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A cura pela natureza


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Modo de utilização
Por via interna
A posologia média é de 1 a 4 gotas, duas a três vezes ao dia, dependendo das essências.
Não é necessário tomar quantidades importantes de óleos essenciais, tendo a sua utilização demonstrado que uma posologia regular de peque

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nas quantidades dava com frequência melhores resultados. É preferível começar por doses fracas e aumentá-las progressivamente, sem contudo ultrapassar as doses indicadas pelo terapeuta.
Certos óleos fenolados, tais como o de tomilho, de segurelha ou de orégão, devem ser tomados de preferência em preparações específicas, confeccionadas por um farmacêutico-ervanário.
Em supositórios
O seu farrnacêutico-ervanário pode preparar-lhe supositórios à base de óleos essenciais.
Em fricções
Fricções ou massagens podem ser executadas com óleos essenciais diluídos num óleo vegetal (de avelãs, amêndoas-doces, germe de trigo, etc.). A pele, por capilaridade, absorve os princípios activos, que penetram deste modo no organismo.
Por vaporização
A vaporização na atmosfera é uma forma interessante de sanear o ambiente e de o purificar de forma agradável. Os óleos essenciais perfumam a atmosfera regenerando simultaneamente o meio ambiente.
Existem actualmente pequenos difusores de aromas, baratos e de fácil utilização. Como alternativa, pode colocar algumas gotas de essência num

recipiente, previamente misturadas com álcool (10 a 20%, ou seja, 1 a 2 gotas para 10 gotas de álcool). Ao evaporar-se, esta mistura purifica a atmosfera.


Esta utilização é um meio eficaz de prevenção contra os pequenos males do Inverno (essências de eucalipto, de tomilho, de pinho e de terebintina).
Onde se podem encontrar os óleos essenciais?
O seu farmacêutico-ervanário pode fornecer-lhe todos os óleos essenciais e aconselhá-lo quanto à sua administração.

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Também existe uma gama importante à sua disposição nas lojas de dietética.
É preferível utilizar óleos extraídos por vapor de água, se possível de qualidade biológica.

Precauções na utilização
É importante saber que os óleos essenciais não se dissolvem em água (não são hidrossolúveis). Terá de utilizar um diluente, por exemplo, álcool, óleo, “carvão de Belloc” (vende-se nas farmácias), um pedaço de açúcar ou de mel ou ainda incluí-los noutras preparações.
Para os banhos, pode utilizar o álcool, numa proporção de 10 volumes de álcool para 1 volume de óleo essencial. Para fazer esta mistura pode também utilizar um gel de banho ou champô.
N. B.: Nunca deixe os óleos essenciais ao alcance de crianças.
A DRAGEIA
A drageia envolve e protege a planta sem diminuir de modo algum a

sua eficácia, apesar de muitos terapeutas tradicionalistas lhe preferirem a

infusão ou a decocção.
Uma cápsula está doseada de 250 a 400 mg. O invólucro é dissolvido pelos sucos gástricos, e a planta, ficando em contacto directo com as mucosas do estômago, é rapidamente assimilada pelo organismo.
Esta modalidade fornece a possibilidade de seguir um tratamento fitoterapêutico de forma fácil e eficaz. Além disso, sendo cada drageia doseada com precisão, a sua ingestão é sempre idêntica, fácil e agradável.
Certas plantas têm um sabor particularmente acre, como, por exemplo, a erva-moleirinha. Graças às cápsulas, podem ser facilmente ingeridas, o

que nem sempre é o caso com a infusão, a decocção ou a maceração, que exigem, frequentemente, o recurso ao açúcar ou ao mel para alterar o seu sabor inicial.

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COMO DEVE ALIMENTAR-SE PARA SALVAGUARDAR A SUA SAúDE


A ALIMENTAÇÃO
As teorias alimentares são variadas e antigas
Certas teorias estão associadas a práticas religiosas ou a proibições alimentares, como é o caso, por exemplo, do catolicismo. De facto, esta religião prescreve a quaresma em determinados períodos, bem como a

proibição do consumo de carne às sextas-feiras, e aponta os pecados capitais, entre os quais a gula tem um lugar importante.


