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A psicologia2 arte Manuela Monteiro q, Milice Ribeiro dos Santos


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antropolõgicas têm enriquecido o estudo da relação pessoa/contexto de vida.
“Os psicólogos têm procurado determinar o efeito relativo da hereditariedade e do ambiente no desenvolvimento da personalidade. Em geral, parece que quanto mais próximo é o relacionamento de duas pessoas, tanto mais provável é que as características da sua personalidade sejam as mesmas. Entretanto, esta tendência é afectada pelas circunstâncias ambíentais. Assim, gêmeos idênticos criadosjuntos têm maísprobabílidade de mostrarpadrões semelhantes do que os
criados separadamente, mas mesmo estes têm mais probabilidade de ser seme-
lhantes do que irmãos que não sejam gêmeos. “
WITTIG, op. cil, p. 28
Recentemente, têm sido feitas interessantes pesquisas sobre as causas sociais que estão na base do stress. Investigadores que desenvolveram estudos mais alargados procuraram, para além dos factores sociais, identificar a influência, na maneira de ser e de sentir, de factores geográficos e climáticos (a influência de viver em regiões desérticas, em ilhas, em zonas onde os dias são mais curtos, etc.).

EXPERIÊNCIAS PESSOAIS


Y ... ) como é que a criança chega um dia, diante do seu retrato, ou do seu reflexo, a dízersou eu, como é que ela toma, um dia, posse delaprópría?”
RENÉ ZAZZO
As experiências pessoais abarcam as vivências de cada um influenciando a sua personalidade. Assim, os acontecimentos, as experiências vividas - positivas ou negativas - afectam a personalidade ao longo de toda a vida.
Atribui-se cada vez maior importância aos estãdios do desenvolvimento emo- TÊxto=” cional da infância na construção da personalidade.
A qualidade das relações precoces e o processo de vinculação na relação da díade* mãe-filho (ver pp. 41 e ss.) parecem ser fundamentais na estruturação e organização da personalidade. René Spitz foi um dos autores que mais estudaram as
consequências graves da carência ou privação de afectos (comportamentos regressivos, de ansiedade, de automutilação, de prostração, chegando mesmo à morte).
A complexidade das relações familiares vai influenciar as capacidades cognitivas, linguísticas e afectivas, os processos de autonomia, de socialização, de cons-
trução de valores das crianças e J.ovens.
Embora quem lide com bebés note bem as diferenças entre eles, vários psicólogos dizem ser entre os 2 e os 3 anos que começam a surgir manifestações de afirmação do ego - personalismo. Esta é uma fase em que a criança procura normalmente afirmar-se e exercer poder sobre a família, o que frequentemente acontece pelo negativismo (diz não, faz perrices, opõe-se às ordens).
É interessante relacionarmos com o facto de nesta idade
ela empregar, na linguagem, o pronome “eu” em vez de se referir a si na terceira pessoa (o bebé, o menino, o Zé, a Naina, etc.). Esta fase de afirmação corresponde também ao período edipiano da teoria psicanalítica que, como
sabes, é considerado central na estruturação psíquica.
Na construção da personalidade, outra etapa-chave é a adolescência, com a formação das identidades pessoal, de género e psicossocial. Algumas das manifestações deste processo interno são a procura de uma assinatura personalizada, a afirmação - frequentemente com exageros - de uma originali~ dade que se reflecte no vestir, nas ideias defendidas e nas formas de
se expressar.
Ocorrências e acasos - morte de familiares ou amigos, mudança de terra, violação, encontros amorosos, divórcio, satisfações, frustrações, cura de uma doença grave - são experiências que marcam a personalidade do indivíduo. Mas

* sen tido que nós lhes atribuímos, a forma personalizada como as representamos,

* modo como conseguimos (ou não) superá-las e integrá-las na nossa vida são também reflexo de uma personalidade.

