14.2 - Participação da Comunidade – A participação da comunidade é condição fundamental para o alcance dos resultados esperados. Entendo-se que a participação deva se dar não apenas definindo as ações do projeto e freqüentando as atividades nas quais estarão diretamente inseridos mas, sobretudo, exercendo o controle social.
Para tanto, desde a sua construção, o presente projeto contou com a efetiva participação da comunidade, e continuará com a participação dos beneficiários que deverão ter acesso a todas as informações referentes ao projeto, bem como, no acompanhamento e avaliação do mesmo. O Projeto será gerido por uma comissão composta por lideranças quilombolas das 3 comunidades.
14.3 - Estratégias de Articulação e Promoção de Parcerias
As parcerias foram construídas desde a elaboração da proposta que contou com a participação da Associação do Quilombo Peixe, Fórum de Cidadania de Colinas e Fórum Maranhense de Segurança Alimentar e Nutricional e CONSEA, estes já estão comprometidos com a execução do projeto, além destes contamos com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SEMA, com assessoria e liberação de licença de impacto ambiental e Secretaria de Agricultura do Maranhão – SAGRIMA, com a continuidade da assistência técnica, através das agências regionais.
15 – Metodologia do Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Ambiental
A metodologia visa estabelecer critérios e procedimentos técnicos a serem adotados na elaboração de Estudo de Viabilidade técnica, econômica e Ambiental.
A elaboração do Estudo da Viabilidade Técnica e Econômica prevê:
15.1.1. Contratar técnicos agrícolas, engenheiro agrônomo, para dar assistência em todas as etapas do projeto. Será dada preferência para contratação de profissionais moradores da comunidade.
15.1.2. Realizar parcerias com a AGERP – Agência de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa, órgão do governo do Estado vinculado a Secretaria de Agricultura, que terá o papel de apoiar o processo de assistência técnica às famílias do projeto, inclusive posteriormente ao prazo de execução do projeto;
15.1.3. Garantir a participação da comunidade nos processos de mobilização, execução, acompanhamento e avaliação das atividades;
15.1.4. Realizar capacitação técnica das famílias envolvidas para o exercício das atividades produtivas de horticultura irrigada, conservação e armazenamento do pescado, produção de mudas; Educação Alimentar e Nutricional e Administração de Associações. Garantindo diretamente informações necessárias para o bom desempenho das ações e ainda a multiplicação destes conhecimentos entre as demais pessoas da comunidade. Incluir no conteúdo das capacitações, informações acerca da legislação referente à preservação das espécies locais;
15.1.5. Inclusão e valorização dos saberes da cultura local;
15.1.6. Realizar avaliação trimestral do cumprimento das etapas previstas acompanhamento técnico;
15.1.7. Orientar os Quilombolas a realizarem a comercialização do excedente, caso haja, na perspectiva da economia solidária;
15.1.8. Orientar os participantes a elaborarem documento (regimento interno) onde será definido entre os integrantes do projeto a utilização e manutenção dos equipamentos;
15.1.9. Orientar a comunidade criar um fundo de arrecadação de recursos entre os associados no sentido de manter a conservação dos equipamentos e arcar com as despesas diversas, entre elas a energia elétrica;
15.1.10. Estimular a constituição de uma comissão para gerir e acompanhar a execução do projeto, composta por membros das três comunidades, além disso, elaborar cronograma de uso dos freezers e das canoas de pesca que será feito de forma alternada;
15.2. O Estudo de Viabilidade Ambiental deverá ser elaborado tendo como base as análises ambientais da área de influência direta e indireta do projeto e as inter-relações existentes, e deverá conter as seguintes informações:
15.2.1. Identificação do Requerente
Nome da pessoa física ou jurídica;
Atividade/profissão;
Nome do representante legal;
CPF ou CNPJ;
Endereço completo para correspondência;
Telefones para contato;
Pessoa a ser contatada por ocasião da vistoria.
15.2.2 Dados do(s) técnico(s) elaborador(es) e do técnico executor do projeto:
Nome completo;
CPF;
Formação profissional;
Número do registro no conselho de classe;
Endereço completo para correspondência;
Telefones para contato.