Hipócrates conhecia a importância da alimentação e preconizava:
“Que a alimentação seja o teu medicamento.”
E ainda:
---Quando alguém desejar recuperar a saúde, é necessário perguntar-lhe se está pronto a suprimir as causas da sua doença; só então será possível ajudá-lo. “
Maimónides, médico, filósofo e rabino que viveu em Toledo no século xii enuncia as seguintes regras:
“Come apenas quando sentires vontade. O homem sábio só come

para acalmar a sua fome.”


Cinco séculos antes da nossa era, os médicos chineses já tinham feito a aproximação entre a sobrealimemtação e a doença. No Neí Ching, que é um dos mais antigos tratados de medicina, é sob a forma de diálogos que um médico ensina ao seu imperador as regras que governam a vida:

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- Nos tempos antigos - perguntava o imperador - o homem podia, ao

que parece, viver até aos 100 anos; agora, gasta-se muito rapidamente e morre jovem, qual é a razão de ser assim? -Antigamente - responde o médico - os homens seguiam o Princípio.

Eram sóbrios e levavam unia vida ordenada e regular; actualmente os homens são destemperados, bebem álcool e cometem abusos. Ainda neste nosso tempo, se o homem poupar as suas energias, pode viver de boa saúde e tornar-se centenário.
A sua alimentação e o seu modo de vida têm consequências sobre a sua saúde
Para os partidários de uma alimentação saudável, a cozedura e as diversas transformações dos alimentos implicam alterações de estrutura e

perdas de nutrientes difíceis de avaliar.


Deste modo, as experiências feitas no início do século por dois célebres investigadores, Simonsen e Pottenger, não deixam qualquer dúvida sobre as consequências que as modificações nos nossos hábitos alimentares podem implicar.
No âmbito desta experiência, dois grupos de gatos foram alimentados de forma diferente: o primeiro com carne crua e leite cru; o segundo com

carne cozida e leite fervido. Os gatos alimentados com carne crua permaneceram de boa saúde, enquanto os do outro grupo, alimentados com carne cozida, sofreram doenças, e as suas crias apresentaram taras e malformações, em particular ao nível do maxilar e do esqueleto.
Não somos gatos, como é óbvio, mas é mais do que certo que não somos geneticamente capazes de nos adaptarmos a modificações importantes no nosso modo de vida. A nossa alimentação já não é semelhante à dos nossos antepassados, que era fundamentalmente crua e composta de frutos, bagas e raízes.
Os alimentos desnaiurados que consumimos
Actualmente, a nossa alimentação, devido à industrialização da agricultura e à notável transformação que tem sofrido graças à conservação, ao congelamento e aos pratos pré-preparados, tornou-se barata (as despesas neste campo representam em média 20% a 25% do orçamento familiar).
As prateleiras dos mercados e das grandes superfícies estão repletas de alimentos variados e abundantes. Mas estes sofreram alterações muito importantes durante as últimas décadas. Inúmeras substâncias químicas, destinadas a preservar as culturas contra a invasão de parasitas e de ervas daninhas, são utilizadas para aumentar o rendimento da produção. Estas substâncias concentram-se no vegetal, e os excedentes contaminam os solos e as camadas friáticas.
Calcula-se um patamar de tolerância, considerado aceitável, que vai

até um certo teor de contaminação, já que se considera que abaixo desse patamar as doses ingeridas não têm qualquer incidência sobre a saúde humana. Estas são calculadas em função de uma quantidade ingerida ao

longo de uma vida e supõe-se que não apresenta riscos apreciáveis. Uma vez estabelecida esta quantidade limite, aplica-se-lhe um coeficiente de segurança e define-se assim a dose máxima admitida diariamente.
Este tipo de cálculo deveria ser tranquilizador e pôr-nos ao abrigo de qualquer intoxicação pelos componentes de síntese que entram hoje em