Concluímos com uma síntese de Edgar Morin:


“Assim, podemos avançar que a personalidade se forma e se modifica em
.função de três séries defactores:
hereditariedade genética; herança cultural (em simbiose e antagonismo com a precedente); a_conte-cimen-toseá-leas.”
MORIN, E., Ciência com Consciência, Europa-América, s/d, p. 108
(D “0 que a personalidade representa essencialmente é a noção de unidade íntegrativa de um homem, com todo o conjunto das suas caracterfsticas diférenciais Permanentes (inteligência, carácter, temperamento, constituição) e as suas modalidades próprias de comportamento.
MÉRON
1.1. A partir do texto define personalidade.

1.2. Indica os factores gerais que influenciam a personalidade.

1.3. Discute a influência da hereditariedadelmeio na formação da personalidade.
03 Propomos-te que vejas o filme “Os Ricos e os Pobres” de John Landis, interpretado por Eddie
Murphy. De uma forma divertida o filme permitir-te-á reflectir sobre o papel que o meio e a
hereditariedade têm no comportamento e na personalidade dos indivíduos.

TEORIAS DA PERSONALIDADE-:


As teorias clã personalidade constituem tentativas para descrever e explicar o modo como os indivíduos se distinguem no seu estilo geral de comportamento, na sua personalidade.
Tendo em conta o conceito de personalidade, estas teorias são as mais abrangentes e globais da psicologia. Como verás, as grandes correntes da psicologia vão tentar explicar a personalidade no quadro dos respectivos paradigmas*. Para além de proporem quadros explicativos da personalidade, estas teorias procuram prever o comportamento futuro dos indivíduos e, em muitos casos, prescrever o tratamento de algumas perturbações. Diferentes métodos e técnicas de
investigação são meios a que alguns psicólogos recorrem
para conhecer a personalidade.
0 que distingue as diferentes teorias são as diversas fori-nas como os autores enfatizam as diferentes variáveis que intervêm na personalidade, o modo como se combinam, . ........... qual delas predomina, como interagem: os factores fisiológicos; os factores rela-
cionados com o meio; a motivação; as experiências pessoais; as estruturas cognitivas, etc. Portanto, podemos afirmar que, subjacente a uma teoria da personalidade, está uma concepção sobre a motivação, a cognição, o desenvolvimento. Cada uma das teorias da uma visão particular da personalidade.
Começaremos por abordar a teoria psicanalítica de Freud, que perspectiva a personalidade como que dominada pelas pulsões inconscientes. Esta concepção psicodinâmica da personalidade ajudar-te-ã a integrar o que já estudaste sobre a psicanálise.
Abordaremos a teoria psicossocial de Erikson, relacionando-a com o que aprendeste no capítulo sobre o desenvolvimento e enfatizando o conceito de identidade e de crise.
A teoria cla aprendizagem social de Bandura demarca-se das teorias behavioristas tradicionais que encaram a personalidade como um somatório de aprendizagens, tendo em conta apenas a variável meio ambiente. Bandura considera que a personalidade se constrói por processos de aprendizagem social com influência do meio e dos modelos sociais bem como de factores pessoais.
As teorias hiimanistas estão representadas por Carl Rogers, cuja concepção fenomenológica se centra na pessoa, e por Abraham Maslow, que alicerça a sua teoria na hierarquia das necessidades, enfatizando a necessidade de auto-realização.
Concluiremos este tema expondo a teoria das necessidades psicológicas de Miii-ray1 centrada na análise individual.
@1 Para além destas teorias, podemos ainda referir a concepçào de Kuri 1,ewin, que perspectiva a personalidade como
um campo de forças, e a teoria social cognitiva de Rotter, que se baseia numa interpretaçào cognitiva do controlo que cada indivíduo tem sobre 0 seu comportamento. A corrente ecossistémica perspectiva a personalidade como um
sistcnta auto-regulado.

TEXTOM” ‘48


TEORIA PSICANALíTICA
A psicanálise é um corpo teórico explicativo da estrutura psíquica, da vida mental e afectiva C UM processo terapêutico das perturbações da personalidade.

