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A psicologia2 arte Manuela Monteiro q, Milice Ribeiro dos Santos


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que apresentain: por exemplo, não registar recordações novas ou, pelo contrário, não conseguir aceder a antigas recordações.”
ASKEVIS-LEEIERPELUX, E., BARUCH, C. e CARTRON, A., Précis de 1j@),cbo1ogiÉ,, Nattian. 1998, p. 62
TEXTO ‘ ESQUECIMENTO
M=M ‘
291
“0 esquecimento não é um fenómeno negativo, um simples buraco na memória. Esta interpretação do esquecimento conto um defeito, unia falta de memória, corresponde bem ao esquema fisiológico rudimentar do associacionisino: quando as células que representam as leiribranças são alteradas ou desaparecem, a própria lembrança altera-se ou desaparece. Esta concepção estreita e limitada não apresenta, de resto, nenhum interesse psicológico. Esquecimento e alteração, ilusões da memória representam operações construtivas. 0 esquecimento não é o
inverso (lã memória, mas um aspecto indirecto e não o menos essencial da própria memória. Freud chamou a
atenção para uma vontade de esquecer, repressão mental de uma lembrança penosa, contrária à ordem presente.
A finalidade do esquecimento é a própria finalidade da rnemória. A intenção pessoal que motiva o -apareciincnto (te tal ou tal aspecto do nosso passado arrasta também a indisponibilidade do resto. Toda a evocação de tini sentido elo passado arrasta a revogação ele certos outros sentidos. Recuso assumir certas das minhas recordações, na medida em que não me encontro nelas, ou só encontro uma imagem inaceitável de mim mesmo. E esta
recusada leiribrança, esta censura, pode por vezes prolongar-se em fabulação. Restabeleciniento de uma verdade
que se me assemelha, em lugar de urna realidade inverosímil. A mistificação aqui pode de resto realizar-se mesmo na boa-fé do sujeito. Impõe-se a si mesma a versão depurada, corrigicla do acontecimento.”
GI iSDORF, G, Afénioire et Personne. PU, 2.’ @,oI, pp- 309-312

em
TEXT*EE” SEM MEMóRIA


22
“Sem memória esvai-se o presente que simultaneamente já é passado morto. Perde-se a vida anterior. E a
interior, bem entendido, porque sem referência do passado inorrem os afectos e os laços sentimentais. E a noção do tempo que relaciona as imagens cio passado e que lhes dá a luz e o tom que as datam e as tornam significantes, também isso. Verdade, também isso se perde, porque a memória, aprendi por mim, é indispensável para que o tempo não só possa ser niedido como sentido.”
PIRES, J. Cardoso, De Pr@)futidis, Ilalsa Leilta, Doiri Qiiixotc, 1997, p. 25
TUTOEM” 0 PROCESSO PSICANALíTICO
23
processo psicanalítico pretende, pois, criar condições que permitam ao paciente recordar para pensar, transformar para esquecer, abrindo~se a novas experiências, acabando com a repetição do que já foi vivido t-
retomando o curso cio desenvolvimento. E felizmente que, como diz Meltzer (1990), ‘a fé pode expulsar o facto e
a fantasia expulsar a memória.”
CABRAL, M. F. S., ilensar a E~ção, Fini de Sécifio, 1998@ p. 244
T5XT0l=@ MEMóRIA AUTOBIOGRÁFICA: ONDE 0 PASSADO ENCONTRA 0 PRESENTE
241
“A nossa inemória das experiências do nosso passado poderá bem ser urna ficção, ou, pelo menos, uma dis-
torção do que realmente terá ocorrido. Os niesii-ios processos construtivos que nos conduzem a urna recordação inadequada do comportamento cios outros reduzem igualmente a precisão das niemórias autobiográficas. Por incinórias a utobiográ ficas referimos as lembranças de circunstancias e episódios (.]as nossas próprias vidas (Co,& RuBIN, 1993; FRIEI)MAN, 1993; K. Ni@i,soN, 1993).
Tenclemos, por exemplo, a esquecer a inforinação sobre o nosso passado incompatível com o modo como
actualmente nos vemos. Foi constatado por um estudo que adultos equilibrados, mas que sofreram problenias emocionais nos primeiros anos das suas vicias, tenclem a esquecer acontecimentos importantes, mas traumáticos, das suas infâncias. Esquecerri, por exemplo, circunstâncias dificeis de pobreza das suas famílias durante a infân-
cia, estadias em casas para delinquentes (RoBBINS, 1988). Do mesmo modo, pessoas deprimidas recordam mais facilmente acontecimentos tristes do seu passado que pessoas felizes, e pessoas que se consideram felizes enquanto adultas recordam mais acontecimentos felizes que as deprimidas (BOWER & (,0HEN, 1982).
Não são só certas espécies de acontecimentos que são distorcidos: períodos particulares da vida são recorda~ cios mais facilmente que outros. Por exeiriplo, quando se atinge a velhice, são recordados períodos da vida em
que se experinientaram grandes transições, tais como a frequência da faculdade ou o trabalho no priniciro emprego, mais do que os anos da meia-idade (Ri wN, 1983; Fr17GERALI), 1988; FROMHOLT & LARSEN, 1991).-
FELI)MAN, R., Uiiden-tandi%, Pswbology, McGr@iw-Hill, 1996, p. 238
TEXTOEM=M UM RELEMBRAR
251
“Relembro. Utria grande mesa oval resplandecente de brancura, cristais, reflexos (lê louça, dois grandes can-
deeiros (te globos pálidos, e fora, pelos espaços da noite nua, tinia memória grande de paz. Um longo abraço, quente de ternura, sufoca-nos a todos na procura de uni refúgio, de urna alegria perdida quando? onde? o sonho
não é (lê nunca. 0 que é vivo, o que é real é aquela ceia vulgar, com unia sopa, vários pratos, doces e uma
necessidade de preencher os espaços de silêncio corno o que lia (te único na hora e não sabemos e nos foge.”
FERREIR-A. Vergílio, Apançào, Bertiand. 199-1. p. 19

