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Universidade estadual de campinas


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DETERMINAÇÃO DOS FATORES DE VIRULÊNCIA EM AMOSTRAS DE Escherichia coli ISOLADAS DE SUÍNOS COM BACTERIÚRIA.


Marcelo Schäfer (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Domingos da Silva Leite (Orientador), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
As Escherichia coli podem ser responsáveis por infecções intestinais e extra-intestinais. Estando presentes no trato urinário de suínos provocam bacteriúria, a qual é causa principal da mortalidade de animais adultos e de matrizes em produção. Este trabalho visou determinar os fatores de virulência (FV) em 91 amostras de E. coli isoladas de 25 matrizes com bacteriúria. A Reação da Polimerase em Cadeia (PCR) foi utilizada para verificar a presença dos genes para os fatores de colonização: pap, sfa e afa; e para as toxinas: cnf1, cnf2, e stxe. Além disso, foi analisada a expressão fenotípica de hemolisina. Dentre as 91 amostras de E. coli estudadas, 17 amostras (18,7%) amplificaram o gene para o FV pap, 12 amostras foram sfa+ (13,2%), 4 amostras foram cnf1 (4,3%) e três cnf2 (3,3%). Não foram encontrados os genes para afa e stxe. A hemolisina foi expressa por 17 amostras (18,7% ). A associação dos FV foi observada: 4 amostras (4,3%) apresentaram pap, cnf1 e hemolisina, 2 amostras (2,2%) apresentaram associação entre pap, cnf2 e hemolisina. Em outras 4 amostras observamos a associação de sfa com cnf1 e hemolisina, outras 2 amostras foram sfa+, cnf2+ e hemolisina. Outros ensaios deverão ser realizados a fim de complementar o estudos dos FV destas amostras para melhor caracterizar os mecanismos envolvidos na infecção do trato urinário de suínos.

Escherichia coli - Fator de virulência - Suínos

B148

ESTUDO DA PREVALÊNCIA DOS FATORES DE COLONIZAÇÃO K99, 987P, F41 E F18 EM CEPAS DE Escherichia coli DE ORIGEM SUÍNA E ASSOCIAÇÃO COM ENTEROTOXINAS (LT E ST)


Patrícia Regina Kitaka (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Domingos da Silva Leite (Orientador), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
A diarréia causada por E.coli enterotoxigênica (ETEC) em leitões neonatos e pós desmamados é uma doença mediada por fatores de colonização (FC) e produção de enterotoxinas. Os FC predominantes em ETEC de origem suína são K88, K99, 987P, F41 e F18 associados ou não enterotoxinas termo-lábil do tipo I (LT-I) e termo-estável dos tipos I e II (ST-I e ST-II). O objetivo deste trabalho foi determinar a incidência dos genes dos fatores de virulência (FV) K99; 987P; F41; F18; LT-I; ST-I e ST-II em 321 cepas de E.coli isoladas de fezes diarréicas de leitões, por Reação da Polimerase em Cadeia (PCR). Detectou-se 9 cepas f41+(2,8%); 6 f18+(1,9%); 5 987p+(1,6%); 4 k99+(1,3%); 69 est-II+(21,5%); 7 elt-I+(2,2%) e 6 est-I+(1,9%). As associações observadas foram: K99/ST-I, K99/ST-II, K99/F41/LT-I, K99/F41/ST-I, 987P/ST-II, 987P/LT-I, LT-I/ST-II e ST-I/ST-II. As cepas f18+ não apresentaram associação com outro FV estudado. Estes resultados mostram a prevalência de est-II no grupo de cepas estudadas e sugerem que novos devem ser realizados a fim de determinar a associação desta toxina com um FC desconhecido.

Escherichia coli - Fatores de Virulência - Suíno

B149

CONSUMO ALIMENTAR E VARIAÇÃO DO PESO CORPORAL DE RATOS SUBMETIDOS AO TREINAMENTO FÍSICO E DIETA HIPERLIPÍDICA.


Rodrigo Gonçalves Dias (Bolsista SAE/PRG), Profa. Dra. Regina Célia Spadari-Bratfisch (co-Orientadora) e Profa. Dra. Dora Maria Grassi-Kassisse (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
A prática regular de exercício físico contribui para a manutenção e redução do peso corporal. Estudos relatam tanto um aumento quanto uma redução da ingestão alimentar em animais submetidos a um período de treinamento físico. Este estudo teve o objetivo de analisar as variações no peso corporal e na ingestão alimentar em ratos com dieta normolipídica ou hiperlipídica, submetidos ou não a um programa de treinamento físico. Ratos Wistar (6 semanas de idade) foram divididos em 4 grupos (n = 6 a 10): sedentários (S) e treinados (T) com ingesta normolipídica (N) ou ingesta hiperlipídica (H), “ad libittum”. Os grupos treinados exercitaram-se durante 4 semanas com 5 sessões semanais de natação (50 min.) em água a 341oC. A ingestão alimentar e o peso corporal foram quantificados diariamente antes de cada sessão (ANOVA seguida de Tukey). Os grupos NT e HT apresentaram um ganho de peso inferior a seus respectivos controles. Os animais dos grupos T ingeriram quantidades de ração semelhantes em Kcal, porém inferiores à quantidade ingerida pelos animais dos grupos S. Os dados mostraram que o treinamento físico por quatro semanas promoveu um menor ganho de peso corporal levando ainda a uma supressão da ingestão alimentar, independente da dieta.

Ingestão Alimentar – Peso Corporal – Treinamento Físico

B150

EFEITOS DE INFUSÕES INTRA-HIPOCAMPAIS DO ANTAGONISTA DO RECEPTOR AMPA, DNQX, NO FREEZING AO CONTEXTO DO CONDICIONAMENTO SOM-CHOQUE.


Bruno Vieira Scarpim (Bolsista SAE/PRG), Luís Otávio Siqueira (Bolsista FAPESP) e Profa. Dra. Elenice Aparecida de Moraes Ferrari (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
O hipocampo tem um papel essencial na aprendizagem e memória contextual. Infusões intra-hipocampais do MK-801, um antagonista não-competitivo do receptor de glutamato NMDA, prejudicam a memória contextual. Neste trabalho, investigou-se os efeitos da infusão intra-hipocampal do bloqueador do receptor AMPA, DNQX, na memória contextual aversiva em pombos. Utilizou-se 12 pombos C. livia divididos em Grupos Controle-Sham Aquisição (GS, n=6) e Experimental Aquisição (GE, n=6). Foram implantadas microcânulas hipocampais para infusão do DNQX. Uma semana após, os animais GE, receberam 0,5l da solução contendo 0,8g/l de DNQX e nos animais GS foi infundido apenas o veículo (salina com 2% de dimetilsulfóxido). O treino foi realizado 20 minutos após a infusão, com três associações som (1000Hz, 83dB, 1s) e choque (10mA, 1s). No quinto dia após o treino os pombos foram testados quanto à ocorrência do comportamento de freezing ao contexto, durante 20 minutos, sem apresentação de estímulos. A ANOVA indicou diferença significativa entre os grupos (F10,1=28,93; p<0,001), referente a uma menor ocorrência de freezing ao contexto no GE. Os dados sugerem uma interferência do DNQX na memória contextual aversiva em pombos e a participação dos receptores AMPA nos processos de condicionamento clássico aversivo.

Condicionamento Clássico Aversivo - Hipocampo - Pombos

B151

ESTUDO DA ESQUISTOSSOMOSE NA REGIÃO DE CAMPINAS – SP: SUSCETIBILIDADE DO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO E ÍNDICE DE INFECÇÃO DO FOCO DURANTE UM ANO DE OBSERVAÇÃO


João Carlos Reinné Yokoda (Bolsista SAE/PRG), André Ricardo Ribas de Freitas, Profa. Dra. Eliana Maria Zanotti-Magalhães (Orientadora) e Prof. Dr. Luiz Augusto Magalhães (Co-orientador), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
A região estudada tem apresentado casos autóctones de esquistossomose, a maioria assintomáticos, alguns associados a sinais de hipertensão portal, e até mesmo casos de neuroesquistossomose medular. Analisamos a suscetibilidade do hospedeiro intermediário, isolando a linhagem a partir de um caso autóctone e estabelecendo grupos experimentais de infecção. Para o grupo com 10 miracídios/molusco, 2,5% dos moluscos eliminaram cercárias, a taxa de mortalidade foi de 40% em 70 dias de observação, e o período pré-patente à liberação de cercárias foi de 49 dias, o que indicou uma baixa suscetibilidade à infecção e uma adaptação fisiológica parasito-hospedeiro em fase inicial. Acompanhamos um foco da região no período de um ano: 318 moluscos foram coletados, sendo que 0,9% eliminaram cercárias, correspondendo a um baixo índice de infecção natural. Fica certo que mesmo em áreas de baixos índices de infecção natural e suscetibilidade do hospedeiro intermediário, pode haver um bom número de indivíduos parasitados e ocorrência de casos graves.

