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A cura pela natureza


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necessidade de um estudo patogénico completo, fisiológico e anatómico, sobre as ventosas.
Os médicos e os doentes ficam, na sua maioria, satisfeitos
82% dos médicos estão persuadidos dos seus efeitos objectivos, enquanto 78% que utilizaram as ventosas com êxito acreditam nos seus
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efeitos subjectivos. Apenas 11 % pensam que os efeitos objectivos das ventosas são nulos. 14% dos médicos ignoram o seu mecanismo de acção ‘

63% adiantam diversas hipóteses, entre as quais algumas não foram verificadas ou permanecem meras suposições. 70% consideram este método inofensivo, mas 26% evocam as suas diversas contra-indicações, em particular nos casos de hemoptise e de tuberculose. 6% observaram efeitos nocivos em afecções cardíacas e em perturbações da crase sanguínea.


O inquérito revelou que os doentes tratados por ventosas se mostravam satisfeitos com os resultados dos tratamentos. Os médicos que as tinham preconizado também tinham ficado satisfeitos com os resultados obtidos.
Por conseguinte, devemos deplorar que este método terapêutico tenha sido abandonado, sem que os mecanismos da sua acção no corpo tivessem sido analisados.
Uma terapia já apreciada na Antiguidade
As ventosas já eram utilizadas na Antiguidade. A história da revulsão torácica por meio de ventosas está ligada à da sangria e das sanguessugas. Os médicos da escola de Alexandria criticavam a utilização demasiado frequente da sangria e preconizavam a emissão localizada de sangue por meio de ventosas. Há 2000 anos, Asclépio da Bitínia aplicou ventosas secas e escarificadas.
Segundo Próspero Alpinus, eram utilizadas pelos Egípcios para a
extirpação de sangue viciado. Os médicos árabes reservavam-nas para tratar crianças com menos de 14 anos.
Dioscórides preconizava a sua aplicação na região epigástrica em afecções hepatobiliares.
Qual é a verdadeira acção das ventosas?
Ao longo dos séculos diversas teorias propuseram uma explicação para o mecanismo das ventosas. A teoria depurativa ou desintoxicante foi provavelmente a primeira hipótese emitida ao longo da história. A experiência mais importante, inspirada nessa teoria, foi realizada por Bier. Foram efectuadas sucções por ventosas em dois grupos de cães nos quais tinha sido injectado veneno de cobra. Todos os animais submetidos à
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sucção sobreviveram e desenvolveram uma patologia mínima, enquanto os animais picados e abandonados à s suas próprias defesas apresentaram perturbações convulsivas gravíssimas.
Várias respostas não convincentes
*A teoria derivativa ou descongestionante passiva baseia-se no
fenómeno de um afluxo de massa sanguínea no território subcutâneo, libertando os órgãos profundos de uma estase nociva.

*A teoria reflexa recorre a uma observação da diferença de reacção


dos vasos sanguíneos sob a influência de uma excitação sensitiva. Segundo esta teoria as ventosas beneficiam o tecido pulmonar por meio de um impulso arterial acrescido e de uma estimulação periférica.

*A teoria imunológica considera que a acção das ventosas implica a


produção de anticorpos contra as proteínas eventualmente desnaturadas pelo extravasamento, ou contra as substâncias produzidas por catabolismo celular. Outros partidários desta teoria evocaram o
fenómeno do choque coloidal ou peptónico.