TEXTOS
TEXTO MEMóRIAS


“Cresci nos subúrbios de Lisboa, em Benfica, então quintinhas, travessas, casas baixas, a ouvir as mães clia-
inarein ao crepúsculo; - Viiiiiiiitor - mim grito que, partido da Rua Ernesto da Silva, alcançava as cegonhas no
cunie (Ias árvores mais altas, e afogava os pavões no lago sob os álamos. Cresci junto ao castelito das Portas que nos separava da Vênda Nova e da Estrada Militar, num país cujos postos fronteiriços eram a drogaria do senhor Jardini, a mercearia do Careca, a, pastelaria cio senhor Madureira e a capelista Havaneza do senhor-Silvino, e
deiriorava-ine, à tarde, na oficina de sapateiro do senhor Florindo, a bater sola mim cubículo escuro rodcado de
cegos sentados em banquinhos baixos, envoltos no cheiro de cab(--dal e miséria que se mantérn corno único ()dor
de santidade que conheço. A dona Maria Salgado. pequenina, magra, sempre de luto, transportava a Sagrada Família, nunia caixa, de vivenda em vivenda, e os ineus avós recebiarti na sala, durante quinze dias, essas três
figuras ele barro nunia fedorna embaciada, que as criadas iluminavain de pavios ele azeite.---
ANTUNES, A, t,obo, PÚb1ic(@,t1Q@,aziw,, 17-1^93
TEXTOIEM=M COMPORTAMENTO MOTIVADO
271
“0 psicólogo (Ia inotivação fala de valências e estímulos, ou, se está implicado uni prc,c(@sso de aprendizageni, de incentivos confiri-riatórios. Uni frigorífico cheio de bebidas tem iiiii valor irianifestarnente positivo para o
sedento; pelo contrário, alimentos salgados, quer dizer, que produzem ainda mais sede, apresentam valores negativos que procuramos evitar. lima garrafa vazia não tem qualquer valor para o bebedor, mas o dinheiro que recebe ,to entregar a vasilha pode ser um incentivo que mova o seu filho, interessado em aumentar o seu
dinheiro para gastos particulares, a levar a cabo a troca. Interessar-se ou desinteressar-se, procurar e evitar, preferir ou recusai--- são as linhas básicas de unia conduta motivada que correspondern a distintos valores e aliciarnentos que dar-nos às coisas, pessoas e acontecinicritos.”
GRA1'MANN, C. F., 1,'i@ii(lai@ie;ito,@d@,Psic(@loAia-,Ilotii.,açào. Niorjta, 1971, pp. 24-25
TFXTOJ@@- MOTIVAÇõES PARA A ESTIMULAÇÃO SENSORIAL
28@
i; iciona n tento que une o individuo ao ambiente encontra a sua.fonie dinâmica em si próprio. Por outras palavras, a necessidade de base do ser vivo é entrar em relaçãofiincional com o inundo; é.fazcndo-o que ele se
niantém e se desenvolve.”
NUTTIN, J., La Siructure, de Ia Pe;-suimatité, PLI-F, 1979, p. 146
“É no contexto ele uni modelo relacional da motivação que Nuttin vai considerar de importância fundamental a estin-iiilação sensorial, o funcionamento activo do indivíduo relativamente ao meio.
já na elécada ele 1940, Woodworth chamara a atenção para a ‘necessidade de percepção’. Isto é, os seres
humanos e os animais têm unia necessidade constante de ver, ouvir, compreender o que se passa no ambiente que os rodeia.
A estimulação sensorial descrupenha uni papel fundamental no desenvolvimento. Chimpanzés criados na
Obscuridade apresentararn graves perturbações na discriminação visual dos objectos, na percepção de profundi~ dade, etc, Mais genericamente se constatou que animais criados em arribientes pobres em estimulações sensoriais apresentavam desempenhos mais baixos elo que outros que se desenvolveram em nicio inais enriquecido. 0 desenvolvimento intelectual dos seres humanos está relacionado com a estiinillaç@ào sensorial.
Experiências ele privação sensorial - em que seres humanos cram inibidos de qualquer contacto sensorial corri o meio - demonstraram que, quando subirietido ao isolamento e à inactividade, o ser hUtriano sofre de v,àrias perturbações que vâo desde as alucinações até à incoerência do pensamento.
As mais recentes investigações sobre os factores psicológicos na exploração do espaço conduziram à constatação (Ia iniportância que tem para o equilíbrio Imiriano uma experiência diferenciada. Existe uma necessidade Iiiiinana de fugir à trionotonia dos estímulos, à rotina da actividade. Os resultados deste tipo de pesquisas têm sido especialmente analisados na área ela psicologia do trabalho.