Esta teoria vai centrar a explicação do comportamento em factores energéticos e internos à própria pessoa, apresentando assim uma perspectiva intrapsíquica do funcionamento humano. A personalidade é orientada por forças pulsionais, marca-


das pelo inconsciente, e por uma grande importância atribuída à infância e às relações de objecto.
A experiência clínica de Freud levou-o a valorizar os primeiros anos de vida e a compreender como o acesso
ao mundo inconsciente (das pulsões, desejos, conteúdos reprimidos) explica as perturbações neuróticas.
Recordemos a imagem do icebergue apresentada por M Freud na primeira tópica: a parte consciente da persona-
lidade corresponde à parte visível; o pré-consciente é a
zona flutuante que toca a tona da água; o inconsciente é a parte não visível, mergulhada e a maior do nosso aparelho psíquico (ver pp. 29 e ss. da 1.` parte).
Numa segunda tópica, personalidade, comportamentos, fantasias, crenças, opções de vida são explicados pela dinâmica entre as instâncias do aparelho psíquico id, ego e superego - que se formam ao longo do desenvolvimento psicossexual (ver pp. 28 e ss.).
Recordemos ainda como o sujeito se organiza através dos mecanismos de defesa do ego* (ver pp. 129-130) para gerir o equilíbrio pessoal e a adaptação social, os conflitos, as ansiedades, tentando descrever os aspectos perturbantes e desorganizadores com que nos confrontamos. Contrariamente às concepções vigentes, a vida psíquica não decorre de uma forma lógica, controlada e previsível. É antes caracterizada por um dínanfisrno resultante de forças antagónicas que se chocam e se digladiam.’
Para Freud, são princípios fundamentais que regem a vida psíquica: o princípio do prazer e o princípio da realidade, bem como as pulsões de vida e de morte.
0 princípio do prazer visa a realização imediata dos desejos, rege o inconsciente, o id. 0 princípio do prazer entra em conflito com o ego, dominado pelo princípio da realidade, já que, de acordo com aquele princípio, o sujeito deverá lutar pela satisfação pulsional.
0 princípio da realidade domina a vida consciente e corresponde à necessidade de adaptação ao real social, visa um comportamento controlado, adequado as exigências desta. 0 ego, regido por este princípio e tendo em conta as exigências do superego, vai avaliar quais as pulsões do id que podem ou
não ser satisfeitas.

0 superego, que aparece enquanto instância do aparelho psíquico mais ou menos a partir dos 5 anos, vai impor ao ego valores morais e regras socioculturais, levando-o a viver conflitos, ambivalências, complexos, sofrimentos (sentimentos de culpabilidade), mas também orgulho e bem-estar consigo próprio.


@1 _-Relê o conceito de pulsão na p. 127.

Através destes princípios, Freud pretendeu explicar alguns processos psíquicos da personalidade como conflitos, fugas e defesas, mas também desejos, expectativas e ambições.