*A teoria sedativa considera em primeiro lugar a acção antálgica das


ventosas. Ela recorre aos diversos fenómenos físicos, eléctricos e
radioterapêuticos que podem inibir os reflexos. Deve acrescentar-se que os efeitos sedativos das ventosas foram observados desde a
Antiguidade, muito antes da utilização farmacológica de substâncias calmantes. A sua acção antálgica não se limita às pontadas pneumónicas. Foi assinalada em inúmeros campos. É por esta razão que os cinesioterapeutas as utilizaram para aliviar algias, lumbagos ou torcicolos.
Verificamos que foram propostas várias teorias para a acção das ventosas, todas elas mais ou menos criticáveis ou aceitáveis. Mas nenhuma delas foi capaz de dar uma explicação satisfatória.
Três certezas científicas sobre a acção das ventosas
Alain Sonneville, pela sua parte, não limitou as investigações a estudos estatísticos e bibliográficos. Para entender o modo como agem as ventosas fez uma série de experiências em animais e uma série de observações
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clínicas no homem. Estudou os factores hematológicos e biológicos. Examinou os parâmetros de tensão, as medições da numeração globular vermelha e branca, os valores espirométricos, tais como a ventilação máxima/minuto, o volume corrente, o volume expiratório máximo/segundo, os
gases do sangue, as impressões deixadas pelas ventosas e os factores de coagulação por meio de trombociastogramas.
Depois de efectuar estes estudos, propôs três processos diferentes de acção das ventosas:
- um sistema reflexo imediato: melhoria funcional em caso de afecção
infecciosa ou inflamatória, queda tensional moderada, leucopenia inicial, activação do sistema simpático;

- um sistema humoral secundário: melhoria a longo prazo dos estados


infecciosos e dispneicos, leucocitose tardia, libertação de substâncias humorais e de histamina;

- e fenómenos acessórios.


Uma alternativa aos antibióticos e aos antálgicos?
Passaram-se vinte anos desde os estudos de Alain Sonneville. Actualmente estamos em plena crise dos antibióticos e dos calmantes. Por outro lado, o nosso conhecimento dos mecanismos imunológicos progrediu muito. Dispomos de técnicas e de investigações que há alguns anos eram inacessíveis. Talvez seja então o momento de retomarmos os estudos sobre as ventosas?
Existem muitas terapias que tenham uma tal unanimidade, com 92% dos pacientes satisfeitos com a sua acção?
Tentativa de explicação da terapia das ventosas mediante as teorias da medicina chinesa
O dorso é percorrido por quatro meridianos. Também possui outros, conhecidos e utilizados em acupunctura e moxibustão (pontos de acupunctura aquecidos com a ajuda de cigarros de artemísia ou de cones de
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artemísia colocados sobre a pele). São estes os meridianos da “bexiga”, do ‘triplo aquecedor” e do “intestino delgado”. Todos estes meridianos são Yang, por oposição aos meridianos que lhes estão acoplados e que são chamados Yin (ex.: bexiga [Yang] acoplado ao dos rins [Yin] ... ).
O meridiano da bexiga parte do ângulo interno do olho, sobe até à testa, passa por trás da cabeça e percorre as costas em duas linhas distintas, paralelas à coluna vertebral. Em seguida desce, ao longo da face interna da coxa terminando no dedo mindinho do pé.
Este meridiano possui pontos, chamados Yu, que têm a particularidade de estarem em ligação activa com todos os órgãos do corpo. Estes pontos são aliás utilizados para expulsar o excesso de Yang (calor, dor, etc.). Desta forma temos uma relação com os rins, os pulmões (daí a relação da ventosa com as doenças causadas pelo frio), o fígado, a vesícula biliar... Entende-se melhor agora a importância que os médicos e os doentes atribuíam a esta terapia que lhes deu plena satisfação durante séculos.
As indicações das ventosas são inúmeras
Tosses, constipações, bronquites, doenças derivadas do frio, febres, lombalgias, reumatismos articulares, traqueítes, cansaço, nervosismo, perturbações digestivas, torcicolos...
Como se colocam as ventosas?
As ventosas assemelham-se a pequenos frascos de iogurte. Colocam- ~se, geralmente, entre 6 e 24, conforme a afecção tratada e a corpulência do doente. Enrolado num pauzinho um pouco de al godão-em -rama, previamente embebido em álcool, incendeia-se no frasco já próximo da parte do corpo que vai ser tratada. Em seguida retira-se vivamente (1 segundo basta para efectuar o vazio no frasco), e coloca-se a ventosa sobre a pele. Recomeça-se a operação para todas as ventosas que se pretenda aplicar.
- Através da acção de vácuo, a pele é atraída e incha ligeiramente no interior da ventosa. As ventosas ficam sobre a pele entre@ ]0 e 20 minutos.
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A LITOTERAPIA, OU TERAPIA PELOS MINERAIS
Os minerais são um elemento importante na medicina tradicional. Realmente, o homem utilizou desde sempre as pedras para tratar certas doenças.
As duas faces da litoterapia
A litoterapia, tal como a fitoterapia, tem duas faces. Uma delas, “científica”, procura nos minerais uma fonte de microelementos, cuja acção pode ser demonstrada. A litoterapia científica demonstrou, por exemplo, a acção da dolomite. Este mineral deve o seu nome a um naturista e viajante suíço que lho atribuiu em honra de um geólogo francês, D. Dolomieu. A sua fórmula química é CaC03 Mgc03’ Nos anos 30 descobriu-se, graças aos trabalhos do Prof. Delbet, que em França as
arterioscleroses e os cancros eram menos frequentes em terrenos ricos em dolomite. Explica-se assim o papel protector do magnésio na regulação enzimática e na permeabilidade das membranas celulares.
De qualquer modo a litoterapia é pouco estudada pelos cientistas.