TEXTOS
Relacionada com a estilirulação está a necessidade de actividade. Harlow, na década de 1950, desenvolveu pesquisas sistemáticas sobre o que designou por actividade exploratória: colocados perante trincos fechados, os


chimpanzés passaram grande parte do seu tempo a manipulá-los, mesmo sem obter qualquer recompensa. Existiria assim urna tendência à manipulação que manteria uni nível de estimulaçào óptimo. Além disso, os ani-
mais mostraram grande curiosidade que se manifestava por um comportamento de aproximação e de manipulação relativamente a tudo o que era novo.
A experiência física, a acção sobre os objectos, bem como o comportamento de pesquisa foram profundamente analisados porjean Piaget, que os considerou fundamentais para o desenvolvimento intelectual clã criança.”
MONTEIRO, M. e RIBEIRO DOS SANTOS, M., Psicologia 2, Porto Editora, 1995, pp. 100-101
TEXTO E~”, FRUSTRAÇÃO E AGRESSÃO DESLOCADA
291
“Freqiientemente uni indivíduo frustrado não consegue exprimir satisfatoriamente a sua agressão contra a ori-
gem ela frustração. Às vezes a origem é vaga e intangível. Então, não sabe quem atacar, embora esteja encolerizado e procure'a@@uma coisa para atacar. Outras vezes, o responsável pela frustração é tão poderoso que pode ser perigoso atacá-lo. Quando as circunstâncias impedem o ataque directo à causa da frustração, o resultado é o
que denominamos ‘frustração deslocada’. A frustração deslocada é uma acção agressiva contra uma pessoa ou objectos inocentes, e não contra a causa real da frustração. o homem repreendido pelo patrão pode chegar a
casa e fazer recair na mulher ou nos filhos o ressentimento que não exprimiu. ( ...)
A pratica de escolher um ‘bode expiatório’ é um exemplo de agressão deslocada. Culpa-se uma vítima ino-
cente pelas dificuldades, e ela torna-se o objecto da agressão. 0 preconceito contra os grupos minoritários teiri um grande elemento de agressão deslocada ou de escolha de uni ‘bode expiatório’. 0 facto de, de 1882 a 1930, em algumas regiões do Sul dos Estados Unidos, o preço do algodão ter apresentado uma correlação negativa com o número de linchamentos nas mesmas regiões (quanto mais baixo o preço do algodão, tanto mais elevado o número de linchamentos) sugere que pode ter ocorrido o mecanismo da agressão deslocada. Quanto maior a
frustração económica, tanto maior a probabilidade de que a agressão se desloque contra os Negros, grupo que serve de ‘bode expiatório’, pois não foi o responsável pelo preço do algodão.”
HILGARD, E. e ATKINSON, R., Introduçào à Psicologia, Nacional, 1980, pp. 510-511
TEiTO gM"30 FRUSTRAÇÃO E APATIA
“Um aspecto desconcertante do comportamento humano é a tendência para que situações semelhantes levem diferentes indivíduos a c~ortamentos diametralmente opostos. Embora a agressão activa seja urna reacção comum à frustração, outra reacção é o seu oposto - apatia, indiferença, afastamento, inactividade, desatenção. Não sabemos porque é que uma pessoa reage com agressão e outra com apatia à mesma situação frustradora, irias parece provável que a aprendizagem seja um factor importante; é possível aprender as reacções à frustração da mesma forma que outros hábitos. A criança que bate encolerizada quando fica frustrada e descobre
então que a sua necessidade é satisfeita (seja através dos seus esforços, seja porque um dos seus pais se apressa a acalmá-la), da próxima @,cz que os seus motivos sejam contrariados recorrerá provavelmente ao mesmo tipo de comportamento. A criança cujas explosões agressivas nunca obtêm êxito, que verifica que é impotente para satisfazer as suas necessidades através (to seu comportamento, pode recorrer à apatia e ao afastamento perante uma
