Ana səhifə

5. 3 diagnóstico do meio biótico 1 vegetaçÃO


Yüklə 13.98 Mb.
səhifə3/5
tarix18.07.2016
ölçüsü13.98 Mb.
1   2   3   4   5

Em relação aos macroinvertebrados (larvas, ninfas e adultos), foram coletados 68 indivíduos pertencentes a 24 morfotipos (principalmente famílias). Houve predominância de Insecta e Mollusca. Os táxons encontrados são amplamente relatados em reservatórios do Brasil, conforme os estudos de Strixino (1973); Shimizu (1978); Pamplim (1999); Bradimarte (1997); Trivinho-Strixino & Strixino (1998); Corbi & Strixino (2000); entre outros.

A análise das exúvias evidenciou a presença de 13 táxons de Chironomidae (Diptera), com predomínio dos gêneros Polypedilum e Ablabesmyia. A maioria dos táxons identificados são comumente encontrados em diversos ambientes da bacia do rio Paraná (Takeda, et al. 1997) e freqüentemente encontrados em ambientes lênticos, caracterizados por sedimentos arenososm / pedregosos.


Tabela 5.3.2.1-1: Macroinvertebrados encontrados no Reservatório UHE Souza Dias - Três Lagoas (MS).
Riqueza de táxons
Insecta

Odonata


Coenagrionidae

Gomphidae Tipo 1

Gomphidae tipo 2

Libelullidae

Ephemeroptera

Tricorythidae

Caenidae

Batidae


Coleoptera

Dytiscidae

Hemiptera

Nepidae


Veliidae
Tabela 5.3.2.1-1: Macroinvertebrados encontrados no Reservatório UHE Souza Dias - Três Lagoas (MS). Continuação
Riqueza de táxons

Diptera


Chironomidae

Culicidae

Ceratopogonidae

Crustacea

Palaemonidae

Mollusca


Bivalve

Gastropoda tipo 1

Gastropoda tipo 2

Gastropoda tipo 3

Gastropoda tipo 4

Physidae


Planorbiidae

Annelida


Oligochaeta

Tubificidae

Naididae

Hirudinea

Glossiphoniidae

Tabela. 5.3.2.1-2: Exúvias de pupas de Chironomidae coletadas na Represa UHE Souza Dias (MS), com indicação da participação dos diferentes táxons. Os símbolos representam: +++ > 15 espécimes; 14 > ++ > 5 e + < 4.