O aspecto esotérico-místico, a sua segunda face, que procura a relação entre as partes do corpo humano e as pedras, é provavelmente uma das razões desta situação. É difícil encontrar um equilíbrio entre estas duas correntes de pensamento, apesar de a biologia electrónica e de a física moderna reconhecerem que os “amuletos de pedra”, desprezados pela medicina oficial cartesiana, podem influenciar o estado energético do organismo e ter um papel no equilíbrio saúde-doença.


As pedras medicinais
É interessante notar que a origem dos nomes de certas pedras está ligada às práticas médicas ancestrais. Assim a “nefrite” deve o seu nome à acção curativa do pó dessa variedade de jade nas doenças dos rins (do grego, nephros). Além disso, na quase totalidade das grandes tradições medicinais (e religiosas) encontram-se práticas nas quais a utilização das pedras preciosas era corrente.
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Também não é um acaso o facto de as investigações dos alquimistas sobre a “pedra filosofal” os ter levado a transmutar os metais em ouro e a tratar todas as doenças.
Acreditava-e que as pedras protegiam o seu possuidor contra as grandes epidemias, e os amuletos orientais sobreviveram aos impérios orientais.
- As pedras assírias serviram durante vários séculos para facilitar o
parto. -0 beosar (produto mineral proveniente do estômago dos antílopes e
das cabras) era um detector e um antídoto dos venenos. Os povos nómadas da Ásia Central utilizam-no até hoje. -0 berilo trata a rinite e protege contra os abortos.

- O crisólito elimina a falta de ar e diminui os riscos das doenças


respiratórias.

- O quartzo foi apreciado porque prevenia e curava a cólera, as intoxicações digestivas, as enxaquecas e era um antídoto contra o arsénico.

- A ametista foi utilizada para tratar as ulcerações. -0 jaspe permitia estancar as hemorragias. -0 rubi era a pedra da juventude eterna e tinha a capacidade de
regenerar os tecidos.

- A safira é ainda utilizada nas doenças dos olhos. Alguns pretendem,


até, que a sua radiação é tal que pode fazer desaparecer os cancros.
-Os antigos médicos utilizavam o pó de coral misturado com azeite
para curar problemas auditivos e de surdez. Quanto a Paracelso, este prescrevia o coral branco para tratar a epilepsia e as intoxicações.

