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Recursos Genéticos e Melhoramento de Plantas para o Nordeste Brasileiro


Situação da cultura da acerola no Brasil e ações da Embrapa Mandioca e Fruticultura em recursos genéticos e melhoramento. 1

João Roberto Pereira Oliveira2

Walter dos Santos Soares Filho2


Introdução

A acerola (Malpighia punicifolia L.) teve sua origem nas Antilhas. Devido a seus elevados teores de vitamina C dispersou-se para outras regiões do mundo, estabelecendo-se particularmente em ecossistemas tropicais e subtropicais do continente americano. No Brasil, a introdução dessa fruteira ocorreu na década de 50, havendo controvérsias com respeito ao ano e local originais. Seus plantios, porém, ganharam expressão econômica somente a partir da década de 90, com o aumento da demanda do produto tanto pelo mercado interno como externo, estando hoje difundidos em praticamente todo o território nacional, à exceção de regiões de clima subtropical e/ou de altitude, sujeitas a baixas temperaturas. Esta afirmação é sustentada por diversos autores, que atestam sua ampla distribuição geográfica no país (Araújo et al., 1994; Batista et al., 1991 e 1994; Freire et al., 1994; Gonzaga Neto et al., 1994; Ledo & Medeiros, 1994; Santos & Santos, 1994; Vida & Brandão Filho, 1994; Warumby et al., 1994).

Devido à sua propagação inicial por sementes, os pomares comerciais do país apresentam acentuada variabilidade genética, verificando-se, como conseqüência, variações pronunciadas entre indivíduos, compreendendo caracteres relacionados a: planta (conformação, altura e diâmetro da copa; diâmetro do caule; coloração, textura, dimensões e formatos foliares; pilosidade na folha e no ramo), inflorescência e fruto (tipo de florescimento; densidade de inflorescência; número de flores na panícula; coloração dos lóbulos da corola das flores; número de frutos por panícula; uniformidade de distribuição e maturação de frutos; capacidade de aderência do pedúnculo ao fruto e ao ramo; coloração da casca do fruto imaturo e maduro; coloração da polpa de frutos maduros; formato do fruto; textura da casca e presença de sulcos na superfície do fruto; peso, comprimento e diâmetro do fruto; aroma, consistência, oxidação e peso da polpa; relação polpa/semente; teor de sólidos solúveis totais e de acidez; relação acidez/sólidos solúveis totais; percentagem de ácidos ascórbico e málico; percentagem de açúcares totais; teores totais de carotenóides, pectina e antocianina na polpa de frutos), como também às sementes (número de sementes por fruto, formato, peso fresco, percentagem de germinação). Presume-se que esta variabilidade genética existente em acerola permita a identificação de genótipos agronomicamente superiores, passíveis de resultar em variedades comerciais.

Consumido tanto in natura como industrializado, sob a forma de suco, geléia, sorvete, comprimidos, dentre outras, o fruto de acerola também pode ser empregado no enriquecimento de sucos de frutas com baixos teores de vitamina C (Verheij & Coronel, 1992).



Área plantada com acerola no Brasil, no período 1994-1997

Conforme se verifica na Tabela 1, a área plantada com acerola no país ultrapassa sete mil hectares, colocando-o na posição de maior produtor mundial, superando o Havaí (EUA) e Porto Rico, que possuem mais tradição em relação à cultura. Apesar dos dados disponíveis estarem subestimados, em razão de dificuldades encontradas para a realização de um levantamento mais amplo, tem-se uma visão geral da distribuição da cultura no Brasil, destacando-se, em ordem decrescente, os Estados da Bahia (1.466 ha), Paraná (919 ha), Rio Grande do Norte (800 ha), Rondônia (723 ha), Pernambuco (604 ha), Minas Gerais (466 ha), São Paulo (423 ha), Paraíba (400 ha), Ceará (320 ha) e Pará (300 ha) como os dez maiores produtores, dentre os quais há um predomínio daqueles da Região Nordeste.



Tabela 1 - Área(ha) plantada com acerola em diferentes Estados brasileiros, no período 1994-1997.

Estado

1994-95

1995-96

1996-97






















Acre

-




-




50




Alagoas

100




100




100




Bahia

636




1341




1466




Ceará

120




620




320




Espírito Santo

-




-




40




Goiás

24




54




54




Maranhão

-




-




80




Mato Grosso do Sul

-




-




60




Minas Gerais

116




163




466




Pará

175




300




300




Paraíba

145




450




400




Paraná

-




919




919




Pernambuco

300




1100




604




Piauí

-




-




40




Rio de Janeiro

-




-




50




Rio Grande do Norte

133




500




800




Rio Grande do Sul

-




-




50




Rondônia

-




-




723




Roraima

-




-




5




São Paulo

-




400




423




Sergipe

-




150




150




Tocantins

-




-




30




TOTAL

1.749




6.097




7.130




Fonte: Nichirei do Brasil Agrícola Ltda. (NIAGRO), Companhia de Cítricos do Brasil (CCB-Cajuba) e Embrapa Mandioca e Fruticultura.

No final dos anos 80 e início dos anos 90 houve um crescimento expressivo e ao mesmo tempo desordenado dos plantios de acerola no Brasil, com a inclusão de muitos produtores atraídos pela possibilidade de ganhos elevados e a curto prazo, face à grande demanda do produto apresentada, inicialmente, pelo mercado externo e, posteriormente, pelo próprio mercado interno. Devido à falta de planejamento, muitos produtores sofreram grandes prejuízos pela dificuldade de escoamento da produção, associada à carência de infra-estrutura adequada ao processamento e conservação pós-colheita dos frutos, altamente perecíveis. Como conseqüência, ocorreu uma retração natural da expansão das áreas de plantio, verificando-se atualmente uma tendência de estabilização, seguida de um novo período de crescimento, tendo-se em vista a presença de produtores hoje mais conscientes e capacitados para a sustentação dos cultivos em bases comerciais. Estes comentários são sustentados pela observação da evolução da área cultivada com acerola no Brasil durante o período de junho de 1994 a junho de 1997 (Tabela 1), verificando-se 1.749 ha plantados em 1994-95, 6.097 ha em 1995-96 e 7.130 ha em 1996-97.



Volume da produção de acerola no Brasil

Relativamente ao volume de produção de acerola no Brasil, os dados disponíveis, tomando-se por base uma produtividade média de 10 t/ha, indicam um total de aproximadamente 150 mil toneladas de frutos, produzidos principalmente pela Região Nordeste (Tabela 2). Cabe acrescentar que os pomares brasileiros são formados, basicamente, por plantas, em geral, ainda jovens e com elevada heterogeneidade genética, sendo, portanto, bastante desuniformes e, conseqüentemente, pouco produtivos. Com a introdução, em nossos sistemas de cultivo, de genótipos agronomicamente superiores, acompanhada do emprego de técnicas adequadas de manejo cultural, a produtividade média poderá ser substancialmente aumentada, podendo-se prever valores em torno de 50 t/ha. Desse modo, o volume de produção de acerola no Brasil apresenta um grande potencial de crescimento, sem a necessidade de expansão das áreas de cultivo atuais.


Tabela 2 - Estimativas do volume da produção de acerola em diferentes regiões geográficas brasileiras no período de junho de 1994 a junho de 1997.


REGIÕES

Volume (t)

(%)










Nordeste

96.550

64

Sul

18.880

13

Sudeste

16.580

11

Norte

15.830

11

Centro-Oeste

1.920

1










Total

149.760

100
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