situação frustradora.”
HILGARD, E. e ATKINSON, R., In1rodu,@ão à Psicologia, Nacional, 1980, p. 511
TEXTO 11-11MARQUIA DE MASLOW
“A hierarquia das necessidades de Maslow ajuda a explicar, por exemplo,- por que razão camponeses esfomeados não estão particularmente interessados rias concepções políticas de governantes rivais; ou, por exemplo, porque é que através da História a ciência, a arte e a filosofia foram, na maior parte dos casos, produzidas quando uma Nação podia manter uma classe privilegiada que não tinha de trabalhar para comer. 0 conceito de

hierarquia das necessidacics também ajuda a compreender porque é que urna pessoa pode desistir de uma car-


reira prestigiante mas que absorve muito tempo para salvaguardar um casamento. ( ... ) Motivações mais elevadas tornani-se pouco importantes quiando as necessidades de nível mais baixo não se cricontram satisfeitas.
Contudo, lia óbvias excepções à hierarquia de Maslow. A hierarquia não explica porque é que Lima pessoa arrisca a vida para salvar um amigo ele um prédio em chamas. Nem explica porque é que membros do IRA fizeram unia greve de fome que os conduziu à niorte em 1981 para conquistar o que para quem está de fora podiam parecer pequenas alterações no modo como os prisioneiros eram tratados. (... ) É óbvio que osseres humanos às
Vezes subinetem motivações de nível mais baixo para perseguir outras mais elevadas. Apesar de tudo, a hierar-
quia ele Maslow tem mais aspectos positivos do que negativos na explicação da motivação.”
LAHEY, B,, Ps)cbolqg@,. W. C. Bro@kn Publisliers, 1989, p. 39.1
@@ @, o - --- CONCEITO DE PULSÃO O*M="33 2
“Noção central ela dinâmica freudiana, a pulsão é o @imprtlso’ da energia que alimenta a actividade psíquica inconsciente e provoca a motricidade do organismo. 0 impulso da pulsão é a soma de força ou a medida de
exigência de trabalho que representa. 0 carácter «impulsionador» é uma propriedade geral das pulsões e mesmo
a sua essência. Qualquer pulsão é uni pedaço de actividade’.
Freud distingue a origem da pulsão: ‘0 processo somático que está localizado num órgão ou uma parte do corpo e cuja excitação é representada na vida psíquica pela pulsão’. Esta origem resultou de um processo soniático e não é, portanto, acessível à análise psicológica. Este processo é todavia determinante para a configuração que a
pulsão apresentará (pulsões parciais) que não se pode reconhecer, na vida psíquica, senão pelos seus ‘fins’. (...)
A pulsão sexual representa a pulsão por excelência. É esse impulso, essa energia (a libido), que actua num
domínio muito amplo, muito mais amplo do que o que se atribui vulgarmente à sexualidade.”
NIOUSSEAL, J. e MOREAU, P., Dicioncir%io do Iiico@isci(,,@itc@ 1987, Verbo, pp. /151-452
1@,,Ê - @ o . --- DISSONÂNCIA COGNITIVA “@@333
“Conceito introduzido pelo psicólogo social 1,con Festinger. As pessoas preferem manter um estado de equilíbrio entre as suas várias atitudes, crenças e comportamentos. A inconsistência entre pensamentos e acções leva a
uni estado de dissonância cognitiva, estado esse desconfortável, que o indivíduo tenta resolver mudando quer as
suas acções quer as suas crenças. Do ponto de vista do indivíduo, alcançar a consonância cognitiva é incomparavelmente mais confortável e, consequentemente, mais desejável do que continuar com dissonância cognitiva.”
SPRINTHA1,1 N. e SPRINTHALL R., Psicologia Educacional, McGraw-Hill, 1993, pp. 604-605
**GM"34 INTELIGÊNCIA
‘Tilósofos e psicólogos têm, claro, procurado precisar esse não sei quê e as suas análises são particularmente