dia correntemente na nossa alimentação. No plano teórico, estes cálculos têm uma certa coerência. No plano prático, em contrapartida, podemos considerar que diversos poluentes alimentares, introduzidos através de técnicas modernas e industriais, representam uni “risco maior” para a

saúde global das populações, quanto mais não seja porque somos incapazes de avaliar as reacções específicas de cada indivíduo.
Escolha a qualidade e modere a quantidade
Uma boa parte dos males de que sofremos está directamente ligada ao

nosso modo de vida e, especialmente, à nossa alimentação. É por esta

razão que nos parece especialmente importante insistir neste ponto. Se, por um lado, como afirmam muitos investigadores, devemos limitar a

quantidade de alimentos que consumimos, devemos por outro lado estar atentos à sua qualidade. Por esta razão é útil evitar o consumo de pratos pré-preparados, congelados, cozinhados, etc., e que sofreram, além dos poluentes alimentares durante a sua cultura (ou criação, quando se trata de produtos de origem animal), manipulações para a sua transformação que recorrem a conservantes, corantes, emulsionantes, etc.

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O consumidor, no final desta cadeia, compra, prepara e consome alimentos desnaturados. A nossa vitalidade e a nossa saúde sofrem as consequências, e perdemos a capacidade de fazer face às inúmeras agressões exteriores.




As doenças de civilização cardiovasculares, cancros, diabetes, reumatismos, alergias, etc., proliferam (consequência de uma mistura judiciosa de stress, de condições de vida trepidantes e, para cúmulo, de uma alimentação inadequada, rica em gorduras animais e em colesterol ... ).
Conselhos para melhorar a sua alimentação
Escolha bem os seus produtos
É preferível escolher, se possível, produtos provenientes de agricultura biológica. Existem etiquetas que garantem a origem, por exemplo, a

Ecocert, e que diminuem parcialmente os riscos. Como alternativa existem em muitos mercados pequenos agricultores que vendem directamente

a sua produção aos consumidores e que utilizam geralmente muito menos

produtos químicos, ou só os utilizam em caso de necessidade.


Quando? Como? O que comer?
O professor Bilz tinha este tipo de discurso:
Quando deve comer? Quando sentir necessidade; o melhor é comer

3 vezes por dia e nunca comer nem de mais nem à noite.


Como deve o homem comer? Deve mastigar bem e durante um período o mais longo possível todos os alimentos. Por duas razões. A primeira, porque a saliva, tão importante no acto da digestão, mistura-se convenientemente aos alimentos e facilita o trabalho do estômago. Mas para conduzir até ao estômago alimentos bem triturados e muito bem desfeitos é necessário ter bons dentes. Se quiser ter dentes sãos, lave-os várias vezes

ao dia. Não tome bebidas nem alimentos demasiado quentes ou frios pois estes estragam os dentes e prejudicam a sua conservação.


O que devemos comer? O homem deve comer alimentos fáceis de digerir, em particular:

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- Frutos e legumes que a terra produz e que o sol faz amadurecer. -Cereais integrais: o trigo, com o qual se fabrica um pão de farinha

grossa e que é tão alimentício e saboroso. É bom para a saúde porque o seu conteúdo tem glúten, situado no invólucro do grão. O pão também contém fósforo, magnésio e inúmeros minerais, indispensáveis ao bom equilíbrio corporal. Pela primeira vez, há cerca de 7000 anos, os homens colheram gramíneas selvagens e cultivaram-nas.


Todos os cereais estão inscritos nas grandes civilizações e marcaram

a consciência dos povos e a história da humanidade. Eles estão na base de tradições filosóficas e religiosas. O arroz, o trigo, a cevada, o milho painço, o trigo sarraceno, o centeio e o mais (em função das épocas e das

regiões) participam na elaboração da estrutura do corpo e das células e têm uma influência directa nos comportamentos humanos. A sua cultura

contribuiu para sedentarizar os nossos antepassados nómadas, transformando-os em cultivadores.