Esquistossomose - Linhagem - Suscetibilidade.

B152

ANÁLISE QUANTITATIVA DO EFEITO HEMOLÍTICO DE SURFACTANTES DA SÉRIE C12Em SOBRE ERITRÓCITOS HUMANOS


Hayda Josiane Alves (Bolsista SAE/PRG), Ms. Paulo Sérgio Castilho Preté (Co-Orientador) e Profa. Dra. Eneida de Paula (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
Neste trabalho nós estudamos a interação de surfactantes não-iônicos da série dos polioxietileno aquil éter (C12E4, C12E6, C12E8, C12E10) com as membranas de eritrócitos humanos. O efeito hemolítico, sob condições isosmóticas, foi avaliado pela determinação fotométrica da hemoglobina liberada no sobrenadante. O t-octylphenoxypolyethoxyethanol (Triton X-100) foi usado como controle. Num primeiro trabalho nós mostramos que, dentro da série de CnEm, o efeito lítico aumenta proporcionalmente ao aumento da porção hidrofóbica da molécula, de C10E8 até C18E8 (Preté et al, Biophys.Chem. 97:45, 2002). Aqui nós estudamos o efeito da porção hidrofílica da molécula, através de homólogos com um comprimento cauda - 12 carbonos - do alquil fixo. Como resultado observamos que as concentrações de surfactante para induzir a hemólise foram próximas à concentração micelar crítica (CMC). Diferentemente do trabalho anterior, neste trabalho não detectamos nenhuma relação entre o efeito lítico e o comprimento do grupo da cabeça do polioxietilenoglicol. A relação molar efetiva de surfactante:lipídio na membrana para a hemólise era aproximadamente de 0.4:1 para todos homólogos estudados (C12E4, C12E6, C12E8, C12E10). Estes resultados indicam que: i) os polioxietileno aquil eter são potentes solubilizadores de membrana quando comparados a outros surfactantes não-iônicos como o Tritom X-100 ii) a formação de micela coordena o processo de solubilização ii) as mudanças na porção hidrofílica da molécula não são tão importantes na alteração do efeito hemolítico quanto as mudanças na porção alquil.

Projeto financiado por CAPES, SAE e FAEP/UNICAMP

Hemólise - Surfactantes - Membrana

B153

CARACTERIZAÇÃO E TESTE IN VIVO DE FORMULAÇÕES ANTI-SCHISTOSSOMAIS DE LIBERAÇÃO CONTROLADA


Marcelo Bispo de Jesus (Bolsista FAPESP), Luciana de M. A. Pinto, Profa. Dra. Eliana M. Zanotti-Magalhães, Prof. Dr. Luiz A. Magalhães e Profa. Dra. Eneida de Paula (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
A Esquistossomose, Malária e Tuberculose, são as principais doenças infecciosas do mundo. Só no Brasil temos cerca de 6 milhões de pessoas infectadas pela esquistossomose. Para seu tratamento o Praziquantel (PZQ) é empregado, utilizado tanto no tratamento clínico humano como veterinário devido sua ampla ação antihelmíntica. Carreadores de medicamentos vêm sendo muito empregados visando aumentar a biodisponibilidade de fármacos, além de permitir a liberação controlada destes – de forma a garantir níveis plasmáticos constantes no organismo e efeitos terapêuticos mais prolongados. Como o PZQ tem uma baixa solubilidade aquosa, preparamos um sistema que aumenta a solubilidade do mesmo, visando aumentar sua biodisponibilidade. A -ciclodextrina (-CD) foi o carreador utilizado, por acomodar moléculas lipofílicas em sua cavidade. Testes de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) nos possibilitou obter informações detalhadas sobre a interação molecular entre o PZQ e a -CD. Testes in vitro e in vivo foram realizados com o intuito de comparar a formulação preparada com PZQ comercial e indicam vantagens da primeira, em termos de eficácia.

Esquistossomose - Praziquantel - Ciclodextrina

B154

Análise Quantitativa da Hemólise Induzida pelas Drogas Surfactantes Prometazina e Hidroxizina


Veruska F. R. A. C.Fonseca (Bolsista FAPESP) e Profa. Dra. Eneida de Paula (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
Analisamos o fenômeno hemolítico quantitativamente (método de Lichtenberg) induzido pelas drogas prometazina e hidroxizina com membrana de eritrócitos. A hemólise hipotônica foi realizada no hematócrito 0,15% para determinação do Cprot (concentração de droga que induz máxima proteção contra choque hiposmótico). A hemólise isotônica foi mensurada em 5 hematócritos para determinação de Csat (concentração de droga na qual a hemólise se inicia) e de Csol (menor concentração de droga na qual ocorre hemólise total). Com os quais a Re (razão efetiva droga-lipidio tanto para saturação quanto para solubilização) pode ser determinada. Para prometazina: Resat = 7,08, Resol = 7,66, Kb = 1450, e Cprot = 0,05mM. Para a hidroxizina: Resat = 0,98, Resol = 0,99, Kb = 662,5 e Cprot = 0,10mM. Os valores de Resat e Resol estão bastante coerentes com resultados já descritos (Malheiros et al., 2000), embora os valores obtidos para a prometazina estejam mais altos do que o esperado. Os valores de CMC coincidindo com Csat e Csol sugerem que a ação destas drogas na membrana pode estar relacionada a agregação destes compostos. A análise do Kb (Kbhidroxizina < Kbprometazina) relaciona-se à hidrofobicidade destes compostos, a qual parece determinar não somente a agregação como a interação com a membrana.

Hemólise - Prometazina - Hidroxizina

B155

TAURINA COMO POSSÍVEL MARCADOR MOLECULAR PARA O DESENVOLVIMENTO DE DIABETES MELLITUS EM CAMUNDONGOS NOD


Cláudia T.T. Ramos (Bolsista SAE/PRG), Marcos H. Toyama, Luiz F. Stoppiglia, Prof. Dr. Antonio C. Boschero e Prof. Dr. Everardo M. Carneiro (Orientador), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
A taurina (T) reduz a incidência de Diabetes mellitus (DM) em animais de experimentação No presente estudo, foi avaliado o perfil plasmático de taurina e de outros aminoácidos em camundongos NOD. Objetivos e metodologia: A avaliação teve por objetivo verificar a presença de algum marcador molecular para o desenvolvimento de DM tipo 1. Foram utilizadas fêmeas NOD e BALB/c (controle). Os níveis plasmáticos de glicose, ácidos graxos livres, insulina e aminoácidos foram mensurados mensalmente durante os quatro primeiros meses de vida. Os níveis de T foram mensurados pelo método de cromatografia reversa de alta performance (HPLC). Resultados: O conteúdo de T plasmática do grupo NOD sofreu significativo decréscimo no terceiro mês de vida, em comparação com o grupo BALB/c (NOD: 0%; BALB/c: 1,5%). Quando avaliado o conteúdo de T em ilhotas pancreáticas, observou-se o mesmo comportamento do grupo NOD em relação às ilhotas controle (NOD: 0%; BALB/c: 2%). Conclusão: A redução nos níveis de T coincide com o aumento da incidência de DM em camundongos NOD. Esses resultados sugerem que a taurina possa ser considerada como um possível marcador molecular da gênese da doença nesse modelo experimental.