Na sua concepção psicodinâmica Freud estabelece uma distinção entre duas categorias de pulsão: as pulsões de vida e as pulsões de morte.
As pffisões ele vida - Eros - agrupam as pulsões de autoconservaçao que visam a manutenção do indivíduo e as pulsões sexuais.
As pulsões de morte - Thanatos - agrupam as pulsões de morte ou destrutivas que explicariam as tendências agressivas ou de ausência total de tensões (Nirvana).
Os indivíduos na vida tendem para a acção imediata da realização do Eros embora também aspirem a não ter tensões, isto é, o regresso ao inorgânico (a rea-
lização do lhanatos).
PERSONALIDADE E DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL
A personalidade, na perspectiva freudiana, é fortemente determinada pelos impulsos sexuais e centrada no desenvolvimento psicossexual.
0 (lesemolviniciito psicossemial faz-se através dos vários estádios que corres~
pondem à prevalência de diferentes zonas erógenas, isto é, de partes do corpo cuja estimulação pode produzir uma excitação sexual. A boca e os lábios no estádio oral, a região anal e a
mucosa intestinal no estádio anal e os órgãos sexuais no estádio fálico. No período de latência a criança esquece a sexualidade anterior, havendo uma diminuição do interesse libidinal. Na puberdade, a sexualidade reaparece, mais focalizada nas zonas erõgenas genitais, procurando a satisfação nas relações com o outro (ver
pp. 31-32).
Os entraves à satisfação pulsional podem levar a uma fixação, isto é, a que uma parte da energia pulsional fique bloqueada, presa em determinado estádio do desenvolvimento,
Freud viveu uma época e uma cultura que reprimiam fortemente a sexualidade desde a infância. Os sintomas neuróticos, as doenças psicossomáticas, os
sofrimentos causados pela culpabilização, as passagens ao acto, as regressões que ele encontrou nos seus
pacientes estavam relacionados com a vida sexual’.
@l - ÃcIler e Jung, dois discípulos de Freud, criticaram a importância excessiva dada à sexualidade. Alfred AcIler (1870-
-1937) vai ter em consideração os factores sociOCUltUrais e centra os problemas comportamentais no “complexo de infenondade” e nos processos compensatórios que o sujeito utiliza. Carl Gustav Jung (1875-1961) vai valorizar os
aspectos conscientes da personalidade e explicar o comportamento do sujeito partindo de um “fficonsciente colectivo” com carácter universal constituído por arquétipos, símbolos e imagens que são modelos prévios à formação psicológica individual. Entre a caracterização psicológica de Jung ficou célebre a tipologia introversào*-extroversào*.

Ao longo do desenvolvimento da vida, as pessoas confrontam-se com conflitos e complexos. 0 complexo de Edipo do rapaz e da rapariga (também denomiTuToDE” nado por Jung complexo de Electra no processo da rapariga) é nuclear na forma~


49 ção da personalidade. 0 ultrapassar desta triangulação conflitual pai-mãe-filho(a)
é condição necessária ao desenvolvimento do equilíbrio, à satisfação amorosa e à
maturação psíquica, já que é dele que o superego faz o seu aparecimento.
As características da personalidade de cada indivíduo resultariam, em grande parte, das características inatas*, das relações de objecto que estabelece, das identificações, das formas de resolução de conflitos intrapsiquicos e dos mecanismos de defesa que privilegiou (relê as pp. 129 e 130).
“Os conflitos são, pois, inevitáveis entre estes três níveis [id, ego e superegol, é a maneira como serão resolvidos que vai imprimir uma orientação a cada um dos nossos comportamentos. Uma solução realista dos colfflítos resulta de um ego forte, capaz de a todo momento decidir entre as exigências do id e aspressões do superego, afim de determinar qual é o comportamento mais eficaz e mais coe-
rente a adoptar. Esta visão, no entanto, é relativamente utópica ( .. ).
Frequentemente, pelo contrário, as frustrações sentidas pelo i4, sob as pressões do superego, levam o ego a liquidar as tensões pela utilização de diversas ,válvulas’, como um comportamento agressivo, uma fuga no álcool ou na droga ( .. ), ou ainda a adopção de mecanismos de defesa que são medidas ímplementadas pelo ego para conter as pulsões. “
GODEFROID, op, cit., p. 593
conflitos intrapsíquicos, princípio do prazer, princípio da realidade, psicossexual idade.
o
T “Uma das características mais surpreendentes da ênfasefreudíana sobre a motivação
sexualfoi a sua insistência em que a sexualidade não emerge subitamente na puberdade, mas existe desde o nascimento e revela uma gradual maturação. “
MURRAY
1. 1. A partir do texto esclarece a concepção freudiana de desenvolvimento psicossexual.
1.2. Relaciona o desenvolvimento psicossexual com a constituição do aparelho psíquico.
1.3. Distingue princípio do prazer de princípio da realidade,
1.4. Explica o papel dos mecanismos de defesa do ego na ultrapassagem dos conflitos vivi-
dos pelo sujeito.