A classificação dos alimentos de Shelton


Para Shelton, as perturbações que se verificam no nosso estado de saúde decorrem de um desconhecimento da higiene alimentar, da sobrealimentação e de combinações erradas de alimentos. Shelton estabeleceu regras para as combinações alimentares. A sua observação dos animais selvagens permitiu-lhe constatar que estes comem sobriamente e não misturam variedades diferentes de alimentos no decurso de uma mesma refeição. Assim a sua classificação dos alimentos é a seguinte:
* proteínas

* xaropes, hidratos de carbono e outros açúcares

* farináceos

* frutos doces

* gorduras

* frutos ácidos

* frutos semiácidos

* legumes verdes

* e, numa categoria à parte, os melões, já que estes não podem ser

misturados com outros frutos nem com qualquer outro tipo de alimento.

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Os dez mandamentos de Geffroy


Geffroy, fundador da revista Vie Claire, preconizou as seguintes regras de alimentação:
1. Evitar a sobrealimentação, devendo as restrições alimentares aplicar-se sobretudo à carne e aos subprodutos animais e, obviamente, ao álcool e ao tabaco.

2. Evitar o hipertiroidismo e as radiações ionizantes, as temperaturas

ambientes elevadas (o sobreaquecimento dos apartamentos).

3. Exigir a não eliminação do germe e da base proteica do trigo na

preparação das farinhas e a proibição do mazute para a sua cozedura.

4. A proibição de utilizar, na indústria alimentar, aromatizantes,

emulsionantes e outros produtos que ele desconfiava serem cancerígenos.

5. A proibição da comercialização de óleos refinados, de gorduras

hidrogenadas e de carne de animais alimentados com produtos adicionados de antibióticos.

6. O regresso a processos razoáveis de cultura de frutos, de legumes

e de cereais, de modo a não perturbar a sua composição aumentando o teor em produtos químicos, nitratos e potássio.

7. Proibição de obrigar seres humanos a trabalharem em condições

insalubres, sem luz e num ambiente viciado, de modo a que, por magia, desapareçam muitas patologias.

8. Estimular a expressão activa da consciência e o desenvolvimento de

faculdades tais como a memória e a intuição, que permitem ao

homem ultrapassar a sua mediocridade. Quanto à vontade, esta desenvolve-se por meio de exercícios físicos, tal como os músculos. É simples, basta para tal, perante uma alternativa possível, fazer algo que tem de ser feito, ou não o fazer porque é cansativo. Qualquer acção que necessite de esforço deve ser privilegiada. Pretender escolher o caminho da boa saúde exige um esforço de vontade.

9. Necessidade de optimismo e de auto-sugestão; reconhecer a influência que pode ter o pensamento sobre o corpo e vice-versa.

10. Agir também sobre certas causas independentes da nossa vontade:

as causas psicológicas, de origem psicossomática, tais como a angús-

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tia, os medos, o stress e os desgostos, que geram reacções próprias a cada indivíduo e que têm por vezes origens ambientais.
O crudivorismo
O crudivirismo preconiza a exclusão da nossa alimentação de qualquer tipo de cozedura e a ingestão de alimentos no estado em que a natureza os produz. O instinto alimentar deve ser redescoberto, já que os nossos gostos e apetências foram pervertidos pela transformação dos alimentos e dos nossos métodos culinários.
O exemplo de um animal doméstico que sempre comeu carne crua, e a quem se dá a provar carne cozinhada, e a come e pede mais é uma boa ilustração deste facto. Já se observava este fenómeno em volta dos acampamentos onde os alimentos eram cozidos e onde os animais selvagens, atraídos pelo cheiro, comiam os restos deixados pelos homens. Um outro fenómeno relacionado com este é o facto de este tipo de hábito criar dependências e, por conseguinte, se espalhar facilmente. É assim que trocamos de moradas de restaurantes ou de receitas culinárias.