Taurina - NOD - Diabetes

B156

COMPORTAMENTO ALIMENTAR E SELEÇÃO DE HABITAT EM PERACÁRIDOS ASSOCIADOS A Sargassum filipendula (PHAEOPHYTA, FUCALES), NA PRAIA DA FORTALEZA, UBATUBA, SÃO PAULO


Karina Yumi Degaki (Bolsista SAE/PRG), Giuliano Buzá Jacobucci (Co-Orientador) e Profa. Dra. Fosca Pedini Pereira Leite (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
Os crustáceos peracáridos anfípodos e isópodos do fital selecionam o habitat de acordo com a disponibilidade de recursos oferecidos. A seleção de habitat por duas espécies de herbívoros: Cymadusa filosa (anfípodo gamarídeo) e Cymodoce brasiliensis (isópodo) foi estudada em relação à presença de algas macroscópicas epífitas sobre Sargassum filipendula. Para esta finalidade foram realizadas coletas em julho e dezembro de 2002 quando foram obtidas aleatoriamente 20 frondes de S. filipendula, com quantidades variadas de epífitas, em cada período. Em julho, C. filosa apresentou correlação negativa em relação à seleção de habitat, observando-se que quanto maior a biomassa de epífitas nas frondes de S. filipendula menor foi a presença do gamarídeo, enquanto que em dezembro a correlação foi positiva. Esta diferença pode estar relacionada à baixa densidade de C. filosa na coleta de julho. Não foram coletados isópodos nos dois períodos. O comportamento alimentar de C. filosa e C. brasiliensis foi observado em experimentos nos quais foram oferecidos pedaços de S filipendula e das algas epífitas mais conspícuas. Sargassum filipendula foi a alga mais consumida pelas duas espécies.

Pericaridos - Comportamento alimentar - Seleção de habitat

B157

TESTOSTERONA AUMENTA A ATIVIDADE DA PROTEÍNA DE TRANSFERÊNCIA DE COLESTERIL ÉSTER E DA LIPASE HEPÁTICA EM CAMUNDONGOS TRANSGÊNICOS


Laura L. S. Teixeira (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Helena C. F. Oliveira (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
Homens apresentam maior razão entre lipoproteínas (LP) de baixa densidade (LDL) e de alta densidade (HDL) quando comparados às mulheres. Essas diferenças estão associadas com maior risco de aterosclerose nos homens mas desaparecem após a menopausa. Neste trabalho estudamos o efeito da testosterona sobre o perfil de LP e enzimas associadas em camundongos que expressam a CETP e tem deficiência parcial de receptores de LDL (CETP/R1), de modo a apresentarem um perfil de LP mais semelhante ao dos humanos. O tratamento crônico com testosterona (1ug/g/dia, 3 semanas) induziu aumento significativo nas concentrações plasmáticas de colesterol total (14%, p<0.04) e de triglicérides (37%, p<0.05). A atividade da CETP também aumentou (23%, p<0.01) enquanto a da lipase hepática (LH) diminuiu (19%, p<0.03) depois do tratamento. O colesterol da HDL do grupo tratado tendeu a ser maior que o do placebo: 66.03.2 vs. 58.13.9 mg/dL, respectivamente. O efeito oposto de aumentar a atividade da CETP e diminuir a LH sugere que o transporte indireto do colesterol das LP que contém apoB para o fígado é estimulado pela testosterona. Estes efeitos podem ser devido a testosterona per se ou aos seus metabólitos ativos, dihidrotestosterona e estradiol.

Testosterona - Lipoproteínas - Colesterol

B158

ANÁLISE DA EXPRESSÃO DE RECEPTORES PARA O VEGF NOS ESPERMATOZÓIDES E NO TRATO GENITAL FEMININO DE RATOS


Alexandre Iscaife (Bolsista SAE/PRG), Helene Peters e Prof. Dr. Hernandes F. Carvalho (Orientador), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
A angiogênese é a formação de vasos a partir de outros pré-existentes, está presente na fisiologia normal e em diversas patologias, como no desenvolvimento de tumores. Um dos principais fatores que estimulam a angiogênese é o VEGF, uma glicoproteína produzida por diversos tipos celulares que age por meio de receptores de membrana com atividade tirosina-quinase. No trato reprodutor masculino, a próstata e a vesícula seminal são os principais produtores de VEGF e no trato reprodutor feminino foram encontrados seus receptores no endométrio. Procurando entender melhor a fisiologia prostática e sua influência sobre a eficiência espermática e fertilidade, neste estudo investigamos a presença dos receptores para o VEGF nos espermatozóides e no trato genital feminino. Analisamos cortes de testículo, epidídimo, vagina e útero por meio de imunocitoquímica para microscopia óptica, comparando animais adultos com animais jovens (21 dias). A marcação nos espermatozóides pode estar associada com a promoção da maturidade e motilidade espermática, sendo que na literatura já esta descrita a relação do VEGF com a taxa de fertilidade masculina. No útero a presença dos receptores para VEGF relacionam-se não só com as irrigação durante o ciclo estral/menstrual, mas também podem ter papel fundamental na implantação e nutrição do embrião durante a gestação.

Fertilidade - Angiogênese - VEGF

B159

COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE DUAS ESPÉCIES DE PEIXES BENTÍVOROS


Arlaine Francisco Giannelli (Bolsista SAE/PRG), Profa. Dra. Virginia Sanches Uieda (Co-Orientadora), IB - UNESP, Botucatu e Prof. Dr. Ivan Sazima (Orientador), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
O acará Geophagus brasiliensis (Cichlidae) e o carapicu Eucinostomus melanopterus (Gerreidae), são espéçies bentívoras, coexistindo em áreas estuarinas. Embora usem o mesmo substrato para se alimentar, este estudo pretende demonstrar que diferem na forma de forragear. O estudo foi feito em riacho na região de Ubatuba (litoral norte de SP). O registro das táticas alimentares e do ritmo de alimentação (número de investidas sobre o substrato/tempo) foi feito com observações subaquáticas e de superfície. Ambas as espécies abocam porções do substrato arenoso, selecionadas na cavidade bucal e parte é expelida pelos opérculos e boca. O acará aboca porções variáveis, deixando escavações crateriformes com bordas definidas. Seu ritmo de alimentação é de 5,52 ± 2,7 investidas/min. O carapicu aboca porções menos variáveis e menores (relacionadas à menor dimensão relativa da abertura bucal), deixando escavações mais superficiais e com bordas menos definidas. Seu ritmo de alimentação é de 0,74 ± 0,96 investidas/min. O acará é mais versátil, porém, a menor freqüência com que o carapicu aboca o substrato indica maior seletividade na escolha do local escavado. As semelhanças na tática alimentar usada por G. brasiliensis e E. melanopterus podem indicar sobreposição no uso de recursos alimentares, porém as diferenças encontradas poderiam diminuir a presumível sobreposição e favorecer a coexistência.

Comportamento alimentar - Peixes - Alimentação

B160

DISPERSÃO SECUNDÁRIA DE SEMENTES DE Ricinus communis L. (EUPHORBIACEAE): MIRMECOCORIA


Valéria Forni Martins (Bolsista SAE/PRG: 08 a 10/2002; Bolsista FAPESP) e Prof. Dr. João Semir (Orientador), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
Algumas sementes apresentam apêndices carnosos altamente atrativos a formigas, que, ao transportarem-nas até seus ninhos, atuam como importantes agentes no processo de dispersão. Ricinus communis possui sementes com carúncula, e os objetivos deste estudo foram testar se esse apêndice é atrativo às formigas e descrever o comportamento desses insetos em relação às sementes. Foram realizados dois experimentos em quatro áreas de estudo. No primeiro, foi testado se a carúncula é atrativa às formigas. Para isso, foram dispostos trinta papéis-filtro (4cm x 4cm) com duas sementes, uma íntegra e outra sem carúncula. As formigas removeram preferencialmente as sementes com carúncula, levando-as íntegras até seus ninhos, onde o apêndice era retirado e retido para a alimentação da colônia, sendo a semente descartada. No segundo experimento, foi verificado se ocorria predação de sementes. Foram dispostos quinze papéis-filtro (4cm x 4cm) com duas sementes íntegras, intercalados com outros quinze papéis-filtro (4cm x 4cm) com duas sementes sem carúncula. Não houve predação. As interações envolvendo a remoção das sementes e/ou a retirada da carúncula pelas formigas podem beneficiar R. communis por promover o escape das sementes da predação e/ou por aumentar o sucesso na germinação, e conseqüentemente o sucesso na dispersão destas.