15.2.3. Dados gerais da propriedade:
Denominação;
Município;
Área total da propriedade (ha);
Área antrópica (pastagem, culturas) (ha);
Área com cobertura vegetal nativa (ha);
Atividades econômicas desenvolvidas;
Descrição das vias de acesso e condições de tráfego: descrição detalhada
Do acesso à propriedade e indicação da distância até à sede do município.
15.2.4. Caracterização Ambiental da Propriedade (baseada principalmente em levantamentos de campo)
15.2.5. Fatores do meio - Metodologia adotada para caracterização dos Meios Físico, Biótico e Antrópico,
15.2.5.1. Meio Físico: Geomorfologia/relevo; Solos; Geologia; Recursos Hídricos; Clima.
15.2.5.2. Meio Biótico: Flora Regional; Macrofauna Aquática e terrestre; Espécies endêmicas e espécies protegidas por normas jurídicas; Espécies em extinção regional.
15.2.5.3. Meio Antrópico - ( Áreas cultivadas, tipos de culturas)
15.2.6 Característica Gerais (MEIO FÍSICO E BIÓTICO)
Climatologia; Temperatura; Uso do Solo; Relevo; Hidrografia e Fauna; Vegetação: estado atual de conservação e ocorrência de regeneração das áreas alteradas; espécies de potencial valor econômico; áreas de preservação permanente (seu estado de conservação e distribuição); reserva legal (seu estado de conservação e distribuição)
15.2.7. Do Projeto
15.2.7.1 Espécies utilizadas no reflorestamento, espécies e variedades;
15.2.7.2. Aptidão Agrícola da Área Restaurada (de acordo com o tipo de solo);
15.2.7.3. Análise de solo, contendo: Características do solo (textura; ponto de murchamento permanente – PMP; densidade aparente do solo – DAP; condutividade elétrica); Nutrientes, pH; Uso de Fertilizantes (quantificar e qualificar).
15.2.8. Uso de Agrotóxico
15.2.8.1. Tipos de agrotóxicos, com respectiva dosagem;
15.2.8.2. Especificações técnicas dos agrotóxicos;
15.2.8.3. Receituário agronômico acompanhado da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).
15.2.9. Impactos Ambientais
Identificar, avaliar e quantificar os impactos ambientais decorrentes das diferentes fases do projeto (preparação do local, instalação, operação.
15.2.10. Programa de Manutenção da Mata Ciliar
Tratos culturais (implantação e renovação, período, correção do solo, cultivo mínimo; Replantio (formas e espécies utilizadas para o replantio) e/ou rebrota; Mão-de-obra necessária (nível e qualificação do pessoal).
15.2.11. Programa de Proteção da Mata Ciliar
15.2.11.1. Controle de incêndio (informar os estudos e formas de prevenção e combate a incêndios);
15.2.11.2. Controle de pragas e doenças: informar a(s) forma(s) de controle;
15.2.11.3. Mão-de-obra necessária (nível e qualificação do pessoal).
15.2.12. Caracterização e Destinação dos Resíduos
15.2.12.1. Tipos de resíduos (embalagens);
15.2.12.3 Tipos de acondicionamentos;
15.2.12.3. Destinação final (resíduos sólidos e líquidos);
15.2.12.4. Mão-de-obra necessária (nível e qualificação do pessoal).
15.2.13. Plano de Controle Ambiental
Considerações; Áreas de interesse ecológico; Proposição das medidas mitigadoras e de controle ambiental; Recuperação de áreas degradadas (nascentes, matas ciliares, morros, etc.); Monitoramento; Cronograma de execução.
15.2.14. Equipe Técnica
O documento em evidência deverá conter o nome legível, o número do registro no respectivo conselho de classe e a assinatura de toda a equipe técnica responsável por sua elaboração, bem como a indicação de qual parte do relatório esteve sob a responsabilidade direta de cada técnico. Como medida de segurança, sugere-se ao coordenador da equipe rubricar todas as páginas do relatório apresentado.