Para os adeptos do crudivorismo, só os alimentos produzidos naturalmente no nosso ambiente devem fazer parte das nossas ementas.
Fomos geneticamente “programados” para os consumirmos assim mesmo, já que estamos fisiologicamente próximos dos nossos primos, os

macacos, tendo em comum com eles 99% do nosso material genético. Entre o chimpanzé e o homem existem grandes semelhanças genéticas. Estas semelhanças deveriam inspirar-nos sobre o nosso tipo de alimentação.


Este método preconiza uma alimentação que terá sido a do homem na sua origem. Alguns chamam-lhe alimentação paleolítica, pois exclui qualquer tipo de cozedura ou de transformação, qualquer adição de sal, de pimenta ou de açúcar (mas permanece contudo uma hipótese de escola). As alterações que decorrem da cozedura predispõem-nos ao consumo de alimentos cada vez mais modificados, como é o caso, por exemplo, do açúcar, do café e dos excitantes, o que contribui para o nosso desequilíbrio orgânico.

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Para o Dr. Devernois de Bonnefon, o carácter recente das transformações que aplicamos aos nossos alimentos, graças à industrialização da agricultura e às diversas mutações ligadas à conservação e à preparação da nossa alimentação, têm por consequência o facto de o nosso organismo não conseguir adaptar-se a estas novas formas e técnicas alimentares. Deveríamos, por isso, questionar estas transformações, bem como as diversas misturas que fazemos no decurso de uma mesma refeição.
As fibras cruas agem de uma forma específica sobre a flora intestinal e influenciam os microrganismos que a compõem. Elas estimulam a função das bactérias úteis e facilitam a eliminação das bactérias patogénicas.
A acção enzimática da alimentação crua é importante: ela é viva e

facilita a digestão e a boa assimilação dos princípios nutritivos. Daí a

necessidade de uma alimentação em que o cru entre numa proporção importante, para nos protegermos contra as doenças degenerativas. A cozedura destrói as enzimas e priva o organismo destes preciosos aliados.
A clorofila é um pigmento essencial, cuja função é a fotossíntese, e

encontra-se em quantidades suficientes nos legumes verdes. Quando estes alimentos são ingeridos crus, têm poderes protectores espantosos sobre o nosso organismo.


Os grãos germinados
Constituem uma outra forma de consumir os cereais e as leguminosas. Muitos grãos prestam-se admiravelmente, com efeito, a esta simples operação: basta colocar os grãos num prato ou num recipiente e cobri-los de água. Depois devem ser enxaguados, e deve mudar-se-lhes a água todos os dias. Ao fim de 2 a 3 dias os grãos começam a germinar e podem ser consumidos misturados em saladas.
O príncipe Sadruddin Aga Khan lembra o seguinte:
1’Para nos livrarmos dos hábitos alimentares suicidas das sociedades industriais e para garantir aos habitantes do Terceiro Mundo uma quantidade de alimentos suficiente, trata-se de aprender a

utilizar as tecnologias primárias que livram os primeiros da doença

dos da fome. “

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Os grãos germinados têm um poder energético extraordinário. Constituem um alimento por si só e são ricos em vitaminas, enzimas e oligoelementos assimiláveis. Têm uma importância fundamental em todos os casos de carência e, além disso, não têm quaisquer contra-indicações.
Todos os grãos são excelentes: o trigo, a aveia, o centeio, o arroz, a cevada, o milho painço, bem como as leguminosas: grão-de-bico, lentilhas, feijões de todas as espécies, soja, etc.
O pão na história
A evolução do consumo do pão na história é interessante já que ela

marca a diminuição progressiva do número de cereais utilizados pelo homem. Como alimento fabricado, é relativamente recente na história alimentar da humanidade e foi colocado em lugar de honra pelos ricos. Anteriormente consumiam-se essencialmente bolachas e papas.


