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Sistemática: tendências e desenvolvimento, incluindo impedimentos para o avanço do conhecimento na área


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As coleções botânicas e a Sistemática associada no Brasil – situação atual, limitações para o crescimento e prerrogativas para aprimoramento.

Considerando as 4 propriedades discutidas no tópico anterior como as fundamentais de um Herbário, passaremos a analisar sob cada aspecto o estado em que se encontram as instituições brasileiras, fatores causais ou impeditivos de desenvolvimento, e os esforços que devem ser feitos para alteração dos quadros. Grande parte dessas preocupações e necessidades foram já apontadas pelos vários colaboradores nos livros editados por Lewinson & Prado (2002) e por Peixoto (2003).

1. Acervo de material de referência. O Brasil tem 114 herbários ativos e 5 sem infomrações atualizadas. Apenas 73 estão registrados internacionalmente no Index Herbariorum (Holmgren et al. 2002). Apenas 13 deles têm acervos com mais de 100.000 espécimes, e a maioria tem amplitude de representação essencialmente regional. Estudos feitos apontam para inexistência de estrutura adequada para a conservação dos espécimes na maioria dos herbários brasileiros, e pessoal técnico insuficiente para manter o ritmo de inclusão de material acompanhando o ingresso por coletas e/ou permuta e doação (e.g. Barbosa & Peixoto 2003). Os herbários brasileiros estão ligados a museus ou universidades e faculdades, e funcionam freqüentemente como centro ativos de treinamento e formação de recursos humanos em Botânica, especialmente em Sistemática. Assim, sempre há um volume considerável de material dando entrada no acervo. Porém, a simples atividade de registro e catalogação dos espécimes ingressando costuma estar muito defasada, por falta de pessoal técnico, impossibilitando o pronto acesso a eles.

No caso de um país detentor de uma das floras mais ricas do globo, com uma alta diversidade específica (estima-se um vulto da ordem de 60.000 espécies, apenas de angiospermas, para o Brasil), a importância do incremento das coleções é inquestionável. Dos 2,5 a 3 bilhões de amostras que se estima existir depositadas em coleções biológicas do mundo todo, os acervos brasileiros detêm apenas cerca de 30 milhões de amostras, correspondendo a 1% do total. Em relação às coleções botânicas, o total de espécimes guardados em todos os herbários brasileiros perfaz pouco mais de 5 milhões. Isso é muito pouco representativo se forem comparados os montantes anteriores com a megabiodiversidade do país, tornando óbvia a necessidade de realização de mais coletas intensivas e extensivas. Pouco se sabe sobre a composição florística de vastas extensões do nosso território, e também o conhecimento sobre os vários aspectos da sistemática e filogenia da maioria dos grupos de plantas neotropicais está ainda muito aquém do ideal, sobretudo mediante as crescentes taxas de destruição dos habitats naturais.

É conveniente, então, elaborar programas de inventário florístico e de coleta bem planejados e articulados, que busquem otimizar uma conciliação entre as necessidades de busca de táxons específicos necessários aos estudos de revisão e monografias e as prioridades de exploração de áreas ameaçadas ou pouco visitadas historicamente.

Além do incremento das taxas de coletas e organização de coleções, há que se atentar com especial cuidado para a adequada conservação das mesmas, para que permaneçam indefinidamente em perfeiras condições e permitam a realização de estudos científicos em várias abordagens. Numa situação ideal, os grupos indo a campo deveriam considerar preparar não só das amostras para exsicatas mas também material conservado em meio líquido e em gel de sílica, pelo menos nos casos onde haja pesquisadores trabalhando com o grupo taxonômico em questão. Deve competir à coordenação dos projetos de pesquisa e programas de coleta manter atualizado um banco de informações atualizado sobre taxonomistas e outros pesquisadores interessados em receber material de cada grupo taxonômico.

2. Um sistema provedor de identificações taxonômicas confiáveis. Muitos acervos brasileiros atendem razoavelmente bem a essa função, permitindo sobretudo a identificação por comparação de amostras indeterminadas coletadas no estado ou região onde fica a instituição. Para espécimes procedentes de regiões mais afastadas do próprio país, isso já constitui problema grave na maioria dos herbários brasileiros. Porém aqui a restrição mais séria é sem dúvida atinente ao estado de identificação do acervo:

confiabilidade baixa - predominam determinações não feitas por especialista ou estudioso do grupo;

desatualização - mesmo material identificado por especialistas precisam de revisões periódicas, em geral a cada década, ou sempre que alguma monografia relevante é publicada;

material não identificado – alta proporção de espécimes incertae sedis em quase todas as famílias, ou mesmo sem catalogação por família.

Para reverter essa situação, é preciso prover meios aos curadores e corpo técnico dos herbários de viabilizar o provimento de boas identificações. Eles devem poder remeter regularmente materiais para especialistas tanto quanto possível. Idealmente duplicatas são remetidas como doação (menor custo por serem mais leves e não demandarem da instituição receptora qualquer esforço além do envio das identificações por correio). Devem também estar capacitados a atualizar as determinações de espécimes citados nas monografias e revisões publicadas continuamente.

Aqui é preciso envidar esforços para que se crie ou se fortaleça no taxonomista brasileiro o hábito de prover identificações quando demandado. Tratando das equipes internas a cada instituição detentora de coleções, deve-se imbuir cada taxonomista da missão de atuar como curador. A exemplo do que acontece nas instituições de pesquisa do primeiro mundo, a figura do Diretor é que gerencia o rotina e a política do herbário (geralmente apoiado por um Conselho de Curadores nas instituições maiores), mas todo pesquisador a ele associado atua fazendo curadoria de um setor ou ao menos do grupo em que é especialista.

3. Um acervo de arbitragem de nomes corretos. A manutenção de padrões nomenclaturais pelo herbário depende primariamente, como já tratado no tópico anterior, de a curadoria envidar esforços permanentes para manter os nomes dos espécimes atualizados com trabalhos revisionais recentes. Por outro lado, existem outras formas de alcançar aprimoramneto nesse aspecto, e uma estratégia excelente é estabelecer e manter ativo o intercâmbio de espécimes com várias outras instituições. Os curadores e dirigentes de herbário precisam dispor de recursos para tanto: pessoal técnico habilitado a manter os trabalhos de seleção do material a ser permutado, preparação de guias de controle de remessa, empacotamento adequado do material; verba para realizar essas atividades com regularidade.

É necessário também que se estabeleçam critérios para a seleção e controle do material sendo permutado, evitando duplicação do envio e mantendo o perfil da remessa adequado às necessidades da instituição receptora. Por exemplo, não se envia a um herbário detentor de coleção marcadamente regional espécimes de áreas remotas dali.

Convém lembrar uma vantagem inerente ao sistema de intercâmbio constante: na medida em que cada coleção tem duplicatas distribuídas por outros herbários, aumentam grandemente as possibilidades de que sejam examinadas por outrem e apareçam citadas entre o material estudado das monografias, sinopses e revisões publicadas.

4. Um banco de dados abrangente. As coleções dos herbários brasileiros necessitam ainda preencher bem os quesitos anteriores para poderem constituir bancos de dados efetivamente confiáveis e trabalháveis como tal. Muitas delas detêm acervo que representa com boa acuidade a riqueza em espécies (número) da flora regional. Mas na maioria delas são apenas parciais informações sobre a distribuição geográfica de cada espécie e sua variabilidade morfológica ao longo da área de ocorrência. Freqüentemente, faltam mesmo materiais completos de cada táxon, isto é, espécies representadas apenas por exsicatas em flor, ou com frutos sem sementes. Com o agravante de que em certos casos essas estruturas podem mesmo não ser ainda conhecidas para o táxon. Urge que os programas de coleta e intercâmbio em implementação tenham em vista esses aspectos.

A ambição de informatização dos acervos nacionais teve início já no início dos anos 80, com o Programa Flora CNPq, que lamentavelmente malogrou, talvez porque partisse de bases pouco sólidas e acabou não tendo o engajamento pleno dos taxonomistas e continuidade de subsídio. Em seguida, muitos herbários passaram a adotar programas e mecanismos em busca de automação das coleções, mas de maneira individualizada.

Obviamente, é necessário que as coleções biológicas passem por um processo de readequação tecnológica e gerencial, incorporando novos métodos e processos que permitam a rápida caracterização e documentação do acervo. Devem ser também implementados procedimentos que permitem o rastreamento do processamento das amostras e informações associadas.

Num nível extra-institucional, é preciso um sistema que possibilite integrar e agregar os dados de diversos acervos nacionais, de modo a prover uma base de conhecimento sólida sobre a biodiversidade brasileira. Tal sistema deverá idealmente ampliar o acesso a informações sobre biodiversidade, atualmente dispersas e, com raras exceções, não disponíveis na forma digital. Em paralelo à modernização preconizada das coleções de herbário no país, propõe-se a elaboração de uma política que leve à consolidação de uma rede de informação integrada de acesso livre e aberto.

Na elaboração das etapas de automação dos acervos, cabe analisar as necessidades e objetivos de cada herbário. Fazer o trabalho por etapas sucessivas, avaliando constantemente as falhas e benefícios de cada atividade e resultado obtido. Começar pela informatização das coleções de tipos nomenclaturais e disponibilização dos dados incluindo imagens na rede mundial deve ser meta prioritária e que atenderia melhor às demandas de pessoal de outras instituições.

Uma recomendação que certamente deverá ser feita é que seja adotado programa que permita compatibilidade e exportação de dados com os sistemas de referência já implantados. Recomenda-se empregar o sistema BRAHMS (Filer & Hughes 2003) de forma corporativa para todo o projeto.

Sobretudo, deverá ser garantida também alta qualidade dos dados digitalizados. Isso será alcançado confiando a tarefa de digitação e preparo de imagens a pessoal minimamente treinado no manuseio e interpretação correta das informações constantes nos espécimes. Esse tipo de técnico habilitado é ainda capaz de detectar eventuais problemas como erros de grafia, localidade ou identificação, e de fazer as conferências pertinentes com índices de nomes corretos e gazeteers. Nesse contexto, deve-se também priorizar a informatização das coleções que se encontrem em bom estado de identificação, por exemplo, de famílias com especialistas na própria instituição ou que tenham sido recentemente revisadas por especialista.

É desejável a elaboração de uma proposta de Herbário Virtual, delineando-se bem o tipo de imagens e informações associadas que conterá. Num primeiro momento, as imagens de tipos devem ser priorizadas, e em etapas ulteriores, imagens de espécimes selecionados representando espécies visando facilitar o trabalho de identificação. Aqui caberá discutir se dará procedimento à digitalização de todo o acervo, ou apenas de algumas amostras por táxon (seja ilustrando floras regionais ou famílias). As vantagens da produção de imagens de todo o acervo, embora em primeira análise possa parecer mais trabalhoso, são: não necessidade de definição de critérios de seleção de quais amostras fotografar; a própria digitação dos dados nas planilhas poderá ser feita a partir das imagens, diminuindo o manuseio das amostras e assim preservando-as em melhor estado; possibilidade de exercer certas atividades de curadoria e atendimento a requisições e consultas via imagens; eventual identificação de material unicatado sem envolver envio como empréstimo a especialista.

Do lado dos recursos humanos especializados, é notória a importância que tiveram os trabalhos pioneiros de coleta de taxonomistas que na primeira metade do século XX, em suas instituições, montaram inicialmente uma excelente coleção de referência para uma dada família ou para a flora de um dado ecossistema ou região brasileiros, trabalho continuado por seus seguidores. Geralmente, onde nas instituições onde isso se deu, houve natural estímulo e viabilização de posterior diversificação e refinamento das pesquisas de grupos ainda hoje ativos, envolvendo além do conhecimento taxonômico e florístico a ecologia, fisiologia, bioquímica, genética e biologia molecular dos organismos envolvidos.

Em muitos casos, verifica-se da mesma forma a crescente importância do papel dos acervos no desenvolvimento e geração de novos horizontes em pesquisa botânica, que por seu turno têm dado novo impulso ao próprio acervo, levando à sua diversificação e enriquecimento: muitas tornam-se coleções sem igual no mundo, tanto no tocante à flora de uma região específica como para algumas famílias específicas. Deve-se destacar ainda o papel atuante de correntes projetos de levantamentos de flora, em desenvolvimento com subsídio de fontes variadas, algumas vezes através de esforço conjunto das várias instituições botânicas associadas.

As linhas de pesquisa que têm grande relação com os herbários podem levar ao fortalecimento do vulto e qualidade das coleções, ao dinamismo dos programas de intercâmbio, à geração de numerosos estudos. Concomitantemente, podem e têm permitido o aumento e melhoria da produção científica dos grupos ligados ao herbário, e ainda a intensificação da formação de recursos humanos, especialmente mestres e doutores de alto nível.

Por todas essas razões, é plenamente justificável e necessário o apoio à capacitação e modernização da infra-estrutura dos Herbários nacionais. Apenas com apoio de um acervo bem estruturado, rico e adequadamente preservado, poderão os grupos de pesquisa envolvidos:

- angariar maior confiabilidade para continuar dispondo de acesso irrestrito às coleções clássicas de herbários estrangeiros;

- continuar ampliando as coleções, com documentação da variabilidade e distribuição das espécies da flora brasileira e neotropical, ou das famílias de especialidade dos taxonomistas residentes;

- desenvolver plenamente trabalhos de sistemática (incluindo filogenia) em condições de igualdade aos das melhores escolas internacionais.

- garantir o caráter duradouro das coleções, por muitas décadas futuras, condição sine qua non de qualquer acervo museológico.


Papel do Taxonomista no Brasil:

Ante a fascinante diversidade da flora neotropical, o botânico brasileiro de hoje persiste ainda numa situação de paradoxo: tem disponível de um lado uma série de dados detalhados sobre muitas espécies de plantas, indo da morfologia externa à ultra-estrutura e composição micro ou molecular, porém de outro lado o alto grau de desconhecimento acerca de muitos aspectos de certos táxons, ou de regiões naturais inteiras sub ou inexploradas, com o agravante de muitas estarem sendo destruídas em ritmo vertiginoso, pouco controlado.

Nesse contexto, urge que esse profissional concilie duas facetas do labor: a exploratória, de campo, trazendo dados complementares aos táxons conhecidos ou descrevendo as plantas ainda desconhecidas, documentando sua distribuição e ecologia geral; e a de pesquisa em busca da definição clara das homologias nos caracteres (das mais variadas fontes), visando aprimorar a classificação com base em hipóteses de filogenia consistentes.

Conciliando sua pesquisa nessas duas linhas, o taxonomista estará contribuir ativamente para o enriquecimento e diversificação dos acervos botânicos,

para o aprimoramento da sistemática do(s) grupo(s),

para a produção de sinopses ou monografias que facilitem o acesso às informações básicas sobre os táxons de cada família por outros pesquisadores, geralmente dispersas e a partir dali reunidas,

e de maneira geral, para subsidiar os esforços de melhor conhecimento da flora brasileira e de sua conservação e manejo adequado.
Propostas de curto, médio e longo prazo de definição de diretrizes e estratégias visando a ampliação e a modernização das coleções botânicas do país:

Meta 1 - Adequado tratamento dos acervos:

Estratégias e ações:

3 anos: dotação de sistema de controle termo-higrométrico em todos os herbários cadastrados no sistema (estabelecer mínimo de um por unidade da federação);

-realização de expurgo com fosfeto de alumínio ou desinsetização mínima, dependendo do tipo de acervo;

-dotação de infra-estrutura física (armários compactados deslizantes sobre trilhos permitem otimização da capacidade de armazenamento nos espaços disponíveis), para ampliar e manter as coleções;

-dotação de pessoal técnico suficiente para manter as tarefas rotineiras do herbário, sendo o número de técnicos dimensionado proporcionalmente ao tamanho do acervo e da equipe de pesquisadores (no mínimo 1 técnico processador de material – montagem de exsicatas, preparo de rótulos, registro e inclusão, apoio em expedição de coletas);

-concretizar um desenho básico de projeto de Herbário Virtual, que vá gradativamente integrando as coleções brasileiras, mas que na primeira etapa poderá restringir-se a dotar cada acervo de câmera digital e arsenal para armazenamento imageico, e iniciar a tomada de imagens das coleções selecionadas (ver Meta 2).

-início ou continuidade da automação das coleções por meio preenchimento das planilhas eletrônicas do sistema BRAHMS (Filer & Hughes 2003) a partir das imagens tomadas;

-no caso de instituição com biólogo ou taxonomista engajado ao plano presente mas sem herbário ou com herbário incipiente sem infra-estrutura que permita as etapas acima, prover meios de que o pesquisador processe suas coletas e as deposite em herbário regional maior.

5 anos: garantia de subsídio para realização regular de expurgo (bianual em herbários da região sul, anual nos demais);

-garantir contrapartida de cada instituição através de contratação do pessoal técnico treinado no presente projeto nas primeiras etapas supra-descritas;

-instalação de espaço físico adequado e suficiente para acondicionamento das coleções, incluindo material conservado em meio líquido e em gel de sílica;

-iniciar um trabalho curatorial baseado nos bancos de imagens (Herbário Virtual), centrado em 2 procedimentos essenciais: 1. comparação do estado de identificação das amostras em cada acervo, verificando aquelas que têm duplicatas atualizadas em outros herbários; 2 envio de imagem a especialista solicitando determinação nos casos em que isso é possível;

-avaliar andamento dos trabalhos de informatização do acervo, incluindo bancos de imagens;

10 anos: garantir continuidade de todas as etapas de trabalho técnico de conservação das coleções e de curadoria;

-extrapolar o modelo, após avaliação do que foi bem sucedido, para todos os demais herbários nacionais.


Meta 2 – Diversificação e aprimoramento científico dos acervos, incluindo aquisição de material sub-celular:

3 anos: fornecer subsídios para o estabelecimento ou incremento de sistemas de doação (em troca de identificação) ou intercâmbio entre herbários nacionais;

-dotar os herbários ou bibliotecas associadas de literatura taxonômica fundamental;

-viabilizar a realização de viagens de especialistas brasileiros até herbários diversos para atualização das identificações e verificação de coleções incertae sedis; priorizando-se os grupos mas ricos no acervo e/ou com maior proporção de coleções indeterminadas;

-produção de listas florísticas simples (baseadas no acervo já disponível) e/ou relatórios de mapeamento de coletas na região a que pertence cada herbário já dotado de base de dados suficiente, de forma a (re)direcionar as buscas e expedições planejadas nos projetos descritos a seguir;



5 anos: implantação dos projetos de coleta e pesquisa, o esforço de coletas devendo ser maximizado com o obtenção de material conservado em meio líquido para estudos anatômicos e em gel de sílica para extração de DNA com vistas à filogenia;

-publicação de resultados parciais (descrição de novos táxons, divulgação de estudos morfológicos e anatômicos parciais; relatos de novos registros de ocorrência relevantes para a história ou biogeografia do grupo taxonômico, etc.); ressalte-se que a produção científica de mérito garantirá a continuidade de subsídio por parte das agência de fomento;

-produção de listas florísticas e/ou relatórios de mapeamento de coletas nas regiões a que pertencem os herbários engajados, de forma a redirecionar os destinos e períodos das buscas e expedições ulteriores.

-dar continuidade à realização de viagens de especialistas brasileiros até herbários diversos para atualização das identificações e verificação de coleções incertae sedis;

-avaliação dos procedimentos bem sucedidos.

10 anos: continuidade dos projetos e inícío de outros na mesma linha;

-publicação de resultados integrados e de larga escala;

-dar continuidade à realização de viagens de especialistas brasileiros até herbários diversos para atualização das identificações e verificação de coleções incertae sedis;

-avaliação dos sucessos e prejuízos;

-prover meios de envolver todos os herbários nacionais que porventura ainda não estejam engajados nessas atividades.
Meta 3 - Capacitação de pessoal para a lida com os acervos

Estratégias e ações:

3 anos: incluir realização de estágios e cursos de treinamento setorizados para o pessoal técnico que trabalhará nas atividades rotineiras do herbário (manuseio, digitalização, tomada de imagens);

-incluir em todos os projetos descritos nas Metas 2 e 4 formas de envolvimento dos alunos participantes, sobretudo os de mestrado e doutorado, em etapas de manejo e identificação de coleções, treinando-os para curadoria e formando novos estudiosos em taxonomia;



5 anos: possibilitar envolvimento do próprio pessoal técnico no fornecimento de novos cursos de treinamento a para o pessoal técnico de outros herbários da mesma região;

-iniciar formas de treinamento de pessoal técnico apto a executar parte do trabalho curatorial baseado nos bancos de imagens descrito na Meta 1.

-manter em todos os projetos descritos formas de envolvimento dos alunos participantes, sobretudo os de mestrado e doutorado, em etapas de manejo e identificação de coleções, treinando-os para curadoria e formando novos estudiosos em taxonomia;

10 anos: realização de novos cursos e estágios, com etapas aperfeiçoadas utilizando as experiências anteriores, e inícío de outros na mesma linha;

-avaliação das ações bem sucedidas e insatisfatórias.


Meta 4 – Estabelecimento de projetos institucionais e inter-institucionais que estimulem coleta e dinamização dos acervos

Estratégias e ações:

3 anos: -elaboração de um plano estratégico detalhado para diversificar as coleções, envolvendo fortalecimento da pesquisa, por meio de duas estratégias:

a) projeto institucional, ou auxílio a um pesquisador no caso de herbários menores, que envolva coletas em áreas subexploradas e direcionadas a complementação de material dos grupos de especialidade do pesquisador e seus alunos; o perfil idealizado para projetos dessa linha seriam sinopses de gêneros ou grupos infra-genéricos (seções, subgêneros), revisões de grupos pouco numerosos (até 15 espécies), ou inventários florísticos de áreas reduzidas e próximas;

b) projeto inter-institucional, envolvendo colaboração de pessoal de herbários diversos, em torno de um objetivo comum (como a elaboração de floras estaduais ou estudo integrado da sistemática -incluindo filogenia- de um dado grupo taxonômico), envolvendo coletas em áreas subexploradas e direcionadas a complementação de material dos grupos enfocados. Idealmente, deve-se envolver no projeto pesquisadores associados, por exemplo, anatomistas e pessoal da biologia molecular, que auxiliem na obtenção de dados acurados com vistas à filogenia; cabe lembrar que estudos filogenéticos podem ser realizados em diversos níveis da hierarquia taxonômica, por exemplo, testes de monofilia de táxons tradicionalmente aceitos nas classificações infra-familiares ou infra-genéricas podem ser feitos usando diversos terminais de cada grupo.

Obs. Será necessário dimensionar o número máximo de projetos nas 2 categorias, e, respeitadas as características de mérito, viabilizar a obtenção de financiamento pelas agências de fomento dentro de uma linha maior.

-conclusão de projetos de curta duração (institucionais e individuais), com produção de artigos científicos;

-recomendação de adoção, no âmbito de cada instituição, de políticas e diretrizes voltadas para as coleções botânicas, incluindo: viabilização de programas de expedições, garantia de manutenção dos acervos, absorção e fixação de profissionais nas atividades (sistematas, técnicos de curadoria e de informática), estímulo à pesquisa ligada às coleções, apoio à informatização dos acervos.

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