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Resposta de híbridos de milho à densidade de plantas em área de arroz irrigado


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Resposta de híbridos de milho à densidade de plantas em área de arroz irrigado
Marafon, A.J.(1); Silva, P.R.F. da(2); Schoenfeld, R.(3); Maass, M.B.(4); Correia, S.L.(4); Rodrigues, J.F.(5)
(1)Aluno de graduação, bolsista de Iniciação Científica CNPq, IRGA, Cachoeirinha, RS, E-mail: andrei.marafon@gmail.com; (2)Docente Colaborador FA/UFRGS, Pesquisador do CNPq e Consultor Técnico do IRGA; (3)Pesquisador do IRGA; (4)Alunos de pós-graduação do Departamento de Plantas de Lavoura, FA/UFRGS; (5) Aluno de pós-graduação do Instituto de Pesquisas Hidraúlicas, da UFRGS.
A grande maioria do milho cultivado no Estado do RS provém de terras altas, havendo muito poucas lavouras em áreas de arroz irrigado, que estão localizadas na metade Sul do Estado. Mais recentemente, tem-se realizado pesquisas com essa cultura em área de arroz irrigado, que apresenta potencialidades e desafios a serem superados (Silva & Schoenfeld, 2013). Dentre os fatores de “construção” da produtividade de milho, o arranjo de plantas é um dos mais importantes, já que influencia o índice de área foliar, o ângulo de inserção foliar e a interceptação de luz incidente por outras partes da planta, principalmente nos extratos inferiores do dossel (Sangoi et al., 2010). O arranjo de plantas pode ser manipulado pela densidade de plantas, espaçamento entrelinhas, distribuição espacial de plantas na linha e pela uniformidade de emergência de plantas na lavoura. A determinação da densidade ótima de plantas em milho depende de vários fatores, como época de semeadura, cultivar, fertilidade do solo e adubação e nível de disponibilidade hídrica.

Em terras altas, Serpa et al. (2012) determinaram que a utilização de híbridos modernos e densidades de plantas superiores a 9,0 pl m-2 são estratégias eficientes para otimizar o rendimento de grãos de milho em semeaduras antecipadas até o final de inverno, nas regiões mais quentes do sul do Brasil. No entanto, não se tem informações sobre a densidade de plantas de milho mais apropriada para seu cultivo em área de arroz irrigado. Nessas condições, há que se ter o cuidado de não se utilizar densidades muito baixas ou excessivas para não limitar o potencial produtivo do milho. Com densidade excessiva, pode, também, aumentar o risco de ocorrer acamamento de plantas, especialmente em solos arenosos, que são característicos em áreas de arroz irrigado.



OBJETIVO
O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de dois híbridos de milho à densidade de plantas, como alternativa para potencializar o rendimento de grãos e a competitividade de milho em áreas de arroz irrigado.


MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido a campo durante o ano agrícola 2013/14, na Estação Experimental do Arroz, no Instituto Rio-Grandense do Arroz (EEA/IRGA), em Cachoeirinha-RS, na região ecoclimática da Depressão Central do RS, situada a 29°55´30´´ de latitude sul e a 50°58´21´´ de longitude oeste e à altitude de 7 m acima do nível do mar, em um Gleissolo Háplico Distrófico típico (Streck et al., 2008), de textura franco-argilosa. A análise de solo, realizada em junho de 2013, indicou os seguintes valores: argila 14%; pH em água: 5,2; P: 10 mg/dm-3; k: 35 mg/dm-3; CTC pH 7: 6 cmolc/dm-3 e MO: 12 g kg-1.

Os tratamentos consistiram de dois híbridos simples de milho (DKB 240 PRO RR2, da empresa Dekalb, e Pioneer 30F53 YHR, da empresa Pioneer Sementes, ambos com os eventos Bt e RR) e quatro densidades de plantas 4, 6, 8 e 10 pl m-2). O delineamento experimental foi de blocos casualizados, dispostos em fatorial 2X4, com quatro repetições. O milho foi semeado em 02 de outubro de 2013, em microcamalhões de 15 cm de altura e espaçados entre si de 1 m, com duas fileiras de plantas pareadas por microcamalhão. O experimento foi irrigado sempre que necessário através dos sulcos formados entre os microcamalhões. A adubação nitrogenada em cobertura foi de 300 kg ha-1, parcelada em quatro aplicações (estádios V3, V8, V12 e V16, conforme escala de Ritchie et al., 1993), utilizando como fonte de N a ureia com inibidor de urease, com tecnologia Agrotain. Plantas daninhas e pragas foram controladas para não interferirem nas características agronômicas avaliadas.

As determinações realizadas foram as seguintes: rendimento de massa seca da parte aérea no espigamento; diâmetro de colmo; estatura de planta; componentes do rendimento (número de espigas por metro quadrado, número de grãos por espiga e peso do grão) e rendimento de grãos.

Os dados foram submetidos à análise de variância e quando significativo, aplicou-se o teste de Tukey (p≤0,05). Os dados relativos à densidade de plantas foram submetidos à análise de regressão.


RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para as características rendimento de MS da parte aérea no espigamento e número de grãos por espiga foram significativos os efeitos simples de densidade de plantas e híbridos de milho (Figura 1 e Tabela 1). Na média dos dois híbridos, o rendimento de MS aumentou de forma quadrática com o incremento da densidade de plantas (Figura 1A). O máximo rendimento de MS foi obtido com a densidade de 6,6 pl m-2. Já o número de grãos por espiga diminuiu de forma quadrática com o incremento da densidade de plantas (Figura 1B). Para peso do grão, só houve efeito simples de híbridos, sendo maior no DKB 240 PRO RR2 em relação ao Pioneer 30 F53 YHR (Tabela 1).

Para número de espigas por metro quadrado e rendimento de grãos houve interação de híbrido e densidade de plantas (Figura 2). Houve resposta do rendimento de grãos à densidade de plantas apenas para o híbrido DKB 240 PRO RR2 (Figura 2B), que aumentou o rendimento de forma quadrática com o incremento da densidade de plantas. A densidade de plantas que propiciou a obtenção do máximo rendimento de grãos (13,58 Mg ha-1), foi a de 10,0 pl m-2. Já o número de espigas por metro quadrado aumentou de forma linear e quadrática, respectivamente para os híbridos Pioneer 30F53 YHR e DKB 240 PRO RR2 (Figura 2A), com o incremento da densidade de 4,0 para 10,0 pl -2.

Na média de densidade de plantas, o híbrido DKB 240 PRO RR apresentou maiores rendimento de MS na parte aérea no espigamento, peso do grão e rendimento de grãos e menor número de grãos por espiga em relação ao Pioneer 30F53 YHR (Tabela 1). Esse maior rendimento de grãos do DKB 240 PRO RR deve-se, principalmente, ao maior número de espigas por metro quadrado verificado nas três menores densidades de plantas (4, 6 e 8,0 pl m-2) (Figura 2A) e ao maior peso do grão (Tabela 1).








Figura 1. Rendimento de massa seca da parte aérea no espigamento (A) e número de grãos por espiga de milho em área de arroz irrigado em função de densidade de plantas, na média de dois híbridos. Cachoeirinha-RS, 2013/14.






Figura 2. Número de espigas por metro quadrado (A) e rendimento de grãos (B) de dois híbridos de milho em função de densidade de plantas. Cachoeirinha -RS, 2013/14.

Tabela 1. Características agronômicas de dois híbridos de milho irrigado em área de arroz irrigado, na média de densidades de plantas. Cachoeirinha-RS, 2013/14.



Características

Híbrido

CV1 (%)

DKB 240 PRO RR2

P 30F53 YHR

Rendimento de massa seca no espigamento (Mg ha-1)

11,92 a*

9,35 b

12,7

Grãos espiga-1 (Nº)

484 b

555 a

9,9

Peso do grão (mg)

309 a

289 b

5,0

Rendimento de grãos (Mg ha-1)

12,23 a

11,09 b

4,4

1Coeficiente de variação; *Médias seguidas pela mesma letra na linha não diferem entre si pelo teste de Tukey (p≤0,05).



CONCLUSÕES
Há diferenças entre híbridos na resposta do rendimento de grãos à densidade de plantas. Enquanto o híbrido DKB 240 PRO RR aumenta o rendimento com o incremento da densidade até 10,0 pl m-2, o híbrido Pioneer 30F53 não responde à densidade de plantas na faixa de 4,0 a 10,0 pl m-2.
AGRADECIMENTOS
Ao CNPq, pela concessão de bolsa de iniciação científica do primeiro autor e das bolsas de pós-graduação de três co-autores.
REFERÊNCIAS

RITCHIE, S.W. & HANWAY, J/.J. How a corn plant develops. Iowa State University. Special Report n.48, Ames, 1993. Disponível em www.maize.agron.iastate.edu/corngrows.html.


SANGOI, L.; SILVA, P.R.F. da; ARGENTA, G. Estratégia de manejo do arranjo de plantas para aumentar o rendimento de grãos de milho. Lages, SC: Graphel, 2010. 64p.
SERPA, M da S.; SILVA, P. R. F.; SANGOI, L.; VIEIRA, V.M.; MARCHESI, D.R. Densidade de plantas em híbridos de milho semeados no final do inverno em ambientes irrigados e de sequeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 47, p. 541-549, 2012.
SILVA, P.R.F. da; SCHOENFELD, R. Desafios e perspectivas da rotação com milho. In: Anais / VIII Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado, 12 a 15 de agosto de 2013, Santa Maria, RS. - Santa Maria : UFSM, Sociedade Sul-Brasileira de Arroz Irrigado, v. 2, 2013.
STRECK, E. V.; KAMPF, N.; DALMOLIN, R. C. D. Solos do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Emater-RS, 2008. 222p.






Resposta de híbridos de milho à densidade de plantas em área de arroz irrigado

Andrei José Marafon(1); Paulo Regis Ferreira da Silva(2); Rodrigo Schoenfeld(3) Joaquim Faraco Rodrigues(4); Matheus Barreto Maass(4); Silmara da Luz Correia(4)




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