Carúncula – Formigas – Predação

B161

Plantas hospedeiras de Phloea subquadrata (Spinola, 1837) (Heteroptera: Pentatomoidea: Phloeidae) na Serra do Japi, Jundiaí, SP


Adriana Trevizoli Salomão (Bolsista SAE/PRG) e Prof. Dr. João Vasconcellos Neto (Orientador), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
O número de espécies de plantas utilizadas por uma população de insetos é um importante componente do nicho. Vários estudos têm demonstrado que o uso de hospedeiros é inconstante ao longo do tempo e no espaço, mas a maioria dos insetos herbívoros é relativamente especialista. Este trabalho teve como objetivo principal determinar se a presença de Phloea subquadrata em caules de Myrtaceae representa uma relação hospedeiro-específica. Em 15 parcelas de 30x10m, plantas com altura igual ou superior a 2m foram identificadas em Myrtaceae ou não-Myrtaceae e tiveram o diâmetro a 1,3m (DAP) medido. Indivíduos de P. subquadrata e possíveis predadores foram registrados. Nas parcelas, foram amostradas 3598 plantas, sendo 1501 (41,72%) mirtáceas, distribuídas em 12 morfo-espécies. P. subquadrata foi registrado em 44 dessas plantas, pertencentes a oito morfo-espécies de Myrtaceae. Dessas, sete (42 indivíduos) possuíam caule descamante. O diâmetro (DAP) das plantas hospedeiras nas parcelas variou entre 3,83 e 14,96 cm, com maior freqüência de ocupação nas classes intermediárias. A população de P. subquadrata da Serra do Japi ocupa especificamente mirtáceas, havendo preferência por árvores com caule descamante, que devem conferir maior cripticidade aos fleídeos.

Interação inseto-planta - Phloea subquadrata - Myrtaceae

B162

ANÁLISE BIOMECÂNICA DE TENDÃO DE FRANGOS EM DIFERENTES IDADES


Adriano Biancalana (Bolsista FAPESP) e Profa. Dra. Laurecir Gomes (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
Os tendões fazem a ligação do músculo ao osso atuando na transmissão da força motora. A organização estrutural dos tendões é reflexo do arranjo supramolecular das fibras colagênicas, conferindo ao tendão propriedades biomecânicas para transmitir e suportar forças de tensão. Durante o envelhecimento os tendões sofrem variações na composição da matriz extracelular, disposição de fibras de colágeno e na celularidade. A proposta deste trabalho é analisar a biomecânica do tendão do músculo flexor superficial digital de frangos da linhagem Hy-sex com 10, 30, 90 e 150 dias. Os tendões inteiros estavam unidos ao músculo correspondente e as falanges ou dividido em três regiões: proximal (sp), intermédia (si) e distal (sd). Os tendões apresentaram resultados diferentes entre as idades com relação aos testes mecânicos de tensão, força e deslocamento. O tendão dos animais de 150 dias apresentou força máxima, deslocamento e área de secção transversa maiores, e nos aves jovens somente a tensão foi maior. No teste de intumescimento as diferentes regiões apresentaram maiores valores na presença do ácido acético do que com a água devido a presença de colágeno. A região sd apresentou um aumento gradual no intumescimento enquanto as demais apresentaram um decréscimo, com o envelhecimento.

Tendão - Aves - Biomecânica

B163

ULTRAESTRUTURA DA CARTILAGEM TRAQUEAL DE AVE COM DIFERENTES IDADES


Frances Lilian Lanhellas Gonçalves (Bolsista FAPESP) e Profa. Dra. Laurecir Gomes (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
A traquéia faz parte do sistema respiratório dos animais. Morfologicamente, ela apresenta um epitélio prismático pseudo-estratificado ciliado com glândulas, o pericôndrio e a cartilagem hialina. Os condrócitos se apresentam isolados ou em grupos isogênicos mergulhados numa matriz extracelular que é composta por colágeno, proteoglicanos e proteínas não-colagênicas. Este estudo visa mostrar a distribuição dos componentes da matriz extracelular em traquéia de aves em diferentes idades. As traquéias, das aves com 1 dia, 30, 60 e 90 dias, foram tratadas com vermelho de Rutênio e azul de Cuprolínico e analisadas em microscopia eletrônica de transmissão. O material mostrou uma forte marcação da matriz territorial e interterritorial, evidenciando grande quantidade de glicoproteínas quando tratado com vermelho de Rutênio, e com azul de Cuprolínico evidenciou os proteoglicanos da cartilagem. Os proteoglicanos foram evidenciados ligados às fibrilas de colágeno e também houve marcação nas vesículas de secreção na superfície e/ou na membrana celular. Nas células caficiformes foram evidenciadas vesículas de secreção com diferentes densidades. Nessas células ainda foi possível observar microvilosidades, diferente das células ciliadas, que apresentam microvilosidades e cílios. Pelos tratamentos utilizados não foi observada nenhuma diferença entre as diferentes idades analisadas.

Traquéia - Aves - Morfologia

B164

ANÁLISE MORFOLÓGICA DA FORMAÇÃO DOS ANÉIS DA TRAQUÉIA DE FRANGO APÓS O NASCIMENTO


Roberta Barbizan (Bolsista SAE/PRG) e Profa. Dra. Laurecir Gomes (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
A traquéia é uma estrutura que compõe o sistema respiratório. Está localizada da cartilagem cricóide até onde ocorre uma bifurcação para formar os brônquios primários. É formada por vários anéis, de cartilagem hialina de diferentes tamanhos, que variam de 108 até 126. Estudos anteriores mostraram que com 30 dias, essas estruturas estão formadas, porém o que acontece do nascimento até essa idade pouco se sabe. Este trabalho visa mostrar como ocorre essa formação. Animais de 0 dia até 30 dias de idade, tiveram suas traquéias retiradas, fixadas, preparadas para cortes seriados, coradas com H/E, analisadas e documentadas. Nos primeiros dias, a traquéia apresenta nódulos de tecido cartilaginoso que se juntam formando os diferentes semi-anéis, onde se observam células se multiplicando para formar o final do semi-anel. Também se observa com freqüência a presença de uma malha onde se encontram muitas células, porém não se pode dizer se essas células estão migrando do anel pré-formado ou do pericôndrio. Essa malha pode ser composta por fibronectina, ácido hialurônico ou colágeno, que são componentes importantes para a migração celular. Até 30 dias é possível observar que a estrutura do anel já está definida.

Desenvolvimento - Cartilagem - Aves

B165

MODULAÇÃO DA NEURITE PERIFÉRICA AUTOIMUNE ATRAVÉS DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DE PEPTÍDEO DE HEAT SHOCK PROTEIN PPD (180-196).


Fabiano R. Castro (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Leonilda M.B. Barbosa (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
O papel de agentes infecciosos na gênese de doenças autoimunes é amplamente reconhecido, por outro lado, as heat shock proteins de agentes infecciosos, tais como antígenos Mycobacteriais, podem, no entanto, ser beneficiais e, em certos casos, melhorar doenças autoimunes experimentais, como por exemplo a Neurite Experimental Autoimune (EAN). A EAN induzida em ratos Lewis serve como modelo de neuropatias inflamatórias desmielinizantes. A administração oral de antígenos próprios e não próprios tem sido identificada como uma ferramenta para impulsionar mecanismos fisiológicos imunoregulatórios de maneira antígeno-específica. No presente estudo, a severidade da EAN, induzida através da imunização com um peptídeo neuritogênico (P2), foi reduzida através da administração do peptídeo de uma heat shock protein PPD (180-196).Linfócitos regulatórios induzidos oralmente através da administração do peptídeo da heat shock protein melhoraram a EAN peptídeo-induzida através de mecanismos bystander.

Tolerância oral - Doença desmielinizante - EAN

B166

Estudo da função supressora das células CD4+CD25+ presentes na mucosa intestinal, na indução de tolerância oral à proteína básica de mielina


Juliana Contin Moraes (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Leonilda M.B. Santos (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
As subpopulações de linfócitos CD4 são essenciais para a manutenção da tolerância central e periférica aos auto-antígenos. Uma população recentemente identificada, a de linfócitos T CD4+ CD25+ mostraram ter função imunossupressora por impedir o desenvolvimento de doenças autoimunes em ratos e camundongos. Utilizando o modelo da encefalomielite experimental autoimune (EAE) e a tolerância oral induzida com a proteína básica de mielina (MBP), verificamos o aumento da expressão dessas células nas placas de Peyer da mucosa intestinal e no baço de camundongos SJL, para um maior entendimento de sua participação diante da doença e da tolerização. Testamos também, o papel da citocina IL 2 na tolerância oral, pois trabalhos realizados recentemente mostram que essa interleucina é eficaz na indução dessa tolerância,quando administrada concomitantemente com o antígeno de interesse.Os resultados mostraram uma diminuição dessa população (CD4+ CD25+) nos animais que foram imunizados para desenvolverem a doença, um aumento nos animais que receberam o tratamento oral com a MBP, além de observarmos uma tolerância oral eficaz com a IL2. Sugere-se então que a administração oral de MBP induz uma população de células supressoras na mucosa intestinal podendo explicar a redução da gravidade da EAE.