TEORIA PSICOSSOCIAL


“A identidade constrói-se no cmfironto do idêntico e da alteridadê’, da seinelbança e da d@/èrença.
PIERRE TAP
Erik Erikson’ é um psicanalista que perspectiva o
desenvolvimento da personalidade não em termos da psicossexualidade mas numa perspectiva psicossocial, ao longo de toda a vida, através das oito idades do ciclo da vida.
0 conceito central da sua teoria é o de identidade A identidade está relacionada com o sentimento 1 pessoal de se sentir como um ser único integrando o passado e antecipando um futuro; dando um sentido histórico à existência.
A identidade constrõi~se tendo em conta as representações feitas sobre nós, bem como as interacções e
os confrontos entre as representações que os outros fazem de nós e as que nós fazemos de nós próprios.
A personalidade, aqui entendida pelo conceito de identidade, tem em conta a dimensão biológica, social e individual. Gallatin sintetiza a definição criksoniana de identidade psicossocial como:
‘a - um sentido consciente da singularidade individual;
b - um esforço inconsciente para manter a continuidade da experiência; c - uma solidariedade para com os ideais de um grupo. “
GALLATIN, J. E., Adolescência e Individualidade, Harper e Row, 1978, p. 187
Os contextos sociais de vida podem ou não facilitar a construção da personalidade. Os aspectos culturais (”modalidades sociais”), o meio psicossocial, as
influências educativas vão intervir num desenvolvimento predeterminado reforçando, bloqueando, inibindo, estimulando. Erik Erikson refere a necessidade, no
processo de formação de identidade, de a pessoa se poder confrontar com várias alternativas, pois este processo implica ser:
“a - como todas as outras pessoas;
b - como algumas outraspessoas; c - como nenbuma outra pessoa. “
GALLATIN, J. E., op. cit., p. 201
Isto é, a singularidade pessoal (nenbuma outrapessoa) é banhada pela id entificação com o grupo social de pertença (todas as outraspessoas), mas cada um faz opções, isto é, escolhe determinados indivíduos como modelos (algumas outras pessoas),
A identidade forma-se numa continuidade que une as diferentes transformações num processo cumulativo de desenvolvimento. As oito idades do ciclo de
@1 Relê as PP. 35 e ss,

vida - do nascimento à morte - são atravessadas por uma crise bipolarizada numa


vertente positiva e numa vertente negativa. A forma, positiva ou negativa, como se supera a problemática conflitual tem em conta o passado e terá repercussões nos estádios futuros.
@’Cada estádio implica um dilema particular em que o indivíduo desenvolve atitudes básicas que marcam a sua evolução como ser social e contribuem para o
desenvolvimento da identidade. Estas atitudes básicas surgem em cada estádio como orientações polares, isto é, o indivíduo pode emergir de cada uni deles com um sentido de si próprio reforçado ou debilitado. Estas orientações polares são conflitos nucleares, ou seja, momentos de crise e de ressíntese activa do eu em que o indivíduo está perante soluções contraditórias que implicam tomadas de decisão cula natureza depende do balanço dos vãriosfactores de desenvolvimento.
COSTA, M. E, Gontextos Sociais de Vida e 1)esenvolvimento da 1dentidadc@ INIC, 1991, p. 22
No quadro que se segue, Erikson apresenta o seu diagrama’ epigenético*, referindo que o desenvolvimento se processa em função de um princípio epigenético, isto é, um plano base, numa sucessão temporal contínua.
Quadro 11 - Diagrama epigenético das oito idades do cicio vital
VIIIIII
Vil
vi
v
IV
111
11
1
Lege@da:VS
Maturidade
Idade adulta
Idade adulta
jovem
Puberdade e adolescência
Latência
Locomotor-
-genital
Muscular-
-anal
Oral-sensorial
@E
DO EGO
Vs DF5ESFERO
GEN- I VI
D@ 1 Vs ---A6NAÇA0
NT M úADF
1 SO---D ro
DENTEE DE
1.-SA0
INDUSTRA
2 @NFERIOR

11/,DE
11---


CONFANÇA
BI,

Entre os problemas de identidade, Erikson evidenciou a identidade negativa que ele diz acompanhar a positiva como “uma sombra”. A identidade positiva forma~se ligada a ideais e a negativa representa papéis sociais indesejados denunciando um desprezo pelos modelos vigentes.


