Ana səhifə

Melhoramento genético da aceroleira (Malpighia emarginata dc) na Embrapa Agroindústria Tropical1 João Rodrigues de Paiva2 Ricardo Elesbão Alves3 Levi de Moura Barros4


Yüklə 133 Kb.
səhifə2/3
tarix26.06.2016
ölçüsü133 Kb.
1   2   3

Perspectivas
Como é indicado na fruticultura moderna, deve-se buscar a obtenção da maior produtividade possível dentro de cada exploração comercial., visando à minimização dos custos e à maximização do poder de competitividade, principalmente quando se trata de um produto de exportação.

É inegável o potencial da acerola como fonte natural de vitamina C e a sua grande capacidade de utilização industrial., para preparo de sucos, sorvetes, compotas, medicamentos e misturas com outros sucos diferentes, para enriquecer o teor vitamínico destes produtos. Entretanto, é preciso que a produção seja compensadora e a qualidade dos frutos uniforme, o que será difícil obter com os atuais plantios já estabelecidos, pois nesses tem-se usado mudas obtidas de sementes. Sabe-se que nesse tipo de plantio ocorre muita variação na produtividade e na qualidade do fruto (acidez, açúcares e teor de vitamina C), dificultando a padronização.

O que se pode observar em relação ao manejo atual da cultura na região Nordeste é que as doenças e pragas estão se constituindo em fatores limitantes, especialmente pragas de frutas e o nematódeo das galhas. É possível que a forma de equilíbrio biológico que, até então, existiu nos plantios comerciais esteja relacionada à forma de propagação sexuada da espécie. Caso isto venha a se confirmar, é importante que o trabalho de melhoramento genético da espécie, que é dirigido para a obtenção de clones, ou seja, em direção à uniformidade genética dos plantios, contemple formas de manter a diversidade genética existente nesses plantios, para autoproteção do sistema cultural.

Em espécies que se propagam tanto por via sexuada como assexuada, há possibilidade de o melhoramento genético explorar dois caminhos: seleção de plantas com teste de progênies e seleção de plantas com propagação vegetativa.

No programa de melhoramento genético de acerola em desenvolvimento na Embrapa Agroindústria Tropical, estão sendo utilizados os dois esquemas: seleção clonal e melhoramento populacional. No primeiro, a vantagem é a obtenção de clones em prazo reduzido para atender às demandas imediatas do setor produtivo; no segundo, manter em andamento linhas de pesquisas alternativas para obtenção de resultados a médio e longo prazos.

O melhoramento populacional seria utilizado como antecipação aos problemas que possam ocorrer pela futura massificação do plantio de clones. A uniformidade dos cultivos pode ter conseqüências desastrosas. Esta estratégia de melhoramento resultaria na obtenção de sementes melhoradas de aceroleira para o plantio comercial. Possivelmente, ocorreria redução da produtividade em relação ao plantio de clones, mas com a possibilidade de redução, também, dos problemas fitossanitários.

Quanto ao consumo de frutos, o mercado interno ainda não foi totalmente explorado e em muitos locais não se conhece a acerola. Vários produtos poderão ser criados e vendidos nos mercados interno e externo por indústrias de alimentos, farmacêuticas e de cosméticos. O mercado externo é potencialmente promissor, principalmente, nos países que fazem parte do Mercosul.

Há uma tendência mundial de aumento no número de consumidores de produtos naturais advindos da agricultura orgânica. O cultivo de acerola com base nos preceitos dessa agricultura, ou seja, livre de produtos agroquímicos, principalmente, para extração de vitamina, vem atraindo o interesse de grandes empresas multinacionais. Essas empresas estão interessadas tanto em estabelecer plantios de acerola em áreas apropriadas à agricultura orgânica, como em atrair e motivar pequenos produtores para essa atividade.