- O pó de pérolas misturado com leite preservava e permitia manter


uma bela voz. Na índia, ainda hoje, esta preparação serve para lavar os olhos dos recém-nascidos de modo a preveni-los contra futuros problemas oculares.
Inúmeros investigadores pensam que o estado de saúde se caracteriza pelo equilíbrio energético do organismo. Avançam a hipótese de que os
minerais estão em relação com as radiações cósmicas e têm um campo magnético semelhante aos dos diversos órgãos do corpo humano. Os campos magnéticos emitidos pelas pedras preciosas têm, por conseguinte, a capacidade de reequilibrar o campo magnético corporal. Esta teoria
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energoterapêutica explica por que motivo certos doentes se sentem aliviados quando estão na presença de pedras preciosas. Desta feita, os
cristais de quartzo acalmam as personalidades stressadas e, além disso, teriam a capacidade de rearmonizar as emissões energéticas.
QUADRO DAS RELAÇÕES ENTRE OS PLANETAS, OS óRGÃOS E AS PEDRAS
Sol, Lua ou planeta
órgão do corpo humano
Pedra
Sol
Coração, circulação sanguínea.
Diamante, rubi, crisólito, calcedónia (crisópraso e heliótropo).
Lua
Linfa, figado, estômago, garganta, mucosas.
Esmeralda, opala, berilo (variedade de água-marinha), selenite, malaquite, pedra da Amazónia, coral branco, nefrite.
Mercúrio
Cérebro, sistema nervoso.
Jaspe, crisólito, topázio, calcedónia (cornalina).
Vénus
Seios, góriadas.
Esmeralda, ágata, pérola branca, coral rosa, berilo (variedade de água-marinha), safira, topázio, quartzo, turmalina.
Marte
Veias, góriadas, metabolismo geral.
Rubi, diamante, granada, opala, espinela, hematite, coral vermelho.
Júpiter
Fígado, desenvolvimento celular, aorta.
Safira, ametista, turquesa, lápis-lazúli e
todas as pedras azuis.
Saturno