15.2.15. Bibliografia
Apresentada conforme normas vigentes da ABNT.
16 - MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
METAS
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INDICADORES
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MEIOS DE VERIFICAÇÃO
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PERÍODO DE VERIFICAÇÃO
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1 - Instalar 01 (uma) horta comunitária com abrangência de 02 há para 100 famílias.
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- 2 há de horta plantada na comunidade do Peixe;
- Produtividade por área:
55.000 pés de alface;
7.500 maços de couve;
6.250 Kg. de pimentão;
4.500 maços de cebolinha;
150 cx de quiabo;
2.000 maços de coentro;
524 cx. de pepino;
6 ton. Abóbora.
- 100 famílias da comunidade envolvidas na atividade de horticultura.
- Avaliação dos cursos de horticultura e Administração de Associações e Sindicatos;
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- Visita in loco
- Relatório de produção (quantidades produzidas)
- Relação das famílias participantes da atividade com controle de freqüência.
- análise do formulário preenchido da avaliação dos cursos
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02 meses após a implantação (julho/2010)
- A cada três meses
- A cada atividade realizada
- A cada final de curso.
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2 - Adquirir 05 (cinco) barcos de 5 metros cada em madeira; 03 (três) congeladores horizontais de 500 litros; e equipamentos para pesca artesanal para atender 100 famílias;
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- Barcos, congeladores e equipamentos de pesca artesanal adquiridos e entregues à comunidade.
- Famílias envolvidas;
- Equipamentos em funcionamento
- 500Kg de peixe pescados por mês;
- Avaliação dos cursos;
- Avaliação dos cursos de armazenamento e conservação do pescado;
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- Nota de entrega assinada pelos beneficiários.
- Atas de reuniões da Associação;
- Relatórios dos técnicos
Contabilidade dos participantes
- análise do formulário preenchido da avaliação dos cursos
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- Logo após a entrega prevista para maio/2010
- A cada 3 meses
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3 - Restaurar 2,5 há da mata ciliar do Lago do Peixe, sendo 50 metros às margens e realizar a limpeza ecológica de 50% da área do Lago do Peixe;
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- 2,5 há de mata ciliar do Lago do Peixe numa extensão de 50 metros às suas margens;
- 50% da área do Lago do Peixe limpo;
- 4.165 mudas plantadas;
- 833 mudas repostas;
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- Visita técnica in loco;
- Visita técnica in loco
- Visita técnica in loco
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- 02 meses após a realização da ação (Maio/2010)
- 02 semanas após a realização do serviço de limpeza(06/10)
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4 - Implantar um viveiro de mudas nativas com área de 26,4 m²
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26,4 m² de viveiro de mudas nativas implantado;
3.600/ano de mudas produzidas;
833 mudas retiradas para plantio.
- Avaliação dos cursos de Produção de mudas.
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- Visita técnica in loco
- Visita técnica in loco
- análise do formulário preenchido da avaliação dos cursos
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- Um mês após a implantação (julho 2010)
- Seis meses após a implantação
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5 - Realizar 01 (uma) oficina de EAN com carga horária de 24 horas para 20 multiplicadores.
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- Quantidade de horas/aulas ministradas;
- Quantidade de Multiplicadores capacitados.;
- Avaliação do curso de EAN.
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- Plano de Curso;
Atesto assinado pela comissão de acompanhamento
Folha de freqüência;
- Análise do formulário preenchido pelos participantes do curso
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- Após a conclusão da oficina (abril 2010)
- Um mês após a conclusão do cursos
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17. CONTRAPARTIDA
O governo do Estado do Maranhão, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social – SEDES, tem priorizado a consolidação e o fortalecimento da Política de Segurança Alimentar e Nutricional, garantindo recursos financeiros para contrapartida de Projetos apresentados para captação de recursos, no âmbito da Ação Fortalecimento da Política de SAN. Sendo assim, se compromete a liberar contrapartida financeira no valor de R$ 49.000,00 (quarenta e nove mil reais), conforme memória de cálculo.
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