O setor produtivo, passada a euforia inicial., está se ajustando à realidade da agroindústria necessária ao beneficiamento do produto. Por isso, muitos pequenos produtores que entraram no “negócio acerola”, muitas vezes sem experiência e/ou infra-estrutura, foram obrigados a se retirarem dessa atividade. Aqueles que continuarem terão que, obrigatoriamente, estabelecer plantios mais tecnificados, com área menor, porém com maior produtividade e menor custo de produção.

Os aspectos gerais do cultivo da acerola, também, ainda deixam a desejar, mas já há informações sobre técnicas de plantio, adubação e controle de doenças que atendem ao cultivo comercial. A qualidade e a conservação da fruta após ter sido colhido depende, principalmente, do seu estágio por ocasião da colheita.

Finalmente, para conquistar novos mercados serão necessários investimentos na qualidade, alto rendimento, baixo custo de produção, criação de novos produtos e um amplo trabalho de “marketing”. Paralelamente, é necessário incentivar a criação de associações e cooperativas para organização dos pequenos produtores. Além disso, as pesquisas deverão ser estimuladas e reorientadas para que, rapidamente, se alcancem os avanços tecnológicos.

Referências bibliográficas
ALVES, R.E. Cultura da acerola. In: DONADIO, L.C.; MARTINS, A.B.G.; VALENTE, J.P. Fruticultura Tropical. Jaboticabal: FUNEP/UNESP, 1992. p.15-37.

ALVES, R.E; MENEZES, J.B. Caracterização pós-colheita de acerolas vermelhas e amarelas colhidas em pomar comercial. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 13., 1994, Salvador. Anais. Salvador: SBF, 1994. p.99.

ALVES, R.E.; MENEZES, J.B.; SILVA, S.M. Colheita e pós-colheita da acerola. In: SÃO JOSÉ, A.R.; ALVES, R.E. Acerola no Brasil: produção e mercado. Vitória da Conquista: DFZ/UESB, 1995. p. 77-89.

BEZERRA, J.E.F.; LEDERMAN, I.E.; CARVALHO, P.S.; MELO NETO, M.L. Avaliação de clones de aceroleira na região do vale do rio Moxotó-PE. I - Plantas juvenis. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 13., 1994, Salvador. Anais. Salvador: SBF, 1994. p.85.

BLISKA, F.M.M.; LEITE, R.S.S.F. Aspectos econômicos e de mercado. In: SÃO JOSÉ, A.R.; ALVES, R.E. Acerola no Brasil: produção e mercado. Vitória da Conquista: DFZ/UESB, 1995. p. 107-23.

BOSCO, J.; AGUIAR FILHO, S.P; BARREIRO NETO, M. Características fenológicas de plantas de aceroleira In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 13., 1994, Salvador. Anais. Salvador: SBF, 1994. p.87.

COUCEIRO, E.M. Curso de extensão sobre a cultura da acerola. Recife: UFRPE, 1985. 45p.

FRANCO, G. Nutrição: texto básico e tabela de composição química dos alimentos. 6. ed. Rio de Janeiro: Ateneu, 1982.

FREIRE, F.C.O. Doenças da acerola no Brasil. In: SÃO JOSÉ, A.R.; ALVES, R.E. Acerola no Brasil: produção e mercado. Vitória da Conquista: DFZ/UESB, 1995. p. 71-76.

GONZAGA NETO, L.; SOARES, J.M. Acerola para exportação: aspectos técnicos de produção. Brasília: MAARA/SDR/FRUPEX/EMBRAPA – SPI, 1994. (FRUPEX. Publicações Técnicas, 10), 43p.

LEDIN, R.B. The Barbados or West Indian Cherry. Gainesville: Florida Agricultural Experiment Station, 1958. 28p. (Bulletin, 594).

INSTITUTO BRASILEIRO DE FRUTAS. Soluções fruta a fruta: acerola, São Paulo: IBRAF, 1995. 61p. v. 2.

MEIRA, M.O. B. A vitamina C e sua relação com a saúde. In: SÃO JOSÉ, A.R.; ALVES, R.E. eds., Acerola no Brasil: produção e mercado. Vitória da Conquista: DFZ/UESB, 1995. p. 1-3.

