade seja uniforme. Na verdade, as condições específicas de vegetação, a época das colheitas, a latitude e a natureza dos solos alteram de forma significativa os processos de nutrição da planta, bem como a sua genética. Todos estes factores têm uma repercussão sobre o teor em alcalóides da planta. Assim, segundo Rouhier, os “peyotIs” do Texas, sendo mais tóxicos, dão menos visões coloridas do que os “peyotIs” de outras proveniências.
Por outro lado, as leis do mercado fazem com que os produtos sejam frequentemente falsificados. Isto acontece especialmente com o Cereus grandiflorus. A matéria-prima vendida no mercado e que é suposto ser

proveniente desta espécie não é senão uma variedade qualquer de Opuntia, com propriedades diferentes das que lhe são atribuídas. É por isso que é particularmente difícil determinar as espécies utilizadas pelos indígenas. Mesmo o “San Pedro”, que é bem conhecido, só há bem pouco tempo foi identificado com exactidão, pois durante muito tempo foi confundido com o Opuntia cy1indrica.



As cactáceas são plantas resistentes... mas conseguirão resistir à civilização?
As cactáceas são, por natureza, resistentes às condições difíceis: seca, amplitudes térmicas e poluição. A exploração indígena nunca ameaçou a sua existência, já que os índios colhem apenas uma parte e salvaguardam a quantidade necessária para a reconstituição da população vegetal.
Contudo o entusiasmo dos coleccionadores e a moda dos medicamentos produzidos à base destas plantas constitui uma ameaça séria para este grupo. Assim, em 1976, a população de Pediocaclus knowIlonú não ultrapassou os 250. A polícia do Arizona estima que o contrabando de cactáceas representa um mercado de várias centenas de milhares de dólares.

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Actualmente, cerca de 30% das espécies presentes nos Estados Unidos estão ameaçadas. Seremos nós privados desses “dons terapêuticos fabulosos” que nos legaram as civilizações pré-colombianas, antes mesmo de conhecermos todas as suas possibilidades?


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OS REMéDIOS UNIVERSAIS DE ORIGEM VEGETAL E ANIMAL
OS CHIFRES: a ciência confirma a eficácia dos remédios tradicionais dos Siberianos
A utilização dos chifres fez parte durante muito tempo das receitas populares da Sibéria. É provável, aliás, que esta prática fosse proveniente da medicina chinesa. Quanto à farmacopeia de certos povos europeus, ela contém igualmente extractos de chifres. O Dr. Gilibert estudou a eficácia terapêutica dos chifres de alce para tratar a epilepsia, depois de a ter observado na Lituânia. As investigações contemporâneas confirmam os efeitos deste remédio popular.
Os três tipos de chifres medicinais
Os médicos russos distinguem três tipos de remédios à base de chifres, cujas propriedades são função da sua origem.
A pantocrina
A pantocrina foi isolada nos chifres em 1930 pelo professor Pavlenko. Desde então já foram publicadas várias obras sobre as propriedades desta

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substância. A dita substância encontra-se em dois tipos de veado: o “sika” (Cervus nippon) e o “wapiti” (Cervus elaphus), dos quais quatro subespécies vivem na Sibéria.


Para a sua extracção cortam-se os chifres sem magoar o animal, que vive em semiliberdade. A operação decorre durante o período intenso da sua actividade biológica.
Depois de limpos, os chifres são secos, cozidos, pulverizados e colocados em solução alcoólica. A sua prescrição faz-se por meio de gotas ou

de injecções intramusculares.


Breckman e Dobriakov determinaram as suas condições de criação de modo a sistematizar e optimizar a pantocrina. Os investigadores russos e

japoneses conseguiram identificar uma parte dos seus componentes. Estes constituem uma mistura muito complexa de substâncias inorgânicas e

orgânicas, de aminoácidos (leucina, treonina, lisina, fenilalanina, isoleucina), de lípidos e de fosfolípidos (lecitina, lisoleticina, esfingomielina).
Além disso, contêm substâncias específicas, tais como o he tacosan (C27H56), 6 colesteróides, glicóssidos, querâmidos, vestígios de magnésio, de ferro, de alumínio, de titânio, de cobre, de prata, de nátrio e de cálcio.
A pantocrina é uma substância que parece não ter efeitos secundários. Possui capacidades antitóxicas e caracteriza-se por uma dupla acção sobre o sistema nervoso, simpático e central.
A rantarina
A rantarina é extraída dos chifres das renas (da Rangifer tarandus, que é a principal subespécie da Sibéria, e da Rangifer tarandus phylarchus).
A sua composição é semelhante à da pantocrina, contudo contém um


maior número de substâncias orgânicas e um menor número de compostos minerais. No entanto age de forma diferente, tem uma acção anti-inflamatória e possui propriedades anti-stress. Certas investigações confirmam a sua acção antitumoral.
A santarina
A santarina é extraída dos chifres do antílope saiga (Saiga tatarica). Esta espécie é explorada pela farmacopeia chinesa. A santarina é um

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tranquilizante e um antiespasmódico. É uma substância bastante interessante e que tem, sem dúvida, um futuro indiscutível porque não diminui as capacidades de trabalho dos indivíduos tratados.