Ouvido, boca, dentes, baço, sistema ósseo.
Ónix, pérola preta, calcedónia, ágata, espinela azul-marinho.
úrano
Sistema nervoso central.
Alexandrite, âmbar, turquesa verde, zircónio, jacinto.
Neptuno
Olhos, cérebro, capacidades mentais.
Turmalina, berilo (variedade de água-marinha), ametista, coral branco.
Plutão
Sistema imunitário.
Granada.
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Quatro substâncias minerais com poderes de cura
Entre as inúmeras substâncias minerais utilizadas em terapia, seleccionámos quatro que vos apresentaremos, a seguir, com mais pormenores.
O MÚMIO, OU “BÁLSAMO DAS MONTANHAS”
O múmio (múmia, mummy ou bálsamo das montanhas) é uma substância balsâmica que se encontra nas montanhas da Sibéria, nos Himalaias, no Irão e na Mongólia. Os cientistas confirmam que as propriedades do múmio, independentemente da sua origem, têm as mesmas características terapêuticas.
As propriedades curativas ancestrais do “bálsamo das montanhas”
Desde há mais de 2000 anos que os povos asiáticos o utilizam por via interna e externa para tratar entorses, asma, doenças gastrointestinais, diversos problemas respiratórios e a gangrena. Para os povos siberianos o múmio tem o mesmo papel que os antibióticos para os ocidentais. Ele fazia parte da farmacopeia de Avicena.
Engelbert Kampfer, viajante, médico e naturista (a quem devemos também a descoberta do Gingko biloba), foi provavelmente também o
primeiro europeu a descobrir e descrever os estranhos poderes do “bálsamo das montanhas”. Em 1717, Kampfer, convidado pelo xá da Pérsia, constatou que os habitantes do Golfo Pérsico consideravam o múmio, uma substância cara e preciosa, como uma dádiva dos céus. A sua utilização era estritamente reservada às pessoas próximas da família imperial. A descoberta, a verificação e a autenticidade dos novos jazigos eram
acompanhadas de grandes festejos. O soberano cedia, por vezes (mas raramente), um pouco de múmio aos guerreiros nobres, feridos nas batalhas.
Esta substância, na época de Paracelso, conheceu também uma voga excepcional. Finalmente, os Egípcios chamavam ao múmio “ensani”, o que significa “substância humana por excelência”. Engelbert Kampfer observou-lhe as capacidades curativas e no seu Ameonitum exoticarum
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descreveu a consolidação de fracturas em três dias, nas crianças, e num
dia, nos pássaros feridos.
Os Siberianos utilizam os animais para descobrir novos jazigos’ já que os mamíferos feridos procuram o múmio para se tratar. A mitologia siberiana associa a presença do “bálsamo das montanhas” aos mamutes, animais mágicos e omnipresentes nas crenças do Norte da Ásia.
Em 1956, o Dr. Shakirov de Tachekent descobriu um jazigo muito rico
de uma substância betuminosa que ele utilizava no tratamento de fracturas e para a regeneração tissular. Os institutos de investigação, tanto soviéticos como americanos, demonstraram a heterogeneidade dos múmios provenientes de diversas regiões. Actualmente só existem vinte locais de exploração.
A riqueza da composição química do múmio
Os químicos russos falam da existência de nove classes diferentes. Estas diferenciam-se pelas suas propriedades físicas: a estrutura granular, resinosa (chamada na Sibéria “manteiga de pedras”) ou líquida, a solubilidade na água e a composição química. De qualquer forma, todas as
classes são suficientemente parecidas para terem sido repertoriadas num mesmo tipo.
A análise química do múmio mostra a grande riqueza da sua composição. O “bálsamo das montanhas” contém proteínas, nove aminoácidos, esterídios, ácido hipúrico, ácido benzóico, resinas e compostos inorgânicos: sílica, alumínio, magnésio, cálcio, nátrio, potássio, manganês, níquel, cobalto, crómio, molibdeno, berílio, cobre, paládio, zinco, gálio, bário, fósforo e titânio. A riqueza química do múmio é tal que os químicos russos dizem que contém todos os elementos conhecidos.
A controvérsia acerca da origem do múmio
As teorias relativas à origem do múmio são muito controversas. A datação isotópica fornece uma hipótese que vai dos 800 milhões aos
3 milhões de anos. Certas categorias de múmio contêm resíduos vegetais entre os quais uma parte é composta de restos de espécies cambricas. Outras amostras não contêm nenhuns vestígios de plantas. Além disso, os
investigadores avançam várias hipóteses: seria de origem animal, vegetal, vulcânica ou mesmo cósmica? Quanto a certas teorias originais e, por
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vezes, muito fantasistas, essas são mais que muitas e pretendem que o
múmio seria proveniente de restos de mamutes ou até de dinossauros.
As incríveis proprieda(les do múmio
As investigações e as experiências clínicas confirmam a grande capacidade regenerativa do múmio. Esta capacidade polivalente permitiria tratar com a mesma eficácia tanto a consolidação de fracturas como as
doenças degenerativas. A imprensa russa menciona a eficácia do múmio em inúmeros casos reconhecidamente incuráveis. Todavia, até à data, ainda não foi apresentada nenhuma explicação cientificamente válida sobre o mecanismo do múmio. Os médicos ocidentais confirmaram também a sua forte acção bacteriostática. O múmio é por conseguinte um “antibiótico natural” por excelência.
Finalizando, o múmio está, provavelmente, na origem dessa misteriosa pomada anti-inflamatória utilizada pelos médicos do exército russo durante a guerra contra o Afeganistão. A grande surpresa dos médicos russos foi a de constatar as capacidades regenerativas do múmio em patologias que surgiam no seguimento de irradiações. Mas neste campo as investigações continuam em fase experimental.
Um último comentário interessante: esta substância está disponível (e a preços acessíveis) em todos os países da Europa Central e Oriental.
A 0ZOQUERITE: UMA CERA NATURAL
O nome ozoquerite provém de duas palavras gregas: ozein (sentir) e keros (cera). A substância também é chamada “cera das montanhas” ou

14 cera natural” e é comparável à cera de abelhas. Além disso é uma resina mineral com uma origem idêntica à do petróleo.