Táxons

Participação

Tanypodinae




Ablabesmyia tipo 1

++

Ablabesmyia tipo 2

++

Tanypus

+

Chironominae




Cryptochironomus

+

Cladopelma

++

Fissimentum

+

Parachironomus

+

Polypedilum tipo 1

+++

Polypedilum tipo 2

+

Pseudochironomus

+

Obiricimyia

+

Orthocladiinae




Cricotopus

+

Lopescladius

+



5.3.2.2 - Peixes
Peixes têm sido pouco utilizado para a detecção ou o monitoramento de impactos ambientais, devido a sua mobilidade, procurando locais com melhores condições para a sua sobrevivência. Alguns autores sugerem o uso de componentes da comunidade para fins de monitoramento e detecção de impactos como diversidade, abundância de espécies entre outros (Smith et al., 1997). Na área do empreendimento já existem duas ações antrópicas ocorrendo e que provavelmente estejam influenciando a dinâmica da comunidade de peixes: reservatório e a introdução de espécies de peixes exóticas.
Os reservatórios constituem importantes ecossistemas artificiais que alteram as características hidrológicas e ecológicas de um rio (Tundisi, 1993). Os reservatórios são regulados pelos seguintes fatores: morfometria, sazonalidade e sistema de operação. Os reservatórios do Paraná Superior são ecossistemas com morfometria complexa, que estabelecem processos dinâmicos diferenciados entre os diversos reservatórios. Quanto a sazonalidade, alterações na altura do nível do reservatório produzem mudanças na zona litoral, modificações nas margens e em alguns casos, mortalidade de macrófitas, além de interferir na sucessão das comunidades planctônicas, bentônicas e peixes (Tundisi, 1993). Por outro lado, existe escassez de informações ambientais sobre os reservatórios da América Latina (Amaral & Petrere, 1994), o que tem dificultado seu manejo.
As barragens podem, em muitos casos, se constituir numa barreira intransponível a qualquer espécie de peixe, isolando sítios e zonas específicas, para onde determinadas espécies costumavam se dirigir para reproduzir ou se alimentar como observado por Beaumord, (1991). Além disso, pode-se ter um efeito genético pelo isolamento de populações.
A criação de um novo ecossistema, que passa a ser lêntico devido a formação do reservatório, constitui, de certa forma, mais um impacto sobre a comunidade remanescente à montante do barramento (Beaumord, 1991 e 1994). Esta comunidade sofrerá modificações, envolvendo a redução da abundância de determinadas espécies reofílicas, dando lugar a espécies com maior capacidade de adaptação à ambientes lênticos, como é o caso dos curimatídeos (Castro & Arcifa, 1987) e do mapará no reservatório de Iguaçu. Isto ocorre porque nem todas as espécies podem se adaptar, ocorrendo uma redução na diversidade de peixes.
Em grandes rios, a redução da produtividade e diversidade é minimizado pelas suas maiores diversidades naturais, como é o caso do reservatório de Itaipú. Além disso, o impacto sobre as comunidades de peixes irá depender de uma série de variáveis, das quais destacam-se: o tipo e o tamanho do rio, localização e manutenção da cobertura vegetal nas margens (Schaeffer, 1986 apud Beaumord, 1991) e a presença de tributários que são utilizados para reprodução de espécies reófilicas. Muitas espécies reófilicas podem sobreviver no reservatório utilizando os tributários.
Outro fator a ser analisado é a influência de espécies exóticas na área de estudo. No Brasil as primeiras introduções datam do século passado, tendo seu auge a partir dos anos 70 (Welcomme, 1988; Agostinho & Julio Jr., 1996). Segundo Welcomme, (1988) foram introduzidas aproximadamente 20 espécies, e esse número não é exato se levado em conta as introduções clandestinas e as fugas de peixes de tanques de piscicultura.
A bacia do rio Paraná recebeu pelo menos 13 espécies de peixes em tentativas de introdução (Agostinho & Julio Jr., 1996). A introdução de espécies tem sido realizada principalmente em reservatórios. Entre elas podemos destacar: Tilapia rendalli, Oreochromis niloticus, Cyprinus carpio, Astronotus sp, Plagioscion squamosissimus, Triportheus a. angulatus e Cichla ocellaris.
Os argumentos para a realização de introduções são inúmeros, como a produção de alimento, aumento dos estoques, recreação e controle de macrófitas, mosquitos, algas e moluscos. O principal argumento ecológico para a introdução de espécies exóticas em reservatórios é de que peixes de rio (reofílicos) não são adaptados a viver em águas mais profundas e paradas. A zona pelágica dos grandes reservatórios não é habitada, e os peixes de rios são incapazes de utilizar todos os nichos disponíveis no reservatório (Fernando, 1991). Amaral & Petrere, (1994) afirmaram que esta hipótese pode ser aplicada no reservatório de Promissão (rio Tietê), pois a comunidade de peixes está concentrada às margens do reservatório.
Apesar dessa justificativa, existem grandes controvérsias quanto aos impactos dessas introduções. Existem inúmeros exemplos negativos da introdução de espécies de peixes, entre eles estão a perda de espécies, a redução do rendimento pesqueiro de espécies nativas e alterações do ambiente pela redução dos locais de desova e até mesmo a eutrofização (Welcomme, 1988; Fernando, 199; Agostinho & Julio Jr., 1996). Estes efeitos ocorrem principalmente quando espécies piscívoras são introduzidas, pois esta exercerá uma pressão, seja ela por predação ou competição, sobre as espécies nativas. Além disso, a espécie introduzida pode se comportar de maneira diferente da esperada, ocupando nichos diferentes dos habituais.
Embora estes impactos tenham sido pouco avaliados, há complexas e profundas conseqüências principalmente na biodiversidade (Twongo, 1995). Twongo (1995) conclui que algumas populações de espécies nativas do lago Victoria e Kyoga na África, começaram a declinar em virtude da introdução de espécies exóticas, pois estas começaram a competir por locais de desova e alimentação, principalmente no estágio de alevinos. Além disso, deve ser salientada a hibridação entre espécies nativas e introduzidas, resultando na diluição das características genéticas (Agostinho & Julio Jr.,1996). As espécies introduzidas possuem menores exigências as condições ambientais, sendo consideradas mais rústicas, além de possuírem maior rapidez no crescimento, beneficiando-se em relação as espécies nativas.
Dessa forma deve ser considerado não só o impacto do empreendimento que se quer realizar mas também os impactos já existentes na área como a influência do reservatório e da introdução de espécies exóticas, uma vez que pela construção da termoelétrica podem ser atribuídos impactos que já ocorrem na área. Além disso, estudos utilizando peixes na investigação de possíveis impactos térmicos provenientes de processos de termoeléctricas nos ambientes aquáticos são raros ou inexistentes.
Portanto, o presente trabalho se integra a um amplo programa de diagnóstico ambiental do Reservatório UHE Souza Dias - Três Lagoas (MS) e tem por objetivo, neste primeira fase, fornecer um levantamento geral da ictiofauna, visando subsidiar futuras avaliações e monitoramento ambiental de uma proposta de construção de termoeléctrica.