4inteligentes’. Uns e outros consideram quase unanimemente a inteligência um conjunto de capacidades, um poder, urna forma de energia ele que não conhecemos (e decerto jamais poderemos conhecer) a natureza, mas de que verificamos determinadas manifestações. Assim, a capacidade de abstracção ou a capacidade de imaginar um


comportamento adequado perante uma situação nova parecem facetas importantes da inteligência. Tais capacidades não são, porém, apanágio exclusivo do Homem; também, sob certas formas, as encontramos nos animais, pois qualquer comportamento, por mais freiste que seja, necessita num animal de certo poder de abstracção. Para numerosos psicólogos, a inteligência não é uma propriedade humana específica, mas sim um conjunto de propriedades desenvolvidas especialmente pela nossa espécie e menos assinalável por critérios de ‘tudo ou nada’, de ,presença ou ausência’, do que por parâmetros quantificáveis que determinam um ‘mais ou menos’.”
JACQUARD, A., Elogio da Diferença, Europa-América, 1979, p. 148

TEXTOS
1~


~OBE” 0 QUE É A INTELIGÊNCIA?
“É unia noção de tal modo r-nultifornie que qualquer tentativa de definição é necessariamente redutora e pode ser ridicularizada. A capacidade de adapta@ão ao real é com certeza unia manifestação de inteligência, mas
não é necessária nem suficiente. Considero detestável que se tente quantificar esta noção en-i casos individuais, medindo-a através de uni parâmetro. Os testes concebidos para o conseguir medein uma aptidão muito particular, que os autores do teste consideram ser a manifestação da inteligência. Não se pode reduzir unia noção multiforme a uni único parâmetro.
Não creio que a aptidão num domínio particular de actividade cerebral como as matemáticas ou o xadrez confira uma qualquer superioridade relativamente a outros domínios. É muito raro uni indivíduo conseguir desenvolver as suas capacidades em mais de um domínio simultaneamente.” CONNES, Alam (Professor de Mjtemática.
Ganhou, em 1982, a medalha Fields que corresponde ao Premio Noibel de Mateiniticas, que não existe).
---Não lia uma inteligência, mas sim inteligências. A inteligência é diversa, Por certo que há à partida unia
componente genética. Mas ela educa-se. Trabalha-se. Sofre a influência do meio onde evolui. A inteligência é também a faculdade de adaptação a situações novas ou imprevistas.” GRUNEBERG-MANAGO, Marianne (Primeira mulher eleita presidente da Academia das Ciências. Especialista em biologia molecular).
LeNouvel Obsei-vateur, ti.’ 16, 18-01-95
FACTORES DE INTELIGÊNCIA SEGUNDO THURSTONE
Factores
Descrição dos factores de inteligência
Espacial (S)
Capacidade de visua zação de objectos num espaço bi ou tridimens@onal. De uma maneira gera, são iten's compostos por desenhos e figuras geométricas simples que rodam em várias direcções ou podem assumir diferentes formas conforme a perspectva em que são observadas.
Velocidade Perceptiva (P)
Capacidade de rapidamente e com acuidade visualizar pequenas diferenças ou semelhanças entre um
grupo de figuras. Os itens compõem-se de um grupo de três ou mais figuras, cabendo ao sujeito a tarefa de encontrar uma figura diferente das restantes, ou então duas iguais. Geralmente, os testes deste tipo aparecem sob a c1es@gnação de “teste burocrático” e são fundamentalmente uma medida simultânea de velocidade e acuidade de realização.
Numérico (N)
Capacidade de lidar com números e efectuar rapidamente operações aritméticas simples. Uma prova deste grupo pode constar de itens representando adições já efectuadas de forma exacta ou inexacta cabendo ao sujeito a tarefa de assinalar as operações realmente correctas. Noutras provas cabe ao sujeito o efectuar dos cálculos.
Compreensão
Verbal (V)
Capacidade para fazer corresponder o sinónimo correcto de uma palavra apresentada.
Fluência Verbal
Capacidade de produzir rapidamente palavras. Assim, apresentada a letra S, o sujeito deveria redigir o
maior número poss(vel de palavras iniciadas por essa letra, num curto espaço de tempo. Outro tipo de teste, neste factor, seria a indicação rápida de três sinónimos para cada uma das palavras apresentadas.
Memória (M)
Capacidade de evocar estímulos, como por exemplo pares de palavras ou frases antenormente apresentadas. Uma prova neste sentido, embora recorrendo a números, é a"memóna de digitos’’ nas escalas deWèchsIer
Raciocínio (R)
Capacidade de resolver- problemas lógicos. Cada item pressupõe a descoberta e a aplicação de uma
lei geral de sucessão de digitos (letras, números) ou de transformação de figuras.
ALMEIDA, L., ---leoria da lnteligência",,Io@-iial(l@,Il@i(-olo,@,i(i, 1988, p. 50