“Na identidade negativa há uma procura de ser diferente de toda a gente, Há uma negação de qualquer simílítude étnica ou social. Tudo o que é próprio ao
sujeito é minimizado; tudo o que é estranho é supervalorizado. Esta atitude de singularidade pode levarparadoxalmente àfÓrmação de grupos que encontram laços de união através da qfirmação de uma anti-sociedade. Assim se constituem gangs de delinquentes juvenis (... ), de toxicómanos, que, na sua ambição de se oporem à sociedade constituída, terminam por se arregimentar em seitas ou em se ligar por códigos mais severos do que os em vi.gor na sociedade da qual se ajàstaram. “
PEREIRA, 0. G. et al- Desenvolviniento PsicolOgico da Criança, 2.’ vol. , Moraes, 1972, p. 289
pa1'nV@a, crise, identidade negativa, identidade psicossocial, oito idades.

- C_h 1 _@@


3131191
(1) ‘A identidade constrói-se no confronto do idêntico e da alteridade, da semelhança e da diferença.
PIERRE TAP
1.1. A partir da citação esclarece o conceito de identidade na teoria de Erikson.
Refere os factores que intervêm no processo de construção da identidade.
TEORIA DA APRENDIZAGEM SOCIAL
As correntes behavioristas tradicionais enfatizam a acção do meio e dos processos de aprendizagem no comportamento. Como já estudaste, minimizavam as variáveis internas e pessoais: a personalidade e o comportamento do indivíduo eram
produto da influência do meio.
Para os comportamentalistas, a personalidade é a ponte, o mediador entre a situação e a resposta. No seu conceito de personalidade não estão em jogo os sentimentos e os desejos; a personalidade é encarada como o produto da acumulação das aprendizagens por condicionamento que ocorreram ao
longo do tempo.
A teoria (Ia aprendi7agem social mantém a preocupação em
assegurar a objectividade das suas pesquisas através do estudo do comportamento observável. Apesar de enfatízarem a importância do meio, os teóricos da aprendizagem social, como
Bandura, vão valorizar as variáveis pessoais: as expectativas, os valores, as competências, as aptidões, os hábitos culturais, etc, 0 comportamento é produto da interacção entre as variáveis da situação (que incluem o comportamento

dos outros) e as variáveis pessoais, No processo de aprendizagem, as pessoas não têm um papel passivo: influenciam e são influenciadas pelo meio, afectam e são afectadas pelas situações, É neste processo de interacção contínua que a pessoa se modifica e modifica o meio de acordo com as suas competências, expectativas, experiências, condutas anteriores, projectos, etc, 0 comportamento do indivíduo não é determinado de forma mecânica e fatal pelo meio; ele tem também a capacidade de regular o seu comportamento.


Bandura designa por determinismo recíproco a influência mútua entre a pessoa e o meio, Segundo este autor, «a conduta, os factores pessoais internos e as
influências ambientais actuam todos como determinantes relacionados uns com
os outros”.
Podemos esquematizar deste modo o determinismo reciproco:
Factores pessoais
cognitivos
Conduta Influências ambientais
WERS, op- cit., p, 396
A personalidade não é inata, nem apenas determinada pelo meio: é no jogo das interacçóes entre os diferentes factores e variáveis que se pode compreender o comportamento actual das pessoas,
Em todo este processo, assume particular importância a aprendizagem por modelação (ou modelagem), conceito que já estudaste 1: o indivíduo aprende observando modelos como os pais, adultos significativos, colegas e amigos, personagens da moda, do cinema, de bandas musicais, heróis...
“Segundo os teóricos da aprendizagem social, os indivíduos são conscientes e implicam-se deliberadamente na aprendizagem. As pessoas não estão simplesmente à mercê do meio. Procuram antes descobri-lo. Modificam e adaptam o
meio para obter reforços acessíveis.
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