MOSCOSO,C.C. West indian cherry richest know source of natural vitamin C. Economic Botany, v.10, n.3, p.280-294. 1956.

MOURA, C.F.H.; ALVES, R.E.; MOSCA, J.L.; PAIVA, J.R.; OLIVEIRA, J.J.G. Fruit physiochemical characteristics of acerola (Malpighia emarginata) clones in commercial orchards. PROCEEDINGS OF THE INTERAMERICAN SOCIETY FOR TROPICAL HORTICULTURE, Guatemala: v.41. p.194-198. 1997.

NAKASONE, H.Y.; YAMANE, G.M.; MIYASHITA, R.K. Selection, evaluation, and naming of acerola (M. glabra L.) cultivars. University of Hawaii. 1968. 19p. (Circular n. 65).

PAIVA, J.R.; ALVES, R.E.; CORREA, M.P.F.; FREIRE, F.C.O.; BRAGA SOBRINHO, R. JUCÁ, W. Seleção e clonagem de plantas de acerola (Malpighia spp.). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 14., 1996, Curitiba. Anais. Curitiba: SBF, 1996. p.38. 1996.

PAIVA, J.R.; ALVES, R.E.; ALMEIDA, A. S.; PINTO, S.A.A. Conteúdo de vitamina C em plantas de acerola selecionadas nas gerações paternal e filial. Fortaleza: Embrapa-CNPAT, 1998. 3p. (EMBRAPA-CNPAT. Pesquisa em Andamento, 36).

PAIVA, J.R.; ALVES, R.E.; CORREA, M.P.F.; FREIRE, F.C.O; BRAGA SOBRINHO, R.; JUCÁ, W. Seleção massal de acerola em plantio comercial. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasília, v.34, n.3, p.505-511, 1999a.

PAIVA, J.R.; PAIVA, W. O.; CORDEIRO, E.R.; SABRY NETO, H. Parâmetros genéticos em progênies de acerola (Malpighia spp ) de polinização livre. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasília, 1999b. (No prelo).

PY, C.; FOUQUÉ, A. Les cultures frutières de Porto Rico. Fruits, Paris, v.18, n.7, p.333-335, 1963.

RIEGER, W. Vegetationskundliche Untersuchungen auf der Guajira-Halbinsel Nord-Ost Kolumbiem. Giessen: Geogr. Inst. Justus Lieb. Univ., 1976. 32p. (Giessener Geog. Schruft., 40).

SIMÃO, S. Cereja das Antilhas. In: Manual de fruticultura. São Paulo: Agronômica Ceres, 1971. p.477-485.

TEIXEIRA, A.H.C.; AZEVEDO, P.V. Índices-limite do clima para o cultivo da acerola. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.30, n.12, p.1403-1410, 1995.

YAMANE, G. M.; NAKASONE, H.Y. Pollination and fruit set studies of Acerola (Malpighia glabra L.) in Hawaii. Proceedings of the American Society for Horticultural Science, Beltsville, v. 78, p.141-148, 1961.

Tabela 1 - Área plantada e estimativas de produção de acerola no Brasil.


Estado

Empresas

Área Plantada

(ha)


Produção

(t/ano)


Pará

COOPAMA/CAMTA

300

2.400

Ceará

FRUCESA/JANDAIA/PP*

1.217

7.980

Rio Grande de Norte

MAISA/FRUNORTE

600

6.300

Paraíba

NIAGRO/PP

490

4.000

Sergipe

NEOP.

400

-

Pernambuco

BONITO

70

400

Bahia

CCB

260

3.400

VSF** (PE e BA)

NIAGRO/PP

595

4050

São Paulo

PP

154

820

Paraná

PP

920

370

T o t a l

5.006

29.720

* PP - pequenos produtores; ** VSF - Vale de Rio São Francisco



Fonte: Adaptado de IBRAF (1995)
Tabela 2 - .Identificação das plantas selecionadas de acerola em plantio comercial e percentagem de germinação de sementes.