O jazigos de ozoquerite, existem em diversas regiões do mundo: na Roménia, na Polónia, na Ucrânia (o maior jazigo do mundo encontra-se na Boristávia), na Áustria, na Eslovénia, nos Estados Unidos, no Tajiquistão e no Usbequistão. A ozoquerite da Escócia, de França (vale do Loire) e do País de Gales distingue-se das de outras proveniências e por este motivo é chamada elateríte ou “hatchetin”.
A sua cor pode ir do amarelo-esverdeado ao castanho, passando pelo preto. É facilmente combustível, e o seu cheiro é semelhante ao da cerasina.
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É utilizada na indústria de cosméticos e de têxteis e pode substituir a cera
de abelhas.
A ozoquerite: uma penicilina mineral
Avicena prescrevia-a para o tratamento de hemorragias, fracturas e
dores de cabeça. Mas a ozoquerite está muito divulgada na medicina popular russa. Além disso, neste país esta substância é muito acessível e
pouco dispendiosa. A sua grande reputação começou na ex-URSS em

1942, quando foi utilizada pelos médicos do exército para tratar feridas e fracturas nos soldados. Descobriram-se então os seus poderes bactericidas e antibióticos, que são comparáveis e, por vezes, até superiores aos da penicilina.


As indicações da ozoquerite
A ozoquerite pode ser utilizada por via externa, oral, rectal ou vaginal. O seu mecanismo de acção é pouco conhecido. Durante o trata~
mento observa-se uma melhoria da circulação sanguínea (daí a sua
utilidade no tratamento da arteriosclerose), mas também estimula a regeneração dos nervos periféricos e melhora as polinevrites. Na Ucrânia é prescrita na balneoterapia e nas curas termais. No tratamento de gastrites e de doenças intestinais os médicos russos prescrevem-na como
terapia complementar.
A série de experiências feitas no início dos anos 40 está na base da sua prescrição em ginecologia. Tem efeitos ostrogénicos e, por conseguinte, é utilizada em casos de insuficiência ovariana e em inflamações.
Em pediatria é prescrita contra inflamações, broncopneumonias e
poliomielite. Uma das suas vantagens, a não negligenciar, está ligada ao
facto de não ter qualquer efeito secundário sobre o sistema imunitário das crianças.
Referir, ainda, que a ozoquerite diminui as alterações dermatológicas ligadas à radioterapia. Em razão da sua acção vascular está indicada no
tratamento de certas doenças corno as úlceras e os eczemas crónicos.
As experiências russas demonstraram que quando é utilizada localmente aumenta a permeabilidade capilar e melhora a circulação. A sua
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acção fortemente anti-i n fiam atória é cada vez mais reconhecida pela medicina oficial.
E, para finalizar, a ozoquerite opõe-se à decomposição da matéria viva, daí o fenómeno de conservação de animais pré-históricos encontrados em
perfeito estado de conservação. O mais célebre é provavelmente o rinoceronte de Estarúnia, na Galícia (exposto no Museu de Zoologia de Cracóvia, na Polónia).
O MISTÉRIO DA “PEDRA DAS SERPENTES”
Quando se consultam os antigos jornais e publicações, encontram-se informações enigmáticas e misteriosas.
Uma história enigmática
Assim, na revista mensal Nature, de 1906, o Dr. A. Gartaz fez um comunicado sobre a pedra indiana das serpentes. Na índia os répteis são responsáveis, todos os anos, por várias dezenas de milhares de acidentes mortais. Os indígenas serviam-se deste talismã contra as mordeduras de serpentes e outros animais venenosos. As pedras eram preparadas pelos brâmanes e, segundo as crenças populares, eram dotadas de poderes sobrenaturais. Protegiam a vida dos encantadores de serpentes, frequentemente vítimas das mordeduras dos seus répteis.
Faraday, no início do século, fez a análise química de uma delas, proveniente da região de Hyderabad. O seu primeiro comentário foi a
constatação de que a pedra não passava de um fragmento de osso calcinado cheio de sangue e passado no lume.
Por seu lado, o Dr. Watkins-Pitchford, de Pietermaritzburgo (África do Sul), testou a pedra de acordo com a directivas indianas. Aplicou-as no
local da mordedura, depois de molhar previamente a ferida com um pouco de água. Mas os testes sul-africanos não confirmaram a sabedoria popular indiana.
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