Célula CD4+ CD25+ - Tolerância - Autoimunidade

B167

AÇÃO DE ANTÍGENOS DE Paracoccidioides brasiliensis SOBRE TIMO DE CAMUNDONGOS BALB/C


Jacy Gameiro (Bolsista FAPESP) e Profa. Dra. Liana Verinaud (Orientadora),.Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
O Paracoccidioides brasiliensis é um fungo termodimórfico, causador de uma doença granulomatosa crônica denominada Paracoccidioidomicose (PCM) que apresenta alta incidência no Estado de São Paulo, constituindo a principal micose sistêmica desta região. Trabalhos anteriores realizados em nosso laboratório revelam o acometimento do timo e sua atrofia em animais experimentalmente infectados. No presente estudo avaliamos a ação de antígenos derivados deste fungo sobre timo de camundongos. Foram utilizadas duas preparações antigênicas, o CFA (Cell Free Antigen), que representa principalmente antígenos da parede do fungo e o exoantígeno, que são os antígenos liberados pelo P. brasiliensis quando cultivado em meio líquido. A análise das preparações antigênicas, através de Eletroforese em Gel de Poliacrilamida na presença de SDS (SDS-PAGE), revelou a presença de várias proteínas, sabidamente importantes para a patogenicidade do P. brasiliensis. Os animais inoculados com as preparações antigênicas tiveram, após o sacrifício, seus timos coletados, pesados e submetidos à análise histopatológia. Marcantes alterações como aumento de apoptose no córtex tímico e presença de infiltrado inflamatório capsular foram observadas. Estes resultados sugerem um papel importante para os antígenos fúngicos durante o processo de atrofia tímica e conseqüentemente no desenvolvimento e estabelecimento da doença.

Paracoccidioides brasiliensis - Antígenos - Timo

B168

Determinantes da Variação Morfológica na Borboleta Chlosyne lacinia (Nymphalidae)


Laura Helena Hafner da Silva (Bolsista PIBIC/CNPq), Dr. André Victor Lucci Freitas (Co-Orientador) e Prof. Dr. Louis Bernard Klaczko (Orientador), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
Chlosyne lacinia é uma borboleta neotropical que ocorre em matas, mas também é uma praga de cultura de girassol. Ela apresenta uma conspícua variação de coloração e tamanho. As fêmeas colocam os ovos agrupados, que se desenvolvem em larvas formando coortes de irmãos. O objetivo deste trabalho é verificar as influências genética, da temperatura e do sexo sobre a variação de tamanho e coloração em adultos de C. lacinia. Coortes de ovos e larvas foram coletadas no campo (Mata Santa Genebra) em dois experimentos e criadas em laboratório sob temperaturas controladas. A partir de imagens das asas dos adultos, foram tomadas uma medida de tamanho (área da asa posterior) e uma de coloração (área da banda laranja mediana/área da asa). Para o primeiro experimento, a ANOVA indicou que temperatura, sexo e coorte têm efeito significativo tanto para o tamanho quanto para a coloração, sendo que para esta as interações temperatura*sexo e temp*coorte também foram significativas. No segundo experimento, houve efeito significativo de temperatura, sexo, coorte, temp*sexo e temp*coorte para tamanho, mas apenas de coorte e temperatura para a coloração. Nossos resultados indicam que o tamanho e a coloração sofrem influência genética, do sexo e do ambiente, e sugerem a presença de interação entre estes fatores.

Plasticidade fenotípica – Lepidoptera – Nymphalinae

B169

MORFOLOGIA DAS ANTERAS, PADRÃO DE ESPESSAMENTO DE PAREDE CELULAR DO ENDOTÉCIO E TAXONOMIA DE DICHORISANDRA MIKAN (COMMELINACEAE)


Erika Ikemoto (Bolsista FAPESP) e Profa. Dra. Maria do Carmo Estanislau do Amaral (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
O gênero Dichorisandra apresenta cerca de 25 espécies com centro de distribuição no Brasil. Sua delimitação está sendo investigada, já que a última revisão do gênero data de 1881 e traz algumas incertezas. O objetivo deste trabalho foi, então, buscar caracteres que auxiliassem a delimitação entre as espécies e entre Dichorisandra e os gêneros próximos, e para isso, foram investigadas características da micromorfologia das anteras, especialmente os padrões de espessamento do endotécio. O material analisado foi obtido a partir de espécies em cultivo em casa de vegetação, de material fixado em solução de FAA e de material herborizado. Para exame das anteras, estas eram clarificadas em solução de hipoclorito de sódio e coradas com solução de fucsina ou safranina. Sabe-se que as anteras de Dichorisandra apresentam deiscência poricida, ou pelo menos funcionalmente poricida, enquanto que, nos demais gêneros da subtribo Dichorisandrinae, a deiscência das anteras é rimosa. Os padrões de espessamento encontrados nas 31 espécies (ou morfoespécies, quando a identificação não foi possível) analisadas foram divididos em três categorias básicas: em espiral, residual e ausente; cada um destes, no geral, pôde ser associado a cada um dos três mecanismos básicos de deiscência: longitudinal, biporada e uniporada, respectivamente. Apenas D. thyrsiflora fugiu a esse padrão dentre as espécie analisadas; embora uniporadas, o endotécio não é ausente. Apresenta o mesmo de padrão de espessamento – residual – que os indivíduos chamados de D. aff. thyrsiflora, de anteras biporadas. Isso reforça a proximidade entre estes indivíduos e D. thyrsiflora, já sugerida pelo hábito e morfologia floral gerais semelhantes, e evidencia a relevância de características relativas aos estames na delimitação de espécies próximas Os dados serão incorporados na revisão taxonômica do gênero.

Anteras - Taxonomia vegetal - Dichorisandra

B170

ELABORAÇÃO DE UMA CHAVE DE IDENTIFICAÇÃO INTERATIVA PARA FAMÍLIAS DE MONOCOTILEDÔNEAS DO ESTADO DE SÃO PAULO


Jucemary Simplício de Araújo (Bolsista FAPESP) e Profa. Dra. Maria do Carmo E. do Amaral (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
A natureza das chaves de identificação impressas podem tornar a identificação de espécies vegetais bastante trabalhosa, pois geralmente estabelecem um caminho único a ser seguido e não apresentam qualquer forma de adaptação às necessidades do usuário. Como alternativa existem chaves interativas de identificação, com auxílio de computadores. Essas chaves interativas oferecem maior flexibilidade na trajetória a ser percorrida durante o andamento do trabalho, podem apresentar ilustrações acompanhando os itens das questões referentes aos caracteres utilizados e permitem uma margem de erro. Contudo, a disponibilidade de chaves de identificação interativas é ainda bastante escassa. O projeto tem como objetivo a elaboração de uma chave interativa ilustrada para a identificação de famílias de monocotiledôneas nativas e subespontâneas do Estado de São Paulo. Foi realizado um levantamento das famílias e respectivos gêneros de ocorrência no Estado. Foram elaboradas descrições para as famílias e feito o levantamento dos caracteres específicos desses gêneros, para definir uma lista de caracteres relevantes para a identificação das famílias. Foram produzidas ilustrações de caracteres e das espécies encontradas. Os dados obtidos estão sendo inseridos no programa LUCID para a construção da chave.

Chave interativa de identificação - Monocotiledôneas do Estado de São Paulo - Taxonomia vegetal

B171

ALTERAÇÕES DA PERMEABILIDADE DA FIBRA MUSCULAR DISTRÓFICA DURANTE O DESENVOLVIMENTO DA JUNÇÃO NEUROMUSCULAR


Cíntia Yuri Matsumura (Bolsista FAPESP), Humberto Santo Neto e Profa. Dra. Maria Júlia Marques (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
Durante o desenvolvimento normal da junção neuromuscular, terminais nervosos em excesso são eliminados nas duas primeiras semanas de vida pós-natal. Camundongos mdx apresentam ausência de distrofina e eliminação sináptica acelerada, o que pode ser devido ao aumento do influxo de cálcio observado nestes animais. Para verificar se na primeira semana de vida pós-natal ocorre lesão sarcolemal sub-letal e aumento da permeabilidade da fibra muscular distrófica utilizamos o corante azul de Evans (AE), em camundongos mdx e controle C57Bl/10 com 07, 21 e 90 dias de vida pós-natal (n=4/idade). As fibras musculares marcadas com AE foram quantificadas em cortes congelados dos músculos esternomastóide (STN), gastrocnêmio (GTC) e tibial anterior (TA), sob microscópio de fluorescência. Nos mdx 7 dias, as fibras musculares não foram permeáveis ao AE. Nos mdx 21 dias, 1,6% das fibras do STN apresentaram alteração da permeabilidade. Nos mdx 90 dias, cerca de 6% das fibras do STN e do GTC foram permeáveis ao AE. Esses resultados indicam que não há lesão sarcolemal no início do desenvolvimento do mdx, que pudesse ser detectada com AE. Isto sugere que outros fatores possam contribuir para a aceleração da eliminação sináptica vista nos animais distróficos.