  • MATERIAIS E MÉTODOS


O programa de amostragem da comunidade de peixes foi realizado em três pontos, situados um no braço defronte a área de estudo (ponto 1), outro num trecho interno que possivelmente tem comunicação com o rio (ponto 2) e outro num riacho localizado dentro da área de estudo (ponto 3).


As capturas foram realizadas com 1 bateria de redes de espera contendo 8 redes de dez metros de comprimento e 1,5 metros de altura, com diferentes tamanhos de malhas (3,0 cm, 4,0 cm, 5,0 cm, 6,0 cm, 7,0 cm, 8,0 cm, 10,0 cm e 12,0 cm, entre nós opostos), sendo que cada ponto contou com uma bateria. Com isso as coletas foram padronizadas com a intenção de obter informações comparáveis entre os locais amostrados. Todas as redes permaneceram durante 12 horas nos locais, sendo colocadas às 18 horas e retiradas às 6 horas da manhã seguinte. Além disso foram utilizados peneira e puçá para coletar alevinos e espécies de pequeno porte que se refugiam nas margens e nas macrófitas.
Os peixes capturados em cada coleta foram pesados e medidos (comprimento padrão), separados em sacos plásticos contendo informações sobre a época do ano, local e tipo de aparelho usados na coleta. Em seguida, os exemplares foram fixados em formalina 10% e conservados em álcool 70%, armazenados em recipientes plásticos e identificados com o auxílio de chaves de identificação.
Em cada local de coleta foram obtidas informações sobre a composição das espécies de peixes, número de indivíduos, biomassa e comprimento padrão para cada indivíduo coletado. Esses dados são importantes para a verificação da distribuição espacial e temporal das espécies de peixes na área de influência da termoelétrica, além de servir de base para futuros estudos de monitoramento.
Na presente área de estudo, foram identificadas até o presente momento segundo a literatura 34 espécies, sendo 30 nativas e 4 exóticas (Cesp, 1993). Devem ser levado em consideração que estas espécies compreende apenas as espécies capturadas para a pesca, podendo ser encontradas muito mais espécies.

  • A ICTIOFAUNA NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO

Foram coletados 13 espécies, distribuídas em 12 gêneros, 4 ordens e 8 famílias de peixes teleósteos. A seguir é mostrada a lista taxonômica das espécies Nesta listagem estão todas as espécies identificadas pelo presente trabalho.


Tabela 5.3.2.2-1: Lista Taxonômica da Ictiofauna.

Classe OSTEICHTHYES

Subclasse ACTINOPTERYGHII

Supeordem OSTARIOPHYSI

Ordem CHARACIFORMES

Família CHARACIDAE

Subfamília Tetragonopterinae

Hemigrammus sp*

Hyphessobrycon sp*

Família Serrassalmidae



Serrassalmus spilopleura

Serrassalmus sp*

Família ANOSTOMIDAE



Schizodon nasutus (Kner, 1859)

Família ERYTHRINIDAE



Hoplias malabaricus (Bloch,1794)

Família Lebiasinidae



Pyrrhulina sp*

Ordem SILURIFORME

Subordem Gymnotoidei

Família Gymnotidae

Gymnotus carapo (Linnaeus, 1758)

Família Sternopygidae



Eigenmannia sp

Superordem ACANTHOPTERIGII

Ordem PERCIFORMES

Família CICHLIDAE



Geophagus sp

Apistogramma sp *

Cichla temensis (Schneider, 1801)

Ordem CYPRINODONTIFORMES

Família Poeciliidae

Poecilia sp
Observações: * Espécies que não correspondem às descrições existentes ou de identificação difícil por pertencerem a grupos complexos que necessitam de revisão.

A riqueza de espécies foi semelhante nos pontos 1 e 2 com 4 e 5 espécies respectivamente. Este número baixo pode ser explicado por dois fatores o baixo esforço de captura que pode ser generalizado para os dois pontos uma vez que foram realizadas apenas uma coleta e um agravante e as características dos habitats existentes nesse dois pontos. Esses dois pontos são profundos, com alta transparência, baixa quantidade de abrigos nas margens como vegetação macrófita ou gramíneas. Essas características não favorece a ocupação das espécies de peixes principalmente as espécies forrageiras, como lambaris e carás.


O ponto três que é um riacho apresentou maior riqueza de espécies devido principalmente a melhor amostragem e a disponibilidade de abrigo e diferentes habitats para alimentação e reprodução. Destaco aqui a importância do estudo em detalhes do riacho uma vez que pode existir uma icitofauna endêmica e que necessitaria estudos mais detalhados para conhecer sua composição e como irá responder aos possíveis impactos gerados pela termoelétrica. A Figura 5.3.2.2-2 mostra algumas espécies encontradas na área de estudo.


Figura 5.3.2.2-1: Riqueza de espécies de peixes nos três pontos de amostragem

na área do empreendimento.

1   2   3   4   5


Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©atelim.com 2016
rəhbərliyinə müraciət