Rivalidade entre os cereais segundo as épocas
- Para a Roma antiga o pão era um produto novo. Preferiam-lhe o trigo

moído confeccionado em papas. -Na Antiguidade o pão de trigo fermentado era o mais utilizado. Não boiava à superfície da água e afundava-se, o que nos dá uma ideia da sua densidade.

- Os Gregos, habituados ao pão de trigo, consideravam que o pão

negro de centeio dos Macedónios e dos Trácios era detestável.

- Os Romanos consideravam o centeio uma planta daninha. Só gostavam do pão de cevada.
Durante muito tempo o pão foi considerado como um produto raro e

caro, que era necessário consumir com moderação e parcimónia. Nas regiões alpinas coziam-no raramente por falta de lenha, e era conservado com um cuidado muito especial. Encontraram-se pães conservados durante vários anos.


- Mais perto de nós, os Anglo-saxões e os Latinos têm uma preferência

acentuada pelo pão branco. -Os Alemães e os Eslavos preferem o pão negro.

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Também se confeccionou pão de milho painço, aveia e bolota e até mesmo de leguminosas (sobretudo lentilhas). E foi por causa da noção de luxo associada ao pão de trigo que se expandiu o pão de batata.


Crenças e doenças
Para certos povos o pão era considerado um alimento “extraordinário”, uma dádiva dos céus. Basta verificar a importância que ele ocupa nos

mitos, nos contos e nas crenças populares. O pão era utilizado para acalmar a fome e, em razão dos seus poderes benéficos, para combater as más influências graças às suas propriedades curativas. Os bolos que se confeccionam em memória do pão milagroso de Santo Emiliano, bem como os

que se oferecem a Santa Agata no dia 5 de Fevereiro, constituem um bom exemplo deste fenómeno.
Um ditado popular afirma que “aquele que deixar cair pão ao chão e por cima lhe passar saberá um dia o que é ter fome “.


O poder estatal descobriu também a importância do pão, que é mencionado no Capitulário de Francoforte de 794, em documentos emanados de Carlos Magno: este imperador pretendia fixar um preço máximo para os cereais, independentemente da importância da colheita.
As virtudes do pão
Panificação e simbólica
Segundo o historiador Henirich Edouard Jacob, a origem da primeira panificação situa-se a cerca de 4000 anos antes da nossa era. Foi o principal alimento dos povos da região do Nilo, e pensa-se que os primeiros trigos cultivados provinham da Abissínia. Mas é provavelmente do Egipto antigo que aprendemos a arte da panificação.
A simbólica do pão reveste-se de um carácter muito particular. A segurança alimentar que oferecia a cultura do trigo foi o ponto de partida da evolução das técnicas e das ciências. Tem uma Influência importante na construção do pensamento abstracto. As antigas tradições sempre tiveram uma atitude de respeito para com os seus cereais.

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Pão integral e pão branco.. Uma explicação necessária
A operação de moagem pulveriza simultaneamente o farelo e o endosperma para fazer uma farinha integral. Desde há séculos que a farinha é peneirada de modo a fornecer farinhas cada vez mais brancas. Porque a imagem da brancura imaculada é imposta ao público como garantia de pureza e de boa saúde!
Todavia tudo milita em favor do pão integral, na condição de este ser

confeccionado com farinha biológica. Porque o pão integral cuja farinha provém de cultura industrial é mais perigoso do que benéfico, já que o

farelo concentra os resíduos químicos utilizados na agricultura.
O pão integral natural é mais rico em sais minerais e biocatalisadores. A celulose é um activador hepático. Graças à sua acção laxante, é um anti-séptico das vias biliares e intestinais. Além disso, a ingestão de farelo favorece a eliminação do colesterol e dos sais biliares e reduz as litíases, daí a sua importância na prevenção dos cálculos.

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