Azul de Evans - Distrofia - mdx

B172

MORTE CELULAR EM CÉLULAS MAMÁRIAS HUMANAS EM CULTURA


Adriana Brombini dos Santos (Bolsista SAE/PRG), M. H. Lareef, J. Russo e Profa. Dra. Maria Luiza S. Mello (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
As células epiteliais mamárias humanas MCF-10F constituem-se em ferramenta importante para estudos experimentais sobre a ação de drogas, incluindo-se carcinógenos. O conhecimento de suas condições ótimas de desenvolvimento deve, portanto, ser cuidado, como garantia de que se configurem como células-controle confiáveis. Pressupondo-se que o substrato sobre o qual tais células são cultivadas pudesse afetar seu desenvolvimento e o seu índice de morte por apoptose, buscou-se investigar tal índice, bem como o da morte celular catastrófica (MCC), originada por quebras cromossômicas, em células cultivadas sobre lâminas-câmara de vidro e de plástico. Neste último caso testou-se a variação no volume operacional da câmara. Concluiu-se que, para câmaras de igual tamanho, o substrato plástico apresentava pequenas vantagens sobre o de vidro, permitindo que um número ligeiramente maior de apoptoses se expressasse. Câmaras com um volume operacional de 0,2-0,4 ml sobre plástico, no entanto, mostraram-se inadequadas e não recomendadas, dado a grande variabilidade em resultados. Isto se confirmou embora o número de células plaqueadas fosse proporcional ao volume operacional por câmara e o tempo de cultivo o mesmo para todos os experimentos (96 h). Quanto à MCC, concluiu-se ser esta pouco frequente nas células MCF-10F, independente do substrato de seu cultivo.

Apoptose - Células mamárias humanas - Cultura

B173

SÍNDROMES DE POLINIZAÇÃO EM UMA ÁREA DE CERRADO NA REGIÃO DE ITU, SP.


Andréa da Costa Marques Tavares (Bolsista SAE/PRG) e Profa. Dra. Marlies Sazima (Orientadora), Instituto de Biologia - IB – UNICAMP
Síndromes de polinização são conjuntos de caractéres das flores que determinam o agente polinizador de determinada espécie de planta. Este trabalho foi desenvolvido num fragmento de cerrado na cidade de Itu / SP, de 23 de abril a 05 de junho de 2003. Foram observados os atributos florais tais como formato e coloração da flor, disposição dos elementos reprodutivos, tipo de recurso oferecido (néctar, pólen, óleo) e os animais visitantes das flores. Foi coletada amostra dos materiais para análise em laboratório e identificação das plantas. Foram encontradas oito espécies de Asteraceae, três de Rubiaceae, uma de Araliaceae, Caesalpinaceae, Convolvulaceae, Dilleniaceae, Malpighiaceae, Melastomataceae, Myrsinaceae, Myrtaceae, Sapindaceae, Styracaceae e Vochysiaceae. No total foram registradas 22 espécies em flor, o que é um número razoável considerando que a época de pico de floração no cerrado, geralmente, compreende os meses de agosto a outubro e a área de observação se restringiu a uma trilha de 300m. Foram observadas visitas de abelhas, vespas, borboletas, mariposas, besouros, moscas, de várias espécies. Foi inferido que a maioria das espécies (12) apresenta síndrome de melitofilia (polinização por abelhas), seguida de psicofilia (borboletas) em 7 espécies, uma espécie apresentou síndrome mista de miiofilia/cantarofilia (moscas/besouros) e duas espécies são generalistas com polinização por diversos pequenos insetos. O recurso mais abundante é néctar, seguido de pólen e uma espécie oferece óleo. Abelhas, borboletas e moscas foram considerados como principais agentes polinizadores dessa área, sendo insetos fundamentais para a manutenção das espécies de plantas desse fragmento de cerrado e para a conservação desse ecossistema.

Síndromes – Polinização – Cerrado

B174

Influência do pH nas Propriedades Surfactantes e na Interação de Fenotiazínicos com Membranas


Erika Mitie Uchiyama (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Nilce Correa Meirelles (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
As seguintes propriedades físico-químicas dos agentes surfactantes tioridazina e prometazina em diferentes valores de pH (entre 5 e 10,5) foram determinadas: solubilidade, “cloud point”, CMC e coeficiente de partição membrana/água. A CMC foi medida por condutividade, fluoerescência e EPR. A solubilidade aquosa foi determinada por espectrofotometria de absorção, enquanto o “cloud point”, visualmente. Já o coeficiente de partição das drogas entre as diversas membranas (microssoma, “ghost” de eritrócitos e lipossomas multilamelares de fosfatidilcolina de ovo) e água foi obtido por separação de fases. Tioridazina e prometazina apresentaram mudança brusca de solubilidade em torno do pH 6,0 e 7,0, respectivamente. Em ambas as drogas, o aumento do pH resultou na diminuição do “cloud point” e da CMC, embora os valores de CMC obtidos fossem sempre menores ou coincidentes com os de “cloud point”. É possível considerarmos que a turbidez observada seja um fenômeno micelar, pois a mudança de solubilidade não parece estar sendo influenciada pela protonação das drogas (pK9,0). Tanto a tioridazina quanto a prometazina apresentaram afinidade por microssoma muito maior que pelas outras membranas, sugerindo uma interação entre estes compostos e proteínas de membranas.

Fenotiazínicos - Membrana Eritrocitária - Agregação

B175

PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO CITOCROMO P450 NO ANELÍDEO Eudrilus eugeniae: PERSPECTIVA DE UTILIZAÇÃO COMO BIOMARCADOR DE POLUIÇÃO DE SOLO


Juliana Minardi Nascimento (Bolsista SAE/PRG), Profa. Dra. Maria Eleonora Feracin da Silva (Co- Orientadora) e Profa. Dra. Nilce Correa Meirelles (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
Nos últimos anos houve um aumento das pesquisas visando a avaliação dos efeitos de xenobióticos (como pesticidas, PAHs, PCBs, dentre outros) na fauna de solos. As minhocas, por seu tamanho e grande biomassa, são organismos indicados para o teste de toxicidade de químicos no solo, servindo como bioindicadores da poluição ambiental. No presente trabalho, realizamos a parcial purificação do citocromo P450, cujo sistema é muito utilizado para biomonitoramento de áreas contaminadas. Observamos que os microssomas totais de minhocas obtidos possuíam grande contaminação com hemoglobina gigante, uma molécula presente em anelídeos. Após cromatografia de troca iônica (coluna Sepharose 4B em FPLC) e hidrofobicidade (coluna C18 em HPLC) ainda havia contaminação com subunidades da hemoglobina em todos os picos de eluição. A atividade de NCR, outra enzima do sistema microssomal hepático, foi aumentada em três vezes após a cromatografia de troca iônica. Apesar da interferência contínua da hemoglobina, caracterizamos a massa molecular do citocromo P450 de E. eugeniae em 46 e 58 KDa, equivalentes a isoformas diferentes. Utilizando o anticorpo Mab1-12-3 (anti-scup) específico para CYP1A, não verificamos reatividade em Western-Blot.