Número da planta

Quadra

Linha

Número de sementes

Germinação (%)

1

5 B

14

206

28,6

2

plantio na serra

10

361

14,4

3

A 4

7

209

13,4

4

A 4

3

243

25,9

5

A 4

6

207

15,4

6

plantio na serra

5

523

14,1

7

1 A

27

185

0,0

8

5 B

7

140

20,7

9

5 B

10

137

28,5

10

4 A

12

162

11,1

11

2 B

26

199

6,5

12

5 B

17

150

33,3

13

5 B

2

142

14,1

14

5 B

12

134

14,4

15

4 A

7

94

9,4

16

2 B

36

125

11,2

17

plantio na serra

7

472

18,4

18

4 A

14

258

3,9

19

2 B

27

74

9,5

20

5 B

9

138

37,7

21

2 B

32

120

20,0

22

4 A

12

413

4,6

23

5 B

4

135

22,2

24

5 B

18

-

-

25

5 B

21

146

8,9

26

4 A

16

211

10,5

27

4 A

13

229

22,7

28

-

-

-

-

29

6 A

9

254

4,3

30

6 B

4

319

9,4

31

6 B

8

283

3,2

32

6 A

29

120

0,8

33

6 B

12

86

11,6

34

6 A

58

80

8,7

35

6 A

33

55

14,5

36

6 B

22

236

3,0

37

6 B

30

127

23,6

38

6 B

55

155

16,8

39

6 A

9

110

8,2

40

8 B

4

100

17,0

41

8 B

6

105

15,2

42

2 A

12

80

0,0

43

8 B

15

158

2,5

44

8 B

15

130

6,9

45

8 A

2

104

12,5

46

4 A

19

181

6,6

47

8 A

12

131

14,5

48

2 A

12

209

14,3

49

8 A

24

94

6,4

50

8 A

24

159

2,5

51

4 B

24

233

36,1

52

4 B

6

184

28,8

Cont. Tabela 2.


53

4 B

1

128

10,2

54

4 B

16

266

29,3

55

4 B

27

59

0,0

56

4 B

30

273

27,1

57

7 B

2

241

11,6

58

7 B

22

226

7,5

59

1 A

34

348

13,5

60

1 A

31

148

0,0

61

1 A

35

147

3,4

62

1 A

52

280

3,2

63

1 A

33

361

17,7

64

1 A

52

301

24,6

65

1 A

18

166

0,0

66

1 A

51

109

21,1

67

1 A

40

265

10,6

68

3 A

8

170

14,1

69

3 A

4

160

29,4

70

3 A

2

189

11,6

71

3 A

8

231

9,5

72

3 A

7

323

21,7

73

3 A

8

260

2,7

74

3 A

15

245

13,5

75

3 A

20

245

14,7

76

3 A

23

258

1,2

77

3 A

28

160

13,7

78

7 B

26

293

13,3

79

7 B

31

237

10,5

80

3 A

26

221

13,6

81

7 B

62

272

12,9

82

3 A

32

313

13,1

83

7 B

49

327

1,5

84

3 A

30

84

84,5

85

7 B

63

188

12,2

86

7 B

25

233

15,4

87

8 A

38

311

6,4

88

8 A

47

91

8,0

89

8 A

51

123

3,2

90

8 A

52

159

19,5

91

7 B

42

232

42,7

92

7 B

27

262

8,0

93

8 A

52

253

9,1

94

8 A

59

127

15,0

95

8 A

57

128

2,3

96

2 A

6

107

9,3

97

2 A

7

172

18,6

98

7 B

21

278

25,5

99

2 A

8

113

2,0

100

2 A

6

133

15,0

M é d i a

13,9 ± 11,6

FONTE: Paiva et al., (1999a).


1   2   3


Verilənlər bazası müəlliflik hüququ ilə müdafiə olunur ©atelim.com 2016
rəhbərliyinə müraciət