Possibilidades terapêuticas da pantocrina, da rantarina e da santarina
Os investigadores testaram as possibilidades terapêuticas destas três substâncias. Os resultados são extremamente promissores no tratamento

de doenças cardiovasculares, de hipotensão e também como adaptogéneos e em casos de neurastenia (incluindo a insónia).


- A pantocrina tem um efeito antiarrítmico e pode também ser prescrita para as gastrenterites. A sua utilidade foi confirmada em operações cirúrgicas, em queimaduras e em fracturas.

- A pantocrina (e sobretudo a santarina) age sobre a epilepsia e a

hipertensão.

- A rantarina e a pantocrina são estimulantes e tónicas. Melhoram as

actuações físicas e mentais e agem, ainda, na coordenação, no cansaço, na irritabilidade e no apetite. Favorecem também a convalescença.

- A rantarina e a pantocrina são prescritas na Rússia para tratar problemas geriátricos (hipertrofia da próstata, em períodos pré- e pós-operatórios e como adjuvante de diversos tratamentos).

- Reconhecidas as suas propriedades sobre o sistema nervoso, a santarina

é utilizada como tranquilizante.

- Finalmente, estas substâncias são também indicadas para casos de

perturbações sexuais.


É espantoso que, não obstante todos estes dados (publicados nos jornais científicos), as substâncias extraídas dos chifres sejam tão pouco conhecidas, excepto no Japão. Certos biólogos britânicos, contudo, como, por exemplo, o célebre Thomas Huxley, interessaram-se pela pantocrina, mas as suas investigações não ultrapassaram a fase experimental.

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ADAPTOGÉNEOS E BIOESTIMULADORES OU A BUSCA DA"PANACEIA” MODERNA
O organismo possui grandes capacidades de adaptação às condições exteriores às quais é submetido. A homeostase é o resultado desta adaptação. Os teóricos da medicina definem a doença como um resultado da ruptura da homeostase, ou seja, do enfraquecimento destas capacidades de adaptação.
A homeostase mantém-se por meio de reacções enzimáticas a nível

molecular e de uma acção hormonal a nível do organismo.


Todas as reacções bioquímicas têm um carácter de compensação (asseguram a manutenção do equilíbrio) ou um carácter exploratório (elas

procuram” novas possibilidades metabólicas).


O envelhecimento é entendido como uma perda das nossas faculdades de adaptação, já que para lutar contra os factores ambientais nocivos o organismo se desgasta imoderadamente.
A busca de substâncias susceptíveis de aumentarem as nossas

capacidades de adaptação parece ter um futuro promissor


Esta busca não é uma novidade. As plantas “adaptogéneas” pertenciam à “classe imperial” da farmacopeia chinesa. A sua importância para a

medicina moderna está ligada à independência da sua acção sobre os

factores externos.
Elas aumentam a resistência do nosso corpo contra a poluição química e electromagnética, contra as infecções, contra o abaixamento do teor de oxigénio na atmosfera e contra as condições extremas de pressão atmosférica e de temperatura.
Parecem proteger-nos contra as depredações autodestrutivas a que o nosso organismo é submetido: os radicais livres, a oxigenação natural, os

desgastes hidrolíticos, etc.


Devemos realçar a diferença entre adaptogéneos e bioestimuladores. Estes últimos estimulam o sistema imunitário, que é apenas um dos nossos mecanismos de adaptação.

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Esta busca é difícil


A acção adaptogénea é o resultado de uma actividade complexa dos diferentes componentes orgânicos. Por este motivo é muito difícil estudá-los, sistematizá-los e garantir a repetitividade dos seus resultados. Pelo mesmo motivo é praticamente impossível obter adaptogéneos sintéticos. Acrescentemos que nas plantas “panaceia” uma classe de substâncias adaptogéneas está, por vezes, presente nas raízes e outra nas folhas (é o caso do Rhaponticum carthamoides).
A acção terapêutica das plantas adaptogéneas
A maioria dos adaptogéneos tem uma forte acção anabólica (comparável à dos esteróides). Eles favorecem as reacções enzimáticas, participando na síntese dos componentes macromoleculares, tais como as proteínas, os lípidos e os ácidos nucleicos.
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