Minhocas - Citocromo P450 - Purificação

B176

PROPRIEDADES SURFACTANTES DO ANTIHITAMÍNICO HIDROXIZINA E SUA INTERAÇÃO COM MEMBRANAS EM FUNÇÃO DO pH


Raquel Moutinho Barbosa (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Nilce Correa Meirelles (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
As seguintes propriedades físico-químicas do composto surfactante antihistamínico hidroxizina foram caracterizadas considerando a influência do pH e sua interação com membranas: coeficiente de extinção molar (), solubilidade, “cloud point”, CMC (concentração micelar crítica) e coeficiente de partição (P) em membranas (lipossoma de EPC, “ghost” de eritrócitos e microssoma) e água. A solubilidade aquosa e o  foram determinados por espectrofotometria de absorção. “Cloud point” foi verificado visualmente e a CMC através das técnicas de tensão superficial, fluorescência e ESR. Os valores de P foram obtidos por separação de fases. Verificou-se o  = 0,611mM e uma mudança brusca de solubilidade em pH 6,7. A CMC obtido por tensão superficial, pH 5,5 = 40 mM, e em pH 7,4=2,0mM. Os valores de CMC medidos por ESR e fluorescência mostraram valores próximos àqueles determinados pela técnica clássica. O “cloud point” diminui com o aumento do pH. PLipossoma < P”Ghost” < PMicrossoma. Conclui-se que “cloud point” é um fenômeno micelar. A CMC obtida por tensão é 20 vezes menor em pH 5,5 do que em pH 7.4. A CMC por ESR e fluorescência mostrou valores concordantes aos anteriores. O P em membrana microssomal/água sugere maior afinidade por proteínas de membrana do que pelos lipídios.

Hidroxizina- Agregação- Membrana

B177

CARACTERIZAÇÃO DO PADRÃO DE CRESCIMENTO DE CÉLULAS OSTEOBLÁSTICAS HUMANAS


Flávia Oliveira Pinho (Bolsista PIBIC/CNPq), Prof. Dr. Paulo Pinto Joazeiro (Orientador) e Prof. Dr. Arnaldo Rodrigues dos Santos Jr. (Co-Orientador), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
A biologia do reparo do tecido ósseo após um trauma mecânico é um processo complexo que envolve proliferação de células osteoblásticas, síntese de matriz óssea neoformada e reabsorção de porções de matriz pré-existente. Como estratégia para substituição temporária de porções teciduais danificadas, vem sendo investigado o transplante de diferentes tipos de células cultivadas em substratos bioabsorvíveis. Estudamos morfologicamente a interação de células hFOB 1.19 (linhagem osteoblástica humana estabelecida, adquirida junto a ATCC) com fragmentos de matriz óssea desmineralizada (MOD) de 4mm de diâmetro, extraídos de calota craniana de ratos rowett nude; e lamínula de vidro. As amostras foram processadas e observadas em microscopia de luz e eletrônica de varredura. A avaliação da expressão de moléculas da matriz extracelular e do citoesqueleto de hFOB 1.19, cultivadas em lamínula, foi realizada em ensaio imunocitoquímico. A linhagem hFOB 1.19 apresentou emissão de filopódios, projeções celulares para o interior da MOD, crescimento em monocamada, deposição de material reticulado, multiplicação celular na lamínula e padrão de adesão não exponencial. Os resultados mostraram que a MOD é um biomaterial que promove a adesão e diferenciação de osteoblastos humanos in vitro.

Osteoblastos – Cultura de Células – MOD

B178

Células do ligamento interpúbico do camundongo (Swiss): variação da citoarquitetura e inter-relação com componentes do sistema elástico da matriz extracelular durante a etapa final da prenhez


Ivan Carlos de Moraes Ferreira (Bolsista SAE/PRG) e Prof. Dr. Paulo Pinto Joazeiro (Orientador), Instituto de Biologia – IB, unicamp
O relaxamento da sínfise púbica de camundongo durante a prenhez é resultante de alterações da composição da matriz extracelular e do fenótipo de células. Nosso objetivo foi investigar aspectos da modulação fenotípica de células semelhante a fibroblastos, na sínfise de camundongos virgens e a termo, buscando identificar componentes celulares e da matriz que poderiam participar do processo desta modulação. Empregamos marcação imunohistoquímica para identificar a expressão de -actina de músculo liso (-SMA) em cortes histológicos da sínfise de animais virgens e prenhes. A imunomarcação foi quantificada pela densidade ótica e comparada estatisticamente. Utilizamos também coloração seletivas para identificação de fibras elásticas. O estudo imunohistoquímico mostrou um aumento da expressão de -SMA nas células semelhantes a fibroblastos do ligamento interpúbico no final da prenhez. As colorações seletivas permitiram correlacionar o fenótipo celular com a histoarquitetura das fibras elásticas. O conjunto dos resultados aponta para ampliação da capacidade das células suportarem o estresse mecânico e aparentemente transmiti-lo ao sistema elástico da sínfise durante a etapa final da prenhez.

Imunohistoquimica - Sínfise - Citoesqueleto

B179

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE CÉLULAS OSTEOBLÁSTICAS HUMANAS SOBRE BLENDAS DE POLI(CAPROLACTONA/NAFION)


Mirella Abrahão Crevelaro (Bolsista PIBIC/CNPq), Arnaldo Santos Jr. (Colaborador) e Prof. Dr. Paulo Joazeiro (Orientador), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
A engenharia de tecidos oferece perspectivas promissoras para reparo ósseo, uma vez que materiais porosos servem como suportes e moldes para regeneração óssea. Neste sentido, vem sendo desenvolvidos e testados materiais biocompatíveis e biodegradáveis Tendo em vista que células ostoeoblásticas h.FOB1.19 constituem-se em ferramenta extremamente útil para a avaliação biológica de biomateriais, este trabalho teve como proposta a avaliação, in vitro, da interação destas células com blendas do poliéster poli(caprolactona/nafion) em diferentes proporções, utilizando microscopia eletrônica de varredura e de transmissão. No estudo das interações celulares, empregando-se proporções 7/3 e 9/1 (caprolactona/nafion/v:v), pôde-se observar, ao microscópio eletrônico de varredura, aspectos ultra-estruturais que são indicativos de que os materiais permitem o metabolismo, a adesão e a comunicação celular sendo, dessa forma, não citotóxicos e biocompatíveis. Notou-se também indícios de que a colonização celular ocorra de modo diferenciado nas duas blendas. Uma avaliação qualitativa nos permitiu identificar com maior freqüência a presença de células na superfície do material 9/1, enquanto em 7/3 elas ocupam preferencialmente os poros. Nos materiais processados para a microscopia eletrônica de transmissão, também foi possível observar indícios de colonização celular.

Engenharia de Tecidos – Biomateriais – Cultura de Células

B180

MORFOLOGIA E ANATOMIA DO FRUTO DE Anacardium humile A. St. -Hil. (Anacardiaceae) DO CERRADO DO ESTADO DE SÃO PAULO


Juliana L. Sacoman (Bolsista Biota/FAPESP) e Profa. Dra. Sandra M. Carmello-Guerreiro (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
O presente estudo tem como objetivo o estudo morfológico e anatômico do fruto de Anacardium humile, também chamado cajuzinho do cerrado. O fruto verdadeiro é uma noz, acinzentada e reniforme e o pseudofruto é vermelho e claviforme, com polpa alva e suculenta. O ovário possui uma epiderme externa unisseriada, com grossa cutícula; o mesofilo é parenquimático e epiderme interna unisseriada, com fina cutícula. O fruto jovem possui exocarpo unisseriado e grossa cutícula; mesocarpo parenquimático, com feixes vasculares e os canais secretores dispersos e endocarpo unisseriado com células alongadas radialmente e cutícula fina. No fruto maduro, o exocarpo (sensu stricto) é lignificado, recoberto por cutícula grossa e com estômatos; abaixo do exocarpo delimita-se uma hipoderme tanífera. As células do mesocarpo têm aspecto colenquimatoso com evidentes protuberâncias pécticas e feixes vasculares associados a canais secretores. O endocarpo é composto por duas camadas celulares, derivadas da epiderme interna, ambas lignificadas e alongadas radialmente. O pseudofruto apresenta epiderme unisseriada (às vezes bisseriada), com fina cutícula e tricomas tectores; hipoderme tanífera e região interna parenquimática com feixes vasculares e canais secretores dispersos.

Cerrado – Fruto – Anacardiaceae – Anatomia

B181

MORFOLOGIA E ANATOMIA DOS FRUTOS DE MICONIA ALBICANS (SWARTZ) TRIANA (MELASTOMATACEAE) DO CERRADO DO ESTADO DE SÃO PAULO


Priscila Andressa Cortez (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Sandra Maria Carmello-Guerreiro (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
A espécie Miconia albicans é característica de cerrados e savanas, sendo amplamente distribuída pela América Latina. Neste trabalho, a morfologia e a anatomia dos frutos desta espécie foram analisadas e descritas. Flores e frutos em diferentes fases de desenvolvimento foram coletados, fixados em FAA, incluídos em historesina e corados com Azul de Toluidina. O ovário é trilocular glabro, semi-ínfero; as epidermes externa e interna da porção livre são unisseriadas e recobertas por cutícula. A epiderme externa da porção ínfera é recoberta por tricomas tectores; o mesofilo é parenquimático, com feixes vasculares e drusas. No ápice ovariano os septos apenas encostam suas margens, fundindo-se apenas na porção ínfera. Os frutos, bagas suculentas originadas do desenvolvimento do ovário livre e ínfero, foram divididos em imaturos1 e 2, e maduros. Os imaturos apresentam exocarpo com tricomas tectores na porção ínfera e endocarpo unisseriados, mesocarpo parenquimático com feixes vasculares, drusas e idioblastos taníferos. Estômatos e células papilosas são evidentes no exocarpo dos frutos imaturo2. Esclereídes constituindo feixes, grupos esparsos ou células isoladas aparecem em frutos imaturo2 e maduros. Com o amadurecimento há aumento no número e tamanho das células parenquimáticas do mesocarpo.

Melastomataceae - Anatomia - Frutos

B182

ESTUDO COMPARATIVO DOS INIBIDORES DE TRIPSINA DAS SEMENTES DE Lagenaria vulgaris e Chenopodium quinoa


Bruno Menezes de Oliveira (Bolsista PIBIC/CNPq) e Prof. Dr. Sérgio Marangoni (Orientador), Instituto de Biologia - IB – UNICAMP
Inibidores de serino proteases de plantas têm sido amplamente estudados devido a sua diversidade de funções, como exercer um papel protetor contra agentes patogênicos, pragas e herbívoros em plantas. LvTI foi purificado das sementes de Lagenaria vulgaris. Este inibidor mostrou alta homologia em sua estrutura primária com outros inibidores da família Squash. Ele apresenta um valor de Ki igual a 7,2.10-9M. CqTI foi purificado das sementes de Chenopodium quinoa e revelou uma fraca inibição para tripsina quando compara do a LvTI, apresentando um valor de Ki igual a 4,11.10-7M. Os perfis de ambos inibidores em cromatografia de exclusão molecular, em coluna S-200, revela tempos de exclusão similares, indicando para eles uma baixa massa molecular. Gel de tricina SDS PAGE mostrou para LvTI uma banda em torno de 7kDa e para CqTI duas bandas, uma de 8 kDa e outra de 4 kDa, dado confirmado por espectrometria de massa, indicando que este inibidor seria composto por duas subunidades. O objetivo deste estudo é entender alguns dos mecanismos de ação de certos inibidores e relacioná-los às suas aplicações biológicas específicas.

Inibidor - Tripsina - Sementes

B183

Estudo Estrutural de CqL, Lectina Isolada das Sementes de Chenopodiun quinoa


Marcelo Augusto Portugal Mattioli (Bolsista PIBIC/CNPq), Silva, J.A., Camillo, J.N. e Prof. Dr. Sérgio Marangoni (Orientador), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
Após a purificação da lectina de sementes de Chenopodiun quinoa (CqLec) amostras desta proteína foram submetidas a ensaios que visaram uma melhor compreensão de sua estrutura e buscaram uma possível aplicação biológica. A utilização da técnica de dicroismo circular mostrou que esta lectina possui grande quantidade de porções -hélice, poucas regiões com formação do tipo folha -pregueada, e que a estrutura secundária da proteína não é alterada pela presença de carboidratos. A atividade de CqLec sobre o processo de agregação plaquetária também foi avaliada, porém a lectina não teve qualquer efeito sobre este processo pois não o estimulou nem o inibiu. Já a ação da lectina sobre culturas de Xanthomonas axonopodis pv. Passiflorae foi bem evidente, CqLec foi capaz de inibir completamente o crescimento bacteriano.

Lectina - Chenopodiun quinoa - Xanthomonas

B185

ESTRUTURAÇÃO E VARIABILIDADE INTRAPOPULACIONAL EM PALMITEIRO JUÇARA


Claudemir R. Dias Filho (Bolsista PIBIC/CNPq), Profa. Dra. Vera Solferini (Orientadora) e Fernando Martins (Co-Orientador), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
Estudos em plantas têm evidenciado que as populações não apresentam uma distribuição genotípica aleatória, mas padrões de estruturação espacial e temporal. Este estudo visou caracterizar a variabilidade genética (VG) e sua estruturação no espaço e ao longo da ontogenia numa população natural de Euterpe edulis. Utilizando 33 locos isoenzimáticos, estimaram-se as freqüências alélicas e genotípicas nos estádios não reprodutivos. Os valores FST médio e entre os estádios (par-a-par) sugerem uma pequena diferenciação genética ao longo da ontogenia. Há estruturação espacial em pequena escala para as plântulas e em escala ligeiramente maior para jovem I. As plântulas apresentaram a menor VG e estruturação em menor escala e os imaturos, a maior VG e ausência de estruturação espacial. Este aumento de VG pode ser explicado pelo acúmulo progressivo de indivíduos de diferentes eventos reprodutivos ao longo do desenvolvimento, ou seja, a VG de um estádio ontogenético seria proporcional ao tempo de sua duração. Deste modo, o efeito do acúmulo progressivo de coortes supera o efeito da redução do número de indivíduos ao longo do crescimento das mesmas. A redução na densidade populacional pode gerar um efeito de escala na estruturação espacial desta espécie.

Estruturação genética - Estádio ontogenético - Isozima

B186

EFEITO DA FRAGMENTAÇÃO AMBIENTAL NA VARIABILIDADE GENÉTICA DE Hermeuptychia hermes (NYMPHALIDAE, SATIRINAE)


Renato Fernandes (Bolsista SAE/PRG) e Profa. Dra. Vera Nisaka Solferini (Orientadora), Instituto de Biologia – IB, UNICAMP
A ação humana no meio ambiente tem alterado em grande escala o habitat de muitos animais e plantas. Algumas das principais modificações devem-se à fragmentação ambiental, que tem sido acelerada nos últimos anos. Esse processo afeta de várias formas as populações que vivem nessas áreas, podendo levar à extinção de espécies. Insetos, em especial borboletas, são bons indicadores de perturbação ambiental, devido à sua grande sensibilidade a alterações no sistema, assim como a características inerentes ao grupo que facilitam sua observação e estudo. Populações de Hermeuptychia hermes (Nymphalidae) foram estudadas em três fragmentos de mata no município de Campinas, S.P., para verificar efeitos da fragmentação ambiental sobre sua variabilidade genética. Para isso, foi utilizado o método da eletroforese de isoenzimas. A mais alta variabilidade foi encontrada na população que habitava o fragmento mais isolado e de maior tamanho, enquanto os fragmentos menores e menos isolados apresentaram baixa variabilidade. Isso indica que a fragmentação ambiental pode comprometer o patrimônio genético da espécie, porque fragmentos menores submetem populações de H. hermes à deriva genética e outros efeitos limitadores da variabilidade.

Fragmentação Ambiental - Variabilidade Genética - Isoenzimas

B187

VARIABILIDADE GENÉTICA EM Oncidium BENTHAM (ORCHIDACEAE)


Suzana de Fátima Alcantara (Bolsista PIBIC/CNPq) e Profa. Dra. Vera Nisaka Solferini (Orientadora), Instituto de Biologia - IB, UNICAMP
O gênero Oncidium é um dos mais derivados da família Orchidaceae, apresentando adaptação à polinização por abelhas antoforídeas e grande variação morfológica entre as espécies. Neste trabalho realizou-se uma estimativa de variabilidade genética em populações naturais de Oncidium com o método de eletroforese de isoenzimas. As quatro espécies estudadas são restritas a regiões de altitude, sendo que as populações podem ser consideradas naturalmente fragmentadas. Os resultados obtidos apontam para uma baixa variabilidade genética nas quatro espécies (He variando de 0,0602 a 0,114), baixa diferenciação entre as populações de O. hookeri (FST= 0,0570) e alta diferenciação interespecífica (distância genética média = 0,697). Estudos realizados em ambientes fragmentados mostraram que outras espécies também polinizadas por abelhas (Asteraceae e Cactaceae) apresentaram baixa variabilidade genética, o que sugere o papel representado por polinizadores em populações vegetais naturais, influenciando o padrão de variabilidade das mesmas. A baixa estruturação populacional, também observada em orquídeas polinizadas por moscas, pode ser relacionada à eficiente dispersão das sementes na família Orchidaceae.

Orchidadceae - Variabilidade Genética - Polinizadores



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