TEXTOS
TEXTO C-P,@X


INTELIGÊNCIAS MúLTIPLAS
Gardn(@@r publicou Cru 1990 Linta obra intitulada hs (Retz ed.).
Este professor de Psicologia na 1:rtiversidade de I larvard apresenta eirria teoria segundo a qual não existiria um
tipo único de inteligência, mas inteligências inúltiplas, autóriornas. independentes. Assim, uni mesino indi\'edduo
Pode tei 11111 tipo de@ inteligência inuito desenvolvido c@ outro ou outros pouco des(@11volvidos.
Fru 1985 idcntifica sete tipos ele inteligência:
* inteligência musical - inicligência espacial

* inteligência cinestésica - inteligência interpessoal

* inteligência - inteligência inirapessoal

* ilitchÍ,ência linguística


F,111 199,3. rio seu f\ to Le@@ Intc11@@,ene acrescenta urria oit@,rva inteligência: inteligência naturalista - capacidade para r(--conlicccr e distinguir plantas e arrin iais. Os ink estigadows ela área da biologia teriam unia inteligência naturalista inuito desemolvida.
Põe tarribém a hipótese de existir ainda um outro tipo de inteligência:
inteligência existencial - capacidade de colocar questões sobre os grandes probleinas da existência: Qwilúi o@@-
1
gem do ( niverso?Quala 01@@e117 dos scrc@ hit@@iaiios.>Poi-(Ilte morreinos? 0 que acont(,cep(,ii-a alem (Ia ?nor1(@;@
Na entrevista que se segue o autor esclarece o seu conceito dc inteligências inúltiplas e posiciona-se face ao
dcbat(@ sobre o carácter inato ou adquirido ela inteligência.
Sciences Humaines: 0 senhor é célebre nos ELIA por ter claborado a teoria elas inteligências múltiplas. Quais os
factos que o conduziram j essa teoria?
Howard Gardner: Os elementos mais importantes são os resultados das pesquisas que levei a cabo com crianças normais e corri outras dotadas, bem como com pacientes adultos afectados por lesões cerebrais. Conipreendi tainbém que constatar a força ou a fraqueza num deterininado domínio intelectual não permitia de modo algum predizer que o inesino acont(@ceria num outro dornínio intelecteial. A partir daí eu sabia que a concepção standard de inteligência (segundo a qual só há unia inteligência dita geral) era falsa. Estabeleci oito critérios para a definir,
depois testei numerosas inteligências ‘possíveis candiclitas’ a fim de ver (fujis mereciam esse qualificativo. Em 1985, assinalei sete inteligências; hoje o seu numero eleva-se a